Categoria: Sociologia Teses |
A produção sociológica de Florestan Fernandes e a problemática educacional : uma leitura (1941-1964)  |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
MAZZA, Debora
Resumo: Este trabalho tomou como objeto de análise a obra sociológica de Florestan Fernandes produzida no período de 1941 a 1964, respeitando-se sua data de produção e não de publicação. Procurei, mediante uma análise cronológica e temática do material levantado, apreender os impulsos que o levaram a envolver-se com a problemática educacional brasileira, uma constante nos seus mais diferentes trabalhos. Considerei a obra de Florestan Fernandes como uma materialidade que se inscreveu num contexto específico. O intuito foi o de apanhar a sua obra no contexto das condições de produção acadêmica que a engendraram, compreendê-Ia como parte da produção cultural de uma época. Como recurso de análise, organizei o material em dois grandes períodos: o período de sua formação acadêmica, que abrangeu os anos de 1941 a 1953, e o período de seu trabalho como Livre-Docente na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, entre os anos de 1954 e 1964. O corte de 64 foi definido em função de mudanças de temáticas e dos referenciais teóricos de base que orientaram os seus trabalhos posteriores a esta data. Como metodologia de trabalho. realizei a descrição, análise e busca de interpretação dos textos selecionados, tentando identificar fios condutores que perfilaram as preocupações do autor. Sugeri que, em razão do referencial teórico de base e do estilo dos trabalhos desenvolvidos, seria possível dividi-los em dois grandes períodos e apontar categorias explicativas peculiares. A Educação atravessou os trabalhos realizados pelo autor nas décadas entre 40 e 60, passando por metamorfoses e assumindo diferentes conotações sociais. A visão de educação veio repleta da explicação sociológica, manifestando-se nos métodos de coleta de dados, nos referenciais teóricos acessados pela análise e na construção de categorias sociológicas que dessem conta da compreensão do dilema educacional brasileiro. Tentei deixar claramente posto que a educação não foi preocupação ocasional ou gratuita na obra de Florestan Fernandes: ela foi prioritária no campo da pesquisa sociológica e esteve presente nos diferentes trabalhos que recobriram as décadas analisadas.
Palavras-chave : Sociologia. Educação.
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2190 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000122471 |
Categoria: Sociologia Teses |
A dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro: um estudo sobre o rural no cinema brasileiro  |
Versão: Pdf Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
TOLENTINO, Celia Aparecida Ferreira Este estudo discute a tematização dos aspectos rurais da cultura brasileira segundo a abordagem realizada pelo cinema nacional das décadas de 50 e 60. Decodificando o narrador de cada obra cinematográfica, debate-se as condições e perspectivas deste que apreende o tema em questão, explicitando o tempo histórico a partir do qual fala. As duas décadas são tratadas como três tempos distintos: a década de 50 é observada a partir do cinema industrial paulista; a década de 60 divide-se em duas partes, antes e depois do golpe de 64, e ambas são discutidas através da cinematografia politizada da época. Ao final, este trabalho tenta demonstrar que o rural constitui um tema fugidio, mas central na vida brasileira, que, em acordo com as ambiguidades da nossa própria identidade, é tratado com amor ou ódio segundo os projetos de nação com os quais dialoga. Cangaceiros, caipiras, jagunços, beatos, retirantes podem ora compor a mais genuína identidade nacional, ora o retrato do atraso brasileiro e, também, as duas coisas ao mesmo tempo. Invariável é o ponto de vista que entende como rural aquilo que está no passado ou em vias de superação, nunca, entretanto, o vigente. Resumindo, para o cinema brasileiro do período estudado, rural é sempre o outro.
Palavras-chave: Cinema brasileiro. Pesquisa sociológica. Sociologia rural. Cinema. Estética.
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2110 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000119826 |
Categoria: Sociologia Teses |
Os discursos sobre a sustentabilidade: no Brasil e na Regiăo Metropolitana de Curitiba, de 1500  |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
STRUMINSKI, Edson
O autor defende aqui a tese de que a sustentabilidade, tema de discussão corriqueira nos dias de hoje, não representa um discurso recente e sim um processo, mais longo, de aperfeiçoamento das relações sociais e das relações entre sociedade e natureza na história do Brasil, não estando, portanto plenamente consolidada de forma institucional em nosso país, pois as doutrinas que influenciaram estas relações, ao longo da história brasileira não apresentariam todos os requisitos necessários para promover, isoladamente, ou em conjunto, a sustentabilidade, seja do ponto de vista econômico, social ou ambiental, sendo necessário um processo dialético para avançarmos para um estágio de maior sustentabilidade. O autor defende também a tese de que na Região Metropolitana de Curitiba os planos, programas, projetos e similares não estão, ainda, promovendo a sustentabilidade, em função de limitações nestes processos dialéticos.
