Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força detrabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense , mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não-trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
|
870 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4260 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força de trabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de 10 trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense, mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas – apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não- trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
|
3120 0 bytes http:// |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A terceirizaçăo na área de atendimento telefônico em Curitiba : análise da continuidade do tayl |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
MENDES, Josiane
O tema desta dissertação é o processo de terceirização nas centrais de atendimento telefônico, inserido na problemática desse processo no setor de serviços, mais especificamente, no desenvolvimento das telecomunicações pós-privatização desse ramo no Brasil. A preocupação é demonstrar qual é a condição de trabalho nas três maiores empresas que prestam serviço terceirizado de atendimento telefônico, em Curitiba. A pesquisa avalia as condições de flexibilidade existentes nas empresas contratantes e contratadas, para a realização do atendimento terceirizado aos clientes. Demonstra que há diferentes tipos de contratos entre as mesmas e que o perfil do trabalhador dessas centrais é determinado pela espécie de produto ou serviço oferecido pela empresa contratante. O objetivo geral é demonstrar como que esse novo trabalho, ditado pelas normas do sistema flexível de acumulação, possui semelhanças com o sistema taylorista/fordista, em virtude da coerção e do controle impostos aos trabalhadores que executam suas funções nas empresas terceirizadas de call center. Para a obtenção dos dados, foram realizadas visitas às empresas entrevistas com os trabalhadores das centrais de teleatendimento e aplicados formulários de pesquisa. As transformações trazidas pela reestruturação produtiva ao setor e as consequentes mudanças no perfil dos trabalhadores constituem o contexto econômico e social que afeta o trabalhador e as suas formas de sociabilidade, tendo em vista tanto as perdas dos benefícios e das proteções garantidas anteriormente à privatização, como dos referenciais de identidade e de espaço. Ao final, conclui-se que a terceirização, enquanto uma característica do sistema flexível, é uma estruturação das técnicas administrativas, cujo processo resulta em prejuízos aos trabalhadores, no que diz respeito à desobrigação ou redução dos encargos legais e sociais diretos, redução salarial e dos benefícios concedidos aos seus trabalhadores, que tem como consequências a baixa qualidade de vida, o crescimento do desemprego e problemas de ordem social.
Palavras-chave: Trabalho em call center. Flexibilidade. Terceirização. Telecomunicações.
|
1203 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2995 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A Territorialidade da “Posse” na Luta pela Reforma Agrária_Os Acampamentos do MST em Iaras – SP |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
IHA, Monica Hashimoto O presente estudo tem como objetivo apresentar a territorialidade dos acampamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Município de Iaras-SP, a partir da análise crítica do movimento social, buscando a gênese da concentração fundiária e dos sem-terra na formação territorial do País. A partir de 1995 o MST fez a sua primeira ocupação na região, realizando o assentamento Zumbi dos Palmares. Os demais acampamentos que se instalaram passaram por um longo período de espera, o que causou a saída de muitas pessoas, sendo necessário a criação de estratégias para a sobrevivência. O acampamento afirma a posse da terra em barracas de lona preta e, em alguns casos, realizando pequenos roçados e criação de animais. A organização dos acampamentos pelo MST é mantida por um conjunto de regras e disciplina o que contrasta com os valores e a vida anterior do acampado, o que provoca inúmeras contendas. A situação de acampado revela grande instabilidade, estando sujeito à violência dos grandes proprietários de terra, ao despejo e à estigmatização por ser sem-terra. Este estudo teve como metodologia de trabalho a pesquisa qualitativa, através de técnicas como: pequenas histórias de vida, relatos orais, entrevistas, questionários, observação participante e pesquisa nos arquivos de órgãos do Estado responsáveis pelo processo de reforma agrária (Incra e Itesp).
|
807 0 bytes Unicamp http://www.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A trajetória social da Irmă Tereza Araújo: serviço e contemplaçăo |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
KULAITIS, Letícia Figueira Moutinho
Resumo: Estudo da trajetória social da Irmã Tereza Araújo (1919-1981), religiosa da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo que, na década de 1970 a 1980, realizou a primeira inserção religiosa em meio popular no bairro do Boqueirão e influenciou a atuação de obras comunitárias em Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba, bem como do Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo, fundado em 1981.O objetivo central desta dissertação é reconstruir a trajetória social da Irmã Tereza Araújo, o que envolve investigar, sociologicamente, o modo como a religiosa percorreu o espaço social. Sendo assim, o problema de pesquisa levantado neste trabalho corresponde as seguintes questões: Como seu deu a trajetória social da Irmã Araújo?; Quais os aspectos da trajetória social da Irmã Araújo que fazem com que esta permaneça como influência nos trabalhos comunitários de Curitiba e Região Metropolitana? Em Norbert Elias e Pierre Bourdieu foram encontradas as orientações teóricas e metodológicas necessárias à construção, em perspectiva sociológica, da biografia de um indivíduo. Portanto, conceitos como habitus, campo e trajetória social, em Bourdieu e configuração, interdependência e equilíbrio de poder, em Elias, assumem fundamental importância na realização deste trabalho. Além destes conceitos, o conceito de carisma é utilizado neste trabalho, como discutido por Bourdieu e Elias, para estabelecer a relação entre o histórico da Companhia das Filhas da Caridade e a trajetória da Irmã Tereza Araújo. Pode-se concluir que realizando de forma intensa o habitus vicentino, a Irmã Araújo destacou-se no campo religioso, pois sua dedicação aos princípios da Companhia das Filhas da Caridade valeu a religiosa um grande investimento da ordem em sua formação e o reconhecimento daqueles que conheceram seu trabalho.
