Categoria: Sociologia Dissertações |
A política de cotas para mulheres : análise do legislativo paranaense |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
BRUNETTA, Míriam do Carmo
A institucionalização de política de cotas por sexo para cargo legislativo, no Brasil, foi implementada no final do século XX. Essa ação afirmativa foi resultado de discussões e embates nacionais e internacionais que constataram a falta ou pouca participação da mulher na política, nos canais de decisão pública. Passados dez anos da primeira lei 9100/95 que previu cotas para a disputa de cargos legislativos, tenta-se fazer uma análise quantitativa e qualitativa dessa política pública, que vem para o campo político, num primeiro momento, com o objetivo de aumentar a participação da mulher nos canais de poder. Nesse ínterim, busca-se contextualizar esta política de cotas em relação ao sistema eleitoral brasileiro, para observar se houve alteração no lançamento de candidaturas de mulheres, a partir da comparação das candidaturas para o legislativo no Estado do Paraná, nos pleitos eleitorais de 1994, de 1998 e de 2002.
Palavras-chave: Não informado
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Categoria: Sociologia Dissertações |
Programa de transferência de renda condicionado bolsa escola: o resgate da cidadania através da edu |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
SILVA, Isabel Cristina
A dissertação “Programa de Transferência de Renda Condicionado - Bolsa-Escola: o resgate da cidadania através da educação”, tem o propósito de fazer uma leitura da importância de programas de transferência de renda condicionada para a construção da cidadania, mediante a inserção social das camadas mais pobres da população. O conceito de cidadania será apresentado, na amplitude dos direitos civis, sociais e políticos. No que se refere a questão social, aborda-se os fatores históricos que levaram Castel a construir o conceito (2001), de ‘desfiliação’. Segundo o autor, ‘desfiliado’ é aquele indivíduo que em um mundo estruturado, desatrelou-se das redes de integração primária. Isto ocorre quando sua inscrição territorial não tem condições de assegurar a sua rede de proteção, deixando-o cair em estados de privação. Para melhor compreender o que são estes estados de privação, estudou-se o conceito de pobreza e dos indicadores utilizados para mensurá-la. Em seguida, apresentam-se os programas da Rede de Proteção Social – RPS – existentes no Brasil, em 2002. Logo depois, os programas de transferência de renda condicionados à educação: o Programa Bolsa Escola, primeiramente aplicado no Governo do Distrito Federal em 1995, o programa Bolsa-Escola Cidadã, da Organização Não Governamental Missão Criança (1998), o Programa Bolsa-Escola Federal e o Programa aplicado no Governo do Distrito Federal, a partir de 2001, o ‘Renda Minha’. Em seqüência, demonstra-se a metodologia utilizada pelo Banco Mundial para a avaliação de impacto de programas de transferência de benefícios, para a mensuração dos resultados que os programas trazem às comunidades nas quais são aplicados. Por fim, apresenta-se o programa de desenvolvimento humano do México, o OPORTUNIDADES e compara-se o mesmo com os programas brasileiros, incluindo o Bolsa-Família, programa que absorveu o Bolsa-Escola em 2003. A compreensão dos atuais problemas que afligem a nossa sociedade auxilia, conforme palavras de Bourdieu (2003, p. 735) “aos que sofrem que descubram a possibilidade de atribuir seu sofrimento a causas sociais e assim se sentirem desculpados; e fazendo conhecer amplamente a origem social, coletivamente oculta, da infelicidade sob todas as suas formas, inclusive as mais íntimas e as mais secretas”. Pois, segundo o autor, o que o mundo social fez, o mundo social pode, armado deste saber, desfazer. Considera-se que os conceitos aqui apresentados são instrumentais para discutir o processo de desfiliação e auxiliar na busca de novas formas de inclusão social.