Palavras-chave: Sustentabilidade. História brasileira. Região Metropolitana de Curitiba.
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1897 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3802 |
Categoria: Sociologia Teses |
Odisseu e o abismo : Roger Bastide, as religiões de origem africana e as relações raciais no Brasil  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
NUCCI, Priscila
Neste trabalho analisaram-se as formas como o sociólogo francês Roger Bastide (1898-1974) articulou os termos raça/ religião em sua obra e, a partir disso, elaborou reflexões peculiares sobre o preconceito e as relações raciais no Brasil. Para isso, a análise centrou-se em recortes específicos de sua obra, nos quais se pode perseguir a formulação que deu aos debates da aculturação/ interpenetração cultural, das religiões de origem africana no país, e das relações raciais. O candomblé de rito nagô apresentou-se, em seus textos, como caso suigeneris de integração e parece se constituir em chave para o entendimento das razões pelas quais o autor elaborou determinado tipo de imagem e análises acerca da população afro-descendente em dado contexto. Outras chaves seriam: a polêmica em torno das reportagens da Paris Match e de O Cruzeiro, referentes a rituais secretos do candomblé e os usos possíveis que o autor fez do surrealismo e da história nas narrativas de O candomblé da Bahia e em As religiões africanas no Brasil. Todas estas frentes auxiliam a matizar e redimensionar as funções e intenções de alguns dos principais textos de Roger Bastide, para o tempo em que foram escritos.
Palavras-chave: Sociologia. Brasil. Intelectuais. História. Relações raciais. Cultos afro-brasileiros.
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1869 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
Gilberto Freyre e a sociologia no Brasil : da sistematização a constituição do campo científico  |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
MEUCCI, Simone
O objetivo desta pesquisa é reconstruir alguns aspectos da trajetória intelectual de Gilberto Freyre no período compreendido entre o fim dos anos 20 e o fim dos anos 50, especialmente referidos à sistematização de suas ideias sociológicas. O ponto de partida da análise é a sua experiência docente na Escola Normal de Pernambuco durante os anos de 1929 e 1930, quando o autor reuniu as primeiras ferramentas conceituais a partir das quais foi possível produzir sua singular interpretação da sociedade brasileira e consagrar os estudos sociológicos no meio intelectual brasileiro. Em seguida, investigamos sua experiência docente na Universidade do Distrito Federal entre os anos de 1935 e 1937. Trata-se da única experiência em que o autor permaneceu, de forma mais ou menos estável, nos quadros de uma instituição de ensino superior brasileiro. A análise dos manuscritos de suas aulas permite compreender o sentido das suas ideias naquele período. Por fim, apresentamos uma análise das duas primeiras edições do compêndio Sociologia: uma introdução aos seus princípios, publicado pela primeira vez em 1945, um livro singular no conjunto da obra do autor, resultante de experiência docente nas duas instituições acima referidas. Na reconstrução desta trajetória - que compreende desde a artesania de suas ideias sociológicas até ambiência social e política que serviu de substrato para sua atividade intelectual - constatamos as diferentes expectativas de que a ciência sociológica foi depositária no Brasil.
Palavras-chave: Sociologia - Brasil. Sociologia. Manuais. Guias. Ensino normal. Ciência. História.
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1597 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/ |
Categoria: Sociologia Teses |
Da necessidade ao desejo de consumo : uma análise da ação do marketing sobre a água potável  |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
BREI, Vinícius Andrade
Nesta tese estudamos um tema essencial ao marketing : a relação do próprio marketing com as necessidades e desejos de consumo. Para estudar esse assunto, escolhemos o campo da água potável na França como objeto de pesquisa. A fim de estudar como as ações de marketing transformaram a água, uma necessidade humana, num desejo de consumo, utilizamos duas teorias/metodologias diferentes e complementares: a praxiologia social de Pierre Bourdieu e a Análise Crítica de Discurso. Apoiando-nos nas categorias-chave “Campo, Capital e Habitus” desenvolvidas por Bourdieu, construímos e analisamos a formação, o funcionamento e a estrutura contemporânea da oferta e da demanda por água potável na França. A Análise Crítica de Discurso foi utilizada a fim de avaliar como o discurso de marketing das empresas de água, que foi desenvolvido em diferentes frentes de atuação (estratégia de publicidade, produto, preço, embalagem e etiquetas, eventos, relações públicas, Internet, etc.), transformou o significado da água, por meio do desenvolvimento de marcas notórias na França. Por fim, adotamos uma visão crítica quanto ao papel do marketing na sociedade contemporânea, principalmente a respeito de sua influência sobre as necessidades e os desejos, assim como sobre as consequências sociais dessa influência.
