Categoria: Sociologia Dissertações |
O desempenho eleitoral de radialistas políticos nas eleiçőes proporcionais de 2002 no Paraná |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
KASEKER, Monica Panis
Resumo: Este trabalho procura analisar a importância do rádio no processo eleitoral e na política contemporânea brasileira, mais especificamente no caso das eleições majoritárias de 2002 no Paraná. Nessas eleições, três radialistas políticos, que construíram suas carreiras políticas no rádio e já haviam cumprido vários mandatos como deputados estaduais na Assembléia Legislativa do Paraná, não conseguiram se reeleger. Parte-se da hipótese que a candidatura de um estreante na política e no rádio, Ratinho Júnior, filho do apresentador de televisão Ratinho, tenha atraído os votos dos eleitores de Algaci Túlio, Luiz Carlos Alborghetti e Ricardo Chab. A partir de entrevistas com os três radialistas e a coleta de informações, no Tribunal Regional Eleitoral, na Assembléia Legislativa, em jornais e nos índices de audiência, procura-se acompanhar suas atuações nos campos radiofônico e político, com o objetivo de investigar os motivos de suas derrotas nas urnas. Para enriquecer a análise, buscou-se comparar a trajetória de Algaci Túlio com a de um radialista político que se reelegeu em 2002, Luiz Carlos Martins. Também foram analisados os programas de rádio dos políticos para verificar como é utilizada a linguagem radiofônica e quais são as diferentes mediações presentes. A partir da perspectiva teórica de Bourdieu, sobre os conceitos de habitus e de campo, busca-se compreender como essas personagens transitam de um campo para outro. Sobre a questão da construção de sentido, recorre-se a Barthes e Baudrillard. Meditsch, Moreira e Nunes contribuem para a compreensão do rádio no Brasil. Ao abordar a política, destaca-se Weber, Shwartzenberg, Schumpeter e Faoro.
Palavras-chave: Rádio. Política. Eleições.
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3209 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2986?mode=simple&submit_simple=Mostrar+o+registro+em+f |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Educação e relações raciais : um estudo de caso |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
SANTOS, Abel Ribeiro dos
Resumo: Esta pesquisa teve como pano de fundo as reflexões em âmbito nacional em relação ao tema das relações étnico-raciais no Brasil. O foco central de estudo foram as relações raciais e as práticas educativas de professores, especificamente dentro da realidade sócio-educacional de escolas públicas na cidade e região metropolitana de Curitiba. Para isso, à luz da lei 10.639 de 2003 sobre o ensino de História da África, analisou-se como estão representados o negro e a história da África nos livros didáticos de história de 6ª e 7ª séries, qual é a visão dos professores e qual vem sendo sua prática pedagógica em sala de aula. Para tanto, delimitou-se como universo de pesquisa e estudo de caso uma escola localizada na periferia da cidade de Curitiba. A partir de uma abordagem qualitativa de natureza interpretativa, foram entrevistados profissionais pedagogos, professores, funcionários e alunos para saber como se dão as relações étnico-raciais na escola. Analisou-se ainda, in fine, como as práticas docentes têm contribuído para a discussão do papel da escola (problematizadora/reprodutora) em relação às práticas discriminatórias a negros no ambiente escolar. A pesquisa evidenciou elementos que constataram as hipóteses levantadas, tais como: formas de silenciamento da questão racial e de práticas discriminatórias na escola; a idéia de democracia racial brasileira perpassando todo o ambiente escolar; os livros didáticos analisados não avançaram na problematização e na desconstrução das imagens negativas dos negros, que ainda estão associadas à escravidão e à inferioridade do negro na formação cultural do País, principal reivindicação dos movimentos negros desde a década de 70; a lei 10.639/03, apesar de 4 anos de sua implementação, é pouco conhecida e não está sendo colocada em prática pelos professores desta escola; há formas de racismo explícito e implícito no ambiente escolar, negado pelos professores, denotando estarem pouco preparados para lidar com a questão racial em sala de aula. No final da pesquisa, evidenciamos a importância da lei 10.639/03, se não para resolver totalmente o problema educacional dos negros, mas, para contribuir na problematização das relações raciais e apontar novos caminhos para diminuir as grandes diferenças sociais existentes no interior das escolas de todo o Brasil.