Palavras-chave: Bolsa-Escola. Programas de Transferência Renda Condicionado Benefícios. Pobreza. Cidadania e Educação.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força de trabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de 10 trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense, mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas – apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não- trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
Cosmologia, perspectivismo e agência social na arte ameríndia: estudo de três casos etnográficos |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
SILVA, Maria Isabel Cardozo da
Esta dissertação é um experimento de comparação entre três etnografias da Amazônia: Kaxinawa, Wayana e Wauja. Os temas abordados e comparados giram em torno do perspectivismo, da corporalidade, da estética, do estatuto ontológico da arte e da agência social da arte. Inicialmente, partimos de alguns importantes autores que contribuíram com reflexões e/ou propostas para o estudo antropológico da arte. Dentre eles, damos uma ênfase especial à abordagem de Alfred Gell, que trata a arte como um sistema de ação, em que a natureza do objeto é função da matriz social-relacional no qual está inserido. Em seguida, partimos para uma breve introdução à arte e à cosmologia ameríndias e, em seguida, apresentamos uma síntese de cada etnografia. Num terceiro momento, colocamos em diálogo as monografias, na tentativa de realizar algumas comparações possíveis e boas para pensar o estatuto da arte nestas sociedades.
Palavras-chave: Antropologia. Etnologia. Arte e antropologia. Índios da América do Sul. Cultura.
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571 0 bytes UFMG http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/VCSA-7FZT3G |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A capoeira na sociedade do capital: a docência como mercadoria-chave na transformação da capoeira no |
Versão: PDF Atualização: 24/3/2012 |
Descrição:
ARAÚJO, Benedito Carlos Libório Caires
A capoeira, desde sua primeira menção nos registros oficiais em 1789 até o final da primeira república (1930), sempre esteve relacionada ao que havia de mais discriminado na sociedade brasileira. Após as grandes transformações sociais no mundo e seus efeitos na política brasileira no século XX, essa manifestação ganha espaço social, assumindo uma nova dinâmica. Esse processo se inicia quando a docência da capoeira passa a ser estruturada sob o signo da mercadoria, expresso nas ações concretas de duas escolas de capoeiras baianos, que transformaram o conhecimento da capoeira em propriedade. Dessa forma, atribui-se uma relação de troca entre mercadorias que, nas décadas de 1980 e 1990, viriam a se concretizar sob a lógica do trabalho produtivo. Destaca-se, como marco, desse processo, a atuação do Centro de Cultura Física Regional (1936), que, sob forte influência do pensamento positivista e da forma taylorista de trabalho, materializou, nas relações diretas, a fragmentação da capoeira. Esses marcos se concretizam nos dias atuais, quando a capoeira aparta-se do seu produtor, relegando-lhe papéis secundários na sua construção. São as esferas da sociedade civil onde a capoeira se insere, a gerência na lógica dos interesses privados, em uma estrutura que une a ideologia burguesa, o estado liberal e as parcerias privadas de financiamento público. O objetivo deste trabalho é se aproximar das formas que articulam respostas contra a dinâmica da sociedade capitalista, onde a capoeira se encontra de forma alienada. Para compreender esse fenômeno, concentramos a atenção na mercadoria prática docente da capoeira, destacando nela as contradições que evidenciem a lógica da mercadoria e suas determinações. Por reconhecer mudanças nos dados concretos do trabalho pedagógico, nos espaços e tempos formativos na capoeira, assumimos uma postura de confronto, para avançar na compreensão dos limites e das possibilidades que se põem aos capoeiras, assim como a outros formadores populares de conscientização de classe e de ações revolucionárias.
Palavras-chave: Capoeira. Prática docente. Projeto histórico socialista.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
A cultura do Fandango no litoral do Paraná e suas relações entre trabalho, cultura popular e lazer n |
Versão: Atualização: 17/5/2012 |
Descrição:
OLIVEIRA, Rogerio Massarotto
O problema de pesquisa, ora em evidência, foi elaborado a partir da questão de partida, sobre quais as possíveis relações entre a cultura do fandango enquanto manifestação da cultura popular e os mundos do trabalho e do lazer para seus praticantes, no litoral do Estado do Paraná. Dessa forma, diz respeito mais profundamente, à complexa, rica e contraditória cultura do fandango, enquanto manifestação da cultura popular, tratando-se de um recorte sobre as possíveis aproximações entre trabalho, cultura popular e lazer.
Palavras-chave: Trabalho. Cultura popular. Lazer.
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