Palavras-chave: Consumidor : Comportamento social. Consumo : Aspectos sociais. Consumo de água. Desejo de consumo. Marketing : Teoria.
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1560 0 bytes UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/10409 |
Categoria: Sociologia Teses |
Darcy Ribeiro : uma trajetória (1944-1982)  |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
MATTOS, Andre Luis Lopes Borges de
Esta tese analisa a trajetória de Darcy Ribeiro entre os anos de 1944 e 1982, período que corresponde à sua atuação, primeiro como antropólogo, depois como político e exilado, e durante o qual foi elaborada a quase totalidade de sua obra antropológica. Personagem dos mais importantes na consolidação da antropologia brasileira dos anos 50 e autor de livros de repercussão internacional, sua trajetória tornou-se, no entanto, particularmente a partir da segunda metade da década de 70, de certa forma deslocada em relação a boa parte do trabalho realizado por antropólogos no país, o que acabou por minimizar sua influência intelectual no cenário antropológico brasileiro. Isto se explica não só por Darcy ter valorizado uma intensa participação política junto ao Estado, iniciada ainda na década de 60, como também por ter sido o autor de uma antropologia fortemente marcada por uma experiência específica vivenciada por ele, como exilado, em diversos países da América Latina. Desta forma, ao acompanhar o seu percurso, busco entender como se articulam o discurso, a prática e a obra de Darcy Ribeiro no período em questão, a partir de um campo empírico específico. Refiro-me ao acervo pessoal de Darcy Ribeiro, atualmente sob os auspícios da Fundação Darcy Ribeiro, cuja documentação, praticamente inexplorada no campo das ciências sociais, constitui a fonte da maior parte das discussões realizadas no presente trabalho.
Palavras-chave: Antropólogos. Biografia. Antropologia. História. Intelectuais. Brasil.
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1548 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
A obscuridade e o espelho : notas para uma teoria da delinquência  |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
TONKONOFF, Sergio Steban
Resumo: Nosso ponto de partida é o corpo coletivo. Corpo entendido como uma multiplicidade de forças colidentes, atravessadas pelo registro da imagem e o excesso de sentido. Para que exista sociedade estas forças e sentidos devem ser fixadas, organizadas e hierarquizadas num sistema de significação capaz de 1) definir uma rede estruturada de significados, 2) normalizar o desejo e 3) lhe prover satisfação; é dizer, capaz de produzir o social como uma ordem simbólica. Isto é possível por meio de uma série de exclusões fundantes ou limites antagônicos. O que instituem estes limites e o proibido e o permitido, o justo e o injusto, o possível e o impossível; e talvez mais elementarmente um dentro e um fora, um acima e um abaixo. Estes limites antagônicos estabelecem então ao social como um campo de visibilidade e de dizebilidade?. Ou, dito pela negativa, o social se institui sempre produzindo um indizível e um invisível. Um resíduo que, por quanto não pode ser nomeado, não existe na realidade?, mas isso não impede que produza efeitos como Real. O crime, postularemos, é um deles. O crime é um tipo de acontecimento vinculado á alteridade de um socius elementar (de caráter fundamentalmente afetivo) e a uns antagonismos sócias que são negados no estabelecimento e na reprodução de uma ordem sócio-simbólica determinada, e cuja emergência experimenta-se como violência feita a essa ordem. A característica principal deste tipo de violência e a de se manifestar de um modo aleatório e exterior aos mecanismos socialmente estabelecidos para sua descarga. Por quanto o crime implica um Excesso para a ordem das diferenças, carece de lugar fixo, e resulta impossível atribui-lhe uma origem precisa. Inaugura então um território de limites equívocos. E aquele que o atualize provocará um desclassamento cognitivo, que por estar vinculado a proibições fundamentais, será também um shock afetivo. Esse é o ponto específico aonde o pensamento mítico se faz cargo desta experiência. O mito falando a linguagem dos afeitos violentos, retira ao imputado da série do semelhante?, e o converte, não num outro, mais num completamente outro. Isso impede toda posta em perspectiva, toda vinculação positiva com o conjunto do qual é arrancado. Nesse sentido pode se dizer que o criminoso é um ponto de imputação do Real, e que seu acontecimento e capaz de produzir estados de multidão em aqueles espactadores habitualmente sujeitos a rotina e a lei.
Palavras-chave: Crime e criminosos. Aspectos sociológicos. Marginalidade social. Sociologia.
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1504 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000391238 |
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