Palavras-chave: Relações étnico-raciais. Educação. Livros didáticos. Escola pública. Discriminação. Instituição escolar. Poder. Política. Ideologia.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força de trabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de 10 trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense, mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas – apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não- trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
No bico do corvo: nove narrativas de velhos: corpo e voz |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
D´AQUINO, Nora
Resumo: “No bico do corvo — nove narrativas de velhos: corpo e voz”, situa a velhice enquanto etariedade, vivida por velhos com mais de oitenta anos, exposta de viva voz — testemunhos. O texto desenvolve um cenário sócio-histórico com o intento de situar o objeto lentamente, gradualmente; dada sua obviedade intrínseca: ao longo do tempo, é velho quem está vivo. Essa aparente “naturalidade” pode simplificar um processo sociológico sofisticado de construção e manutenção em habitar um corpo biológico decadente, num viés de novidade; na contramão de uma cultura que privilegia o utilitário, o fazer, o jovem; que confunde as esferas público/privado e cala o homem. No Brasil, país em dívidas sociais contundentes, a velhice — uma minoria que se avoluma exponencialmente — margeia o assistencialismo sob o risco do isolamento. As narrativas contextualizam: quem está vivo quer estar entre homens. Exibem um impacto com o existir, desenham fronteiras míticas que não nos isentam. Num átimo estamos reféns, reconhecemos personagens, situações — um encontro com a história, com a ética do viver no privado e no público, responsabilidade à qual não é possível exonerar-se. As narrativas assim como as experiências artísticas, as performances, ecoando o íntimo na presença de outros, imprimem uma espécie de realidade ao mundo e aos homens. Os autores são mencionados à medida que contribuem com as questões que a voz escancara: a linguagem enquanto instituição social que constrói o tempo, o corpo e o lugar; um dizer que não é só literal, que potencializa o sentido numa medida de ressonância, como na poesia; a exigência que a vida e a morte fazem ao homem da presença no tempo, no corpo e a construção da história — o trapézio como um convite à voz.
Palavras-chave: Velhice. Voz. Corpo. Público/privado.
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3119 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2299 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Sistema de gestăo e financiamento da Assistęncia Social : transitando entre a filantropia |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
ARRUDA, Denise Ratmann Arruda
Resumo: O objeto de análise da presente tese está circunscrito ao estudo da gestão e do financiamento da assistência social no período anterior e posterior à implantação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, ou seja, de 1988 com a promulgação da Constituição Federal, que a alçou ao status de política pública, e meados de 2008, data de encerramento do trabalho. Neste espectro foi possível identificar dois modelos de gestão e de financiamento prestados pela rede socioassistencial, que evidenciam o movimento oscilatório entre a filantropia e a política pública, apesar da implantação do SUAS, revelando concepções e racionalidades diferenciadas acerca da temática. O primeiro tem seu reduto, ainda que não com exclusividade, na ação assistencial ofertada por entidades beneficentes e filantrópicas, fundamentada no princípio da subsidiariedade, com foco na caridade e na filantropia, composta por práticas correspondentes a diversas áreas de políticas setoriais e instituídas de exonerações tributárias, aparte do sistema proposto. É determinado pelo pensamento conservador que engendra a conformação da sociedade brasileira, abordado com base nas teses de Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre, Raimundo Faoro, Sergio Buarque de Holanda, Simon Schuwartzman e josé de Souza Martins, reforçado pelo patrimonialismo, adotado por meio do estabelecimento de relações pessoais e de favores, de mando e de subserviência no trato da coisa pública,cujo escopo não distingue a esfera privada da pública, tendo forte influência dos princípios neoliberais de responsabilização do Estado e de refilantropização da assistência social. O segundo propõe a instituição de um sistema descentralizado e participativo para a assistência social sendo, mais tarde, aprimorado como sistema unificado e homogêneo, de modo a resgatar a responsabilidade estatal, definindo atribuições das...continua...
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Categoria: Sociologia Dissertações |
A Agroindústria Artesanal e o Programa Fábrica ... |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
BRITO, Celestino de Oliveira
Esta dissertação aborda a relação da produção agrícola familiar com o mercado e a instituição estatal, mais precisamente ressalta os limites para a racionalização econômico-administrativa das atividades no interior de uma unidade de produção familiar. Sua referência empírica são as unidades de produção familiares da região Sudoeste do Estado do Paraná, que têm na atividade de elaboração e, ou, transformação artesanal de alimentos uma estratégia para integrar-se ao mercado com vistas em garantir a reprodução da unidade familiar. Contrapondo-se a essa estratégia surge a interferência da instituição estatal, que, por meio da política pública Fábrica do Agricultor, propõe a regularização legal e sanitária dessa atividade. Revendo a literatura sobre a agricultura familiar no Brasil, conclui-se que a reprodução da atividade foi possibilitada, até bem pouco tempo, por mérito dos próprios agricultores, graças às estratégias que foram capazes de elaborar. A prioridade dos agricultores familiares, inicialmente, foi garantir a produção dos alimentos necessários para consumo da família. Conseguem isso aliando a policultura à criação de animais que fornecem alimentos e força de trabalho.
Palavras-chave: Família. Agricultores. Alimentos. Transformação.
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3043 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2611 |
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