Categoria: Sociologia Dissertações |
O poder local e o coronelismo no estado do Paraná 1880-1930 |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
SILVA, Monica Helena Harrich
Resumo: Análise sobre o poder local, especificamente sobre o coronelismo, no Estado do Paraná, durante os anos de 1880 até 1930. Aponta os principais aspectos que resultaram na configuração do coronelismo enquanto sistema, ou seja, o coronelismo paranaense envolveu o poder público (através do governo estadual) e o poder privado (na figura do coronel) em uma relação de cunho político, uma vez que os atores participantes estendiam-se desde a base mais simples da sociedade, que era o trabalhador rural, até o Presidente da República, tal como apresentado na análise clássica de Vitor Nunes Leal, Coronelismo, Enxada e Voto. Para tanto, o coronelismo paranaense apresenta as características gerais do coronelismo nacional, isto é, revela a fraqueza e dependência dos coronéis em relação ao governo estadual, apresenta o cerceamento da autonomia dos municípios em meio às leis emanadas pela Constituição Estadual, verifica-se a pobreza do homem do campo e a relação de fidelidade para com o coronel. A manutenção do sistema coronelista no Paraná tinha seu fundamento na garantia dos votos (sufrágio eleitoral) através da ação dos coronéis que resultava também no controle da ordem municipal, objetivado sempre pelo grupo político que dominava o Estado. Nesse sentido, através daanálise de documentação da época como Jornais, Anais da Assembléia Legislativa (e outras fontes), o presente trabalho apresenta as questões partidárias, os processos eleitorais e seus mecanismos de fraudes e, fundamentalmente, os vários aspectos das trocas de favores que envolveram o coronelismo neste Estado. O resgate da estrutura partidária está exposto na análise da trajetória dos partidos políticos: Partido Republicano Federal (situacionista), Partido Republicano (oposicionista) e a união de ambos formando o Partido Republicano Paranaense, criado em 1908 e estendendo seu poder até 1930.
Palavras-chave: Poder local. Coronelismo. Paraná. Primeira República.
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10443 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/11747 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Nem toda a comida de shopping center é McDonald's estudo de caso na praça de alimentação do Iguatemi |
Versão: Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
MONTEIRO, Karen
Resumo: A dissertação tem como tema a comida, a partir do estudo de caso realizado na praça de alimentação do shopping-center Iguatemi de Porto Alegre. Interessa analisar a comida enquanto construção simbólica, portanto indissociada do seu contexto de inserção. Trata-se de estudar o alcance dos conceitos de fast-food, com ênfase naquele que aqui é denominado modelo Mcdonald’s, apontado como um dos paradigmas da racionalidade formal da sociedade contemporânea. Na praça de alimentação, através da opção pela metodologia qualitativa, a pesquisa analisa comida direcionando suas "lentes" para o "lado de dentro do balcão". A atenção, assim, volta-se para a produção e serviços presentes no espaço social alimentar, emblema dos centros urbanos.
Palavras-chave: Comida. Shopping center. Fast-food.
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10909 0 bytes PUC - Rs http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1430 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A Nossa Vendeia : o imaginário social da Revolução Francesa na construção da narrativa de Os Sertões |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
MOREIRA, Raimundo Nonato Pereira
O presente trabalho objetiva discutir os influxos do imaginário social da Revolução Francesa no processo de construção da narrativa da Guerra de Canudos (1896-1897), em Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha (1866-1909). A partir desse escopo, problematizam-se algumas das relações que vinculam as narrativas históricas e os relatos imaginários no corpo da obra citada, destacando a força das imagens relacionadas à Revolução de 1789 na tessitura do enredo euclidiano. Esta Tese apresenta cinco momentos principais. No primeiro capítulo, a partir de um esboço biográfico, abordam-se aspectos considerados relevantes acerca da vida e da obra de Euclides da Cunha. No segundo, discute-se a presença da Revolução Francesa no conjunto da obra euclidiana, argumentando-se que esse processo se constituiu no conjunto de acontecimentos históricos mais relevante no quadro das referências teóricas do escritor, posto que, para o autor, o paradigma francês apresentava-se como um padrão explicativo dos processos ocorridos na sociedade brasileira nas últimas duas décadas do século XIX. No terceiro capítulo, aborda-se a construção da narrativa euclidiana da Guerra de Canudos, mediante uma hipótese de trabalho que postula a existência de três momentos privilegiados desse processo: o primeiro, antes do contato de Euclides com o conflito sertanejo; o segundo, durante a presença do correspondente de O Estado de São Paulo na Bahia; e o terceiro, após o desfecho do conflito, materializado nas páginas de Os Sertões. No último capítulo, discute-se a ontologia discursiva de Os Sertões, problematizando-se as relações entre as categorias de historicidade, ficcionalidade e literariedade na composição narrativa euclidiana, destacando-se, ainda, as contribuições decisivas de uma versão histórico-literária da Revolução Francesa, o romance Quatrevingt-treize [Noventa e Três, 1874], de Victor Hugo (1802-1885), para o consórcio da ciência e da arte intentado por Euclides. Nas Considerações Finais, tomando-se como referência as discussões historiográficas contemporâneas acerca da narrativa, reitera-se que a análise da construção do enredo da obra euclidiana evidenciou um processo complexo, no qual o escritor se valeu tanto de relatos históricos quanto de narrações imaginárias, para comunicar aos futuros historiadores o seu juízo sobre a Guerra de Canudos.
Palavras-chave: História. Narrativa. Revolução Francesa.
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16166 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Cinema e sociedade: sobre a ditadura militar no Brasil |
Versão: PDF Atualização: 10/2/2014 |
Descrição:
LEME, Caroline Gomes
De 1979 aos dias atuais, a ditadura militar fez-se presente em um número significativo de obras fílmicas. Analisar essa produção cinematográfica é examinar como está sendo ressignificado o passado, quais questões estão sendo obliteradas, que ambiguidades e tensões perpassam a interpretação do processo sócio-histórico. Esta pesquisa propõe-se a trabalhar a relação entre cinema e sociedade no que tange aos enunciados social e culturalmente construídos a respeito do período do regime militar vigente no Brasil de 1964 a 1985. O objeto de investigação são os filmes de longametragem lançados entre 1979 e 2009 que se reportam ao tema da Ditadura Militar no Brasil e seus desdobramentos. O pressuposto é o de que as obras fílmicas, enquanto produções culturais, podem ser consideradas meios legítimos e diferenciados para o conhecimento da sociedade, uma vez que são constitutivas da realidade social, produzindo significados, valores e proposições expressados através de sua construção própria. Pauta-se na concepção de cultura do materialismo cultural de Raymond Williams (2000) e fundamenta-se essencialmente no referencial teórico-metodológico de Pierre Sorlin (1985,1994). Realiza-se um levantamento amplo e fundamentado da filmografia que tematiza a ditadura militar brasileira e dedica-se um olhar mais atento aos seguintes filmes: E agora, José? Tortura do sexo (Ody Fraga, 1980); Paula – A história de uma subversiva (Francisco Ramalho Jr., 1980); Nunca fomos tão felizes (Murilo Salles, 1984); Corpo em delito (Nuno Cesar Abreu, 1990); Ação entre amigos (Beto Brant, 1998); A terceira morte de Joaquim Bolívar (Flávio Cândido, 2000) e Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 006), os quais correspondem a um espectro amplo de possibilidades cinematográficas.
Palavras-chave: Cinema e sociedade. Cinema brasileiro. Ditadura militar brasileira.
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19216 0 bytes Unicamp http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000787791&fd=y |
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