Categoria: Sociologia Teses |
O Que o Cidadão Kane tem a ver com a Rainha Christina? |
Versão: PDF Atualização: 7/2/2014 |
Descrição:
MACHADO, Sandra de Souza
A tese analisa características marcantes, comuns, e fundamentais nas produções audiovisuais eurocêntricas, hegemônicas e dominantes no panorama mundial, que instigam, perpetram, e perpetuam a negação do feminino e a formação dos estereótipos de gênero que permeiam as diversas culturas e sociedades globais. As teorias da imagem em movimento (cinema) e da fotografia, bem como as análises críticas das teorias feministas do cinema, são desenvolvidas como ferramentas para a pesquisa. A imagem é um instrumento poderoso de comunicação, assemelha-se ou confunde-se com o que representa. Visualmente imitadora, ou reflexo, pode levar ao conhecimento, educar, ou enganar. A imagem construída cria associações mentais sistemáticas. A análise da (i)materialidade da imagem questiona suas diversas significações e os problemas que ela levanta enquanto signo. A metodologia envolve o hibridismo da leitura comparativa e análise fílmica entre as produções audiovisuais em estudo, do ponto de vista das questões de gênero, dos feminismos, da crítica psicanalítica, da História do Possível. O controle da memória andro-eurocêntrica, mormente pelas mídias audiovisuais, está ligado a questões históricas de poder e dominação. Nessa memória, a mulher é o segundo sexo, ela é o Outro, e segue representada pela identidade de dominação patriarcal: o homem. Dados e pesquisas deste século XXI mostram que o cinema norte-americano, feito para as massas, movimenta entre 10 a 12 bi lhões de dólares, por ano, com a produção, exibição, distribuição, bilheterias, vendas de vídeos e DVDs, em escala mundial. E o montante cresce a cada ano. Apesar de seus lugares-comuns, clichês, e fórmulas prontas, as produções audiovisuais dominantes procuram acompanhar as exigências “politicamente corretas” e novas preocupações, em nível global, com questões como o racismo, sexismo, gênero, meio ambiente, questões religiosas e sócio-culturais. Entretanto, em pleno século XXI, pouco mudou, de fato. Principalmente, no que tange os problemas de gênero. Aos que reclamam contra os estereótipos femininos negativos e mesmo a nulidade do feminino, que se perpetuaram e são exaustivamente reproduzidos, desde todo o século passado, na mídia norte-americana, e no Ocidente, por conseguinte, os executivos da mídia audiovisual argumentam que a economia e a política sócio-culturais dessa indústria tornam impossível aos produtores evitarem tais estereótipos de gênero. As mulheres, em todo o mundo, ainda têm que lidar com o fato de que muitos produtores (imensa maioria) do cinema estão muito mais preocupados em serem chamados de racistas, por exemplo, do que de misóginos.
Palavras-chave: Cinema. Feminismo. Hisória. Estudos de Gênero. Psicanálise.
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11399 0 bytes UnB http://repositorio.unb.br/handle/10482/4256 |
Categoria: Sociologia Teses |
Sindicalismo e trabalho em transiçăo e o redimensionamento da crise sindical |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
BRIDI, Maria Aparecida da Cruz
Resumo: As transformações no mundo do trabalho vêm acompanhadas também de uma leitura de crise generalizante e apocalíptica para o trabalho e as organizações dos trabalhadores. Essa tendência teórica instigou o redimensionamento do conceito de crise a partir da realidade dos metalúrgicos ligados à indústria automobilística no Paraná. As manifestações de crise tais como: de representatividade e fragmentação; de identidade; de mobilização; da relação salarial, na perspectiva local/global, são analisadas de maneira contextualizada. As novas formatações das indústrias desconcentram o trabalhador no espaço produtivo e tornam mais heterogêneas as condições no processo de trabalho. A diversificação das formas contratuais – por tempo determinado, parcial, subcontratado, terceirizado – num mesmo espaço de produção, traz dificuldade ao sindicato em representar o conjunto dos trabalhadores, uma vez que, historicamente, constituiu-se como representante dos trabalhadores formais. A pulverização da classe trabalhadora e o sentido de polivalência ou multifuncionalidade no contexto da reestruturação das empresas implicam crise do sentimento de pertença a uma categoria. Atinge assim, a construção de identidade dos trabalhadores, pois estes vivem um processo de descontinuidade permanente. Os sindicatos perdem força na confrontação com um Estado mais hostil à organização classista, característico dos Estados neoliberais, que tendem para o desmonte do quadro regulatório que ampara os trabalhadores no plano institucional/legal. As transformações da relação salarial em curso ameaçam desintegrar os vínculos sociais que possibilitam a reprodução social. Esse cenário implica crises para os trabalhadores, no entanto, estas não têm a mesma extensão, forma, conteúdo e significado nos vários espaços. A abordagem de crise, nesta dissertação, enquanto transição e não declínio ou fim do sindicalismo, imbui-se da perspectiva de que este se encontra em processo de mudança nas suas formas de ação.
Palavras-chave: Crise. Trabalho. Reestruturação. Representatividade. Fragmentação. Identidade. Relação salarial. Transição. Sindicalismo. Neoliberalismo.
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1222 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2545 |
Categoria: Sociologia Teses |
Longe demais das capitais? Cultura política, distinção social e Movimento Estudantil no Piauí |
Versão: PDF Atualização: 17/5/2012 |
Descrição:
VALE JÚNIOR, João Batista
Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
Palavras-chave: Cultura Política Juvenil. Movimento Estudantil. Estado. Poder.
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