Palavras-chave: Não informado
|
1860 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1330 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A Violência Moral nas Relações de Trabalho como um enunciado concreto |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
Desde os primeiros anos do século XXI, a mídia brasileira em geral e a imprensa sindical têm publicado enunciados sobre violência moral no trabalho cujo significado coincide com os conceitos de “gestão por injúria” ou “gestão por estresse” de Hirigoyen e com o conceito de “social stressor” de Zapf. A partir de categorias teóricas do “Círculo de Bakhtin” e da concepção de violência moral de Leymann, Zapf, Einarsen e Hirigoyen, analisamos enunciados publicados num jornal sindical entre 1995 e 2007. O objetivo deste estudo não foi investigar a violência moral no trabalho como prática, mas como um “enunciado concreto”, cujo sentido é construído pela relação dialógica entre o locutor e os seus interlocutores, destinatários e o seu contexto social. Nossas fontes revelaram que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região tem construído e difundido enunciados onde o termo “violência moral” refere-se, principalmente, a procedimentos organizacionais, como a pressão para aumentar o desempenho do quadro de pessoal. Essa percepção mostra que é necessário ampliar o conceito clássico de violência moral no trabalho para abranger tanto os processos estritamente interpessoais quanto as políticas de gestão.
Palavras-chave: Violência moral no trabalho. Enunciado concreto. Significados. Relação dialógica. Imprensa sindical.
|
3335 0 bytes http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/19470 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Açăo coletiva e comissőes de trabalhadores em plantas flexíveis : o espaço da política |
Versão: Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
BRIDI, Maria Aparecida da Cruz
Resumo: As mudanças que se processaram na produção e na organização das fábricas – no contexto das transformações econômicas e políticas dos anos 1980/1990 – ao darem lugar à segmentação, flexibilidade e diversidade, fragmentaram ainda mais as organizações dos trabalhadores, colocando-os em situação de permanente competição, o que dificulta a ação coletiva como se processava em outros tempos. Esse cenário de crise, sobre o qual se produziram teorias divergentes, instigou a pesquisa sobre as organizações dos trabalhadores no interior das fábricas. O estudo da ação coletiva intermediada pelas Comissões de Fábricas da Volvo, Volkswagen, Audi e o Comitê Sindical da Renault é perpassado pelas teorias da ação da sociologia clássica e contemporânea, ojetivando-se explicar a natureza política das ações dos trabalhadores. A análise das condições que propiciam a ação coletiva demonstra que ela está além da escolha racional defendida pela abordagem teórica individualista. Com uma metodologia qualitativa, aberta e atenta às ambivalências, a presente tese analisa as ações dos trabalhadores no interior das fábricas, demonstrando como as organizações têm contribuído para a melhoria das condições de trabalho, para dinamizar a ação sindical e para se contraporem à tendência de precarização do trabalho. A tese afirma, portanto, que diante das transformações em curso, o capital globalizado tem se deparado com a ação política local dos trabalhadores.
Palavras-chave: Ação coletiva. Indústria automobilística. Crise política dos trabalhadores. Comissões de fábrica.
|
1619 0 bytes http:// |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Adolescência e maternidade: sentidos produzidos neste encontro e implicações para o desenvolvimento |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
MARTINES, Gisele Trommer
Este estudo tem como objetivo investigar os sentidos que são produzidos no encontro entre adolescência e maternidade na tentativa de ressaltar inter-relações entre este fenômeno e o desenvolvimento regional, uma vez que a cada ano, no Brasil, um milhão de adolescentes dão à luz (correspondendo a 20% do total de nascidos vivos). Constatamos índices semelhantes no município de Cachoeira do Sul/RS, local onde realizamos esta pesquisa. Participaram deste estudo oito mães adolescentes primíparas, com idades entre 15 e 18 anos. Consideramos adolescente aquele sujeito que tem entre doze e dezoito anos de idade, conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Realizamos de uma a duas entrevistas com cada participante com o objetivo de analisar a experiência de ser mãe na adolescência. O método utilizado nesta proposta de investigação científica é de uma abordagem qualitativa da realidade, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Realizamos a análise dos dados através do método de práticas discursivas e produção de sentidos, utilizando o mapa de associação de idéias como técnica de interpretação. Neste estudo verificamos que os sentidos produzidos no encontro entre adolescência e maternidade apontam para uma experiência de vida plena de significados positivos, bem como constituem uma experiência negativa com sentimentos de perda, de renúncia forçada e de muitas dificuldades. Ao longo desta pesquisa refletimos sobre a necessidade de problematização do discurso vigente atual que considera a gravidez e a maternidade na adolescência como um problema, produzindo, desta forma, preconceito e discriminação.
Palavras-chave: Maternidade. Adolescência. Sentidos produzidos. Desenvolvimento regional.
|
942 0 bytes http://www.unisc.br |
|