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Produções de Profissionais da Seed: Dissertações (18)


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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!Agricultor familiar e projeto agroecológico de vida Popular Versão: 
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
PINHEIRO, Gustavo Silveira

Resumo: A agricultura familiar no Brasil não passa apenas por um processo de diferenciação social crescente originando formatos diversos no que se refere à organização da produção, mascom a emergência da questão ambiental, desenvolve diferentes estratégias de reconstrução de relações com a natureza e com a sociedade. Nesse sentido este trabalho visadesenvolver um referencial teórico-prático para analisar a agricultura familiar, tendo como universo empírico o Núcleo Regional Maurício Burmester do Amaral da Rede Ecovida de Agroecologia, que agrega agricultores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Campos Gerais e Litoral do estado do Paraná. Inicialmente faz se um breve histórico dos diferentes formatos de produção na agricultura brasileira com o intuito de construir uma definição apropriada a este trabalho e demonstrar como o projeto coletivo da Rede Ecovida constrói-se em oposição à agricultura convencional, apresentando-se como uma alternativa viável a este modelo sob a perspectiva social e ambiental. A realização deste projeto coletivo utópico pautado nos princípios da agroecologia somente se realiza se encontra respaldo no âmbito individual dos atores. Procurasse compreender como, mediante a adoção de práticas orientadas pelos princípios da agroecologia, são construídos projetos de vida que não são orientados exclusivamente por uma racionalidade econômica típica da modernidade, mas igualmente reconstroem relações que tem raízes numa condição de vida familiar tradicional, na qual as dimensões do econômico, da autonomia e da propriedade rural percebida e utilizada como uma unidade de vida, se mostraram como fundamentais na reconstrução de relações socioambientais.

Palavras-chave: Agricultura familiar. Rede Ecovida de Agroecologia. Projeto de vida.

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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!Adolescência e maternidade: sentidos produzidos neste encontro e implicações para o desenvolvimento  Popular Versão: PDF
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
MARTINES, Gisele Trommer

Este estudo tem como objetivo investigar os sentidos que são produzidos no encontro entre adolescência e maternidade na tentativa de ressaltar inter-relações entre este fenômeno e o desenvolvimento regional, uma vez que a cada ano, no Brasil, um milhão de adolescentes dão à luz (correspondendo a 20% do total de nascidos vivos). Constatamos índices semelhantes no município de Cachoeira do Sul/RS, local onde realizamos esta pesquisa. Participaram deste estudo oito mães adolescentes primíparas, com idades entre 15 e 18 anos. Consideramos adolescente aquele sujeito que tem entre doze e dezoito anos de idade, conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Realizamos de uma a duas entrevistas com cada participante com o objetivo de analisar a experiência de ser mãe na adolescência. O método utilizado nesta proposta de investigação científica é de uma abordagem qualitativa da realidade, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Realizamos a análise dos dados através do método de práticas discursivas e produção de sentidos, utilizando o mapa de associação de idéias como técnica de interpretação. Neste estudo verificamos que os sentidos produzidos no encontro entre adolescência e maternidade apontam para uma experiência de vida plena de significados positivos, bem como constituem uma experiência negativa com sentimentos de perda, de renúncia forçada e de muitas dificuldades. Ao longo desta pesquisa refletimos sobre a necessidade de problematização do discurso vigente atual que considera a gravidez e a maternidade na adolescência como um problema, produzindo, desta forma, preconceito e discriminação.

Palavras-chave: Maternidade. Adolescência. Sentidos produzidos. Desenvolvimento regional.

Downloads 909  909  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma   Site http://www.unisc.br
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!Açăo coletiva e comissőes de trabalhadores em plantas flexíveis : o espaço da política  Popular Versão: 
Atualização:  23/3/2012
Descrição:
BRIDI, Maria Aparecida da Cruz

Resumo: As mudanças que se processaram na produção e na organização das fábricas – no contexto das transformações econômicas e políticas dos anos 1980/1990 – ao darem lugar à segmentação, flexibilidade e diversidade, fragmentaram ainda mais as organizações dos trabalhadores, colocando-os em situação de permanente competição, o que dificulta a ação coletiva como se processava em outros tempos. Esse cenário de crise, sobre o qual se produziram teorias divergentes, instigou a pesquisa sobre as organizações dos trabalhadores no interior das fábricas. O estudo da ação coletiva intermediada pelas Comissões de Fábricas da Volvo, Volkswagen, Audi e o Comitê Sindical da Renault é perpassado pelas teorias da ação da sociologia clássica e contemporânea, ojetivando-se explicar a natureza política das ações dos trabalhadores. A análise das condições que propiciam a ação coletiva demonstra que ela está além da escolha racional defendida pela abordagem teórica individualista. Com uma metodologia qualitativa, aberta e atenta às ambivalências, a presente tese analisa as ações dos trabalhadores no interior das fábricas, demonstrando como as organizações têm contribuído para a melhoria das condições de trabalho, para dinamizar a ação sindical e para se contraporem à tendência de precarização do trabalho. A tese afirma, portanto, que diante das transformações em curso, o capital globalizado tem se deparado com a ação política local dos trabalhadores.

Palavras-chave: Ação coletiva. Indústria automobilística. Crise política dos trabalhadores. Comissões de fábrica.

Downloads 1553  1553  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma   Site http://
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A Violência Moral nas Relações de Trabalho como um enunciado concreto Popular Versão: PDF
Atualização:  23/3/2012
Descrição:
Desde os primeiros anos do século XXI, a mídia brasileira em geral e a imprensa sindical têm publicado enunciados sobre violência moral no trabalho cujo significado coincide com os conceitos de “gestão por injúria” ou “gestão por estresse” de Hirigoyen e com o conceito de “social stressor” de Zapf. A partir de categorias teóricas do “Círculo de Bakhtin” e da concepção de violência moral de Leymann, Zapf, Einarsen e Hirigoyen, analisamos enunciados publicados num jornal sindical entre 1995 e 2007. O objetivo deste estudo não foi investigar a violência moral no trabalho como prática, mas como um “enunciado concreto”, cujo sentido é construído pela relação dialógica entre o locutor e os seus interlocutores, destinatários e o seu contexto social. Nossas fontes revelaram que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região tem construído e difundido enunciados onde o termo “violência moral” refere-se, principalmente, a procedimentos organizacionais, como a pressão para aumentar o desempenho do quadro de pessoal. Essa percepção mostra que é necessário ampliar o conceito clássico de violência moral no trabalho para abranger tanto os processos estritamente interpessoais quanto as políticas de gestão.

Palavras-chave: Violência moral no trabalho. Enunciado concreto. Significados. Relação dialógica. Imprensa sindical.

Downloads 3282  3282  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma   Site http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/19470
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A tribo skatista e a instituição escolar: o poder escolar em uma perspectiva sociológica Popular Versão: PDF
Atualização:  24/3/2012
Descrição:
HONORATO, Tony

Qual seria a relação entre tribo skatista e instituição escolar? O interesse por esta temática veio do fato de que a prática cultural dos skatistas está no universo escolar e o ‘invade’, representando atipicidade e esboçando relações de poder por meio de seus capitais culturais produzidos fora das barreiras arquitetônicas escolares. Trabalhamos a hipótese de que tal relação colocaria em discussão as questões referentes ao fenômeno sociológico poder escolar, pois no espaço escolar a incorporação de indivíduos detentores de diferentes capitais culturais, não comandados pelo pedagógico stricto sensu, tenderia a demonstrar a transformação e a continuidade do (re)equilíbrio do poder escolar, em função das diferentes formas de acessos às fontes de poder na configuração escola.

Palavras-chave: Tribo skatista. Instituição escolar. (Re)Equilíbrio de poder e Sociologia.

Downloads 454  454  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma Universidade Metodista de Piracicaba  Site http://
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A tribo skatista e a instituição escolar: o poder escolar em uma perspectiva sociológica Popular Versão: PDF
Atualização:  23/3/2012
Descrição:
HONORATO, Tony

Qual seria a relação entre tribo skatista e instituição escolar? O interesse por esta temática veio do fato de que a prática cultural dos skatistas está no universo escolar e o ‘invade’, representando atipicidade e esboçando relações de poder por meio de seus capitais culturais produzidos fora das barreiras arquitetônicas escolares. Trabalhamos a hipótese de que tal relação colocaria em discussão as questões referentes ao fenômeno sociológico poder escolar, pois no espaço escolar a incorporação de indivíduos detentores de diferentes capitais culturais, não comandados pelo pedagógico stricto sensu, tenderia a demonstrar a transformação e a continuidade do (re)equilíbrio do poder escolar, em função das diferentes formas de acessos às fontes de poder na configuração escola.

Palavras-chave: Tribo skatista. Instituição escolar. (Re)Equilíbrio de poder e Sociologia.

Downloads 485  485  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma Universidade Metodista de Piracicaba  Site http://
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A trajetória social da Irmă Tereza Araújo: serviço e contemplaçăo Popular Versão: pdf
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
KULAITIS, Letícia Figueira Moutinho

Resumo: Estudo da trajetória social da Irmã Tereza Araújo (1919-1981), religiosa da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo que, na década de 1970 a 1980, realizou a primeira inserção religiosa em meio popular no bairro do Boqueirão e influenciou a atuação de obras comunitárias em Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba, bem como do Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo, fundado em 1981.O objetivo central desta dissertação é reconstruir a trajetória social da Irmã Tereza Araújo, o que envolve investigar, sociologicamente, o modo como a religiosa percorreu o espaço social. Sendo assim, o problema de pesquisa levantado neste trabalho corresponde as seguintes questões: Como seu deu a trajetória social da Irmã Araújo?; Quais os aspectos da trajetória social da Irmã Araújo que fazem com que esta permaneça como influência nos trabalhos comunitários de Curitiba e Região Metropolitana? Em Norbert Elias e Pierre Bourdieu foram encontradas as orientações teóricas e metodológicas necessárias à construção, em perspectiva sociológica, da biografia de um indivíduo. Portanto, conceitos como habitus, campo e trajetória social, em Bourdieu e configuração, interdependência e equilíbrio de poder, em Elias, assumem fundamental importância na realização deste trabalho. Além destes conceitos, o conceito de carisma é utilizado neste trabalho, como discutido por Bourdieu e Elias, para estabelecer a relação entre o histórico da Companhia das Filhas da Caridade e a trajetória da Irmã Tereza Araújo. Pode-se concluir que realizando de forma intensa o habitus vicentino, a Irmã Araújo destacou-se no campo religioso, pois sua dedicação aos princípios da Companhia das Filhas da Caridade valeu a religiosa um grande investimento da ordem em sua formação e o reconhecimento daqueles que conheceram seu trabalho.

Palavras-chave: Não informado

Downloads 1742  1742  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma UFPR  Site http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1330
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A Territorialidade da “Posse” na Luta pela Reforma Agrária_Os Acampamentos do MST em Iaras – SP Popular Versão: 
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
IHA, Monica Hashimoto

O presente estudo tem como objetivo apresentar a territorialidade dos acampamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Município de Iaras-SP, a partir da análise crítica do movimento social, buscando a gênese da concentração fundiária e dos sem-terra na formação territorial do País. A partir de 1995 o MST fez a sua primeira ocupação na região, realizando o assentamento Zumbi dos Palmares. Os demais acampamentos que se instalaram passaram por um longo período de espera, o que causou a saída de muitas pessoas, sendo necessário a criação de estratégias para a sobrevivência. O acampamento afirma a posse da terra em barracas de lona preta e, em alguns casos, realizando pequenos roçados e criação de animais. A organização dos acampamentos pelo MST é mantida por um conjunto de regras e disciplina o que contrasta com os valores e a vida anterior do acampado, o que provoca inúmeras contendas. A situação de acampado revela grande instabilidade, estando sujeito à violência dos grandes proprietários de terra, ao despejo e à estigmatização por ser sem-terra. Este estudo teve como metodologia de trabalho a pesquisa qualitativa, através de técnicas como: pequenas histórias de vida, relatos orais, entrevistas, questionários, observação participante e pesquisa nos arquivos de órgãos do Estado responsáveis pelo processo de reforma agrária (Incra e Itesp).

Downloads 757  757  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma Unicamp  Site http://www.unicamp.br
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A terceirizaçăo na área de atendimento telefônico em Curitiba : análise da continuidade do tayl Popular Versão: pdf
Atualização:  23/3/2012
Descrição:
MENDES, Josiane

O tema desta dissertação é o processo de terceirização nas centrais de atendimento telefônico, inserido na problemática desse processo no setor de serviços, mais especificamente, no desenvolvimento das telecomunicações pós-privatização desse ramo no Brasil. A preocupação é demonstrar qual é a condição de trabalho nas três maiores empresas que prestam serviço terceirizado de atendimento telefônico, em Curitiba. A pesquisa avalia as condições de flexibilidade existentes nas empresas contratantes e contratadas, para a realização do atendimento terceirizado aos clientes. Demonstra que há diferentes tipos de contratos entre as mesmas e que o perfil do trabalhador dessas centrais é determinado pela espécie de produto ou serviço oferecido pela empresa contratante. O objetivo geral é demonstrar como que esse novo trabalho, ditado pelas normas do sistema flexível de acumulação, possui semelhanças com o sistema taylorista/fordista, em virtude da coerção e do controle impostos aos trabalhadores que executam suas funções nas empresas terceirizadas de call center. Para a obtenção dos dados, foram realizadas visitas às empresas entrevistas com os trabalhadores das centrais de teleatendimento e aplicados formulários de pesquisa. As transformações trazidas pela reestruturação produtiva ao setor e as consequentes mudanças no perfil dos trabalhadores constituem o contexto econômico e social que afeta o trabalhador e as suas formas de sociabilidade, tendo em vista tanto as perdas dos benefícios e das proteções garantidas anteriormente à privatização, como dos referenciais de identidade e de espaço. Ao final, conclui-se que a terceirização, enquanto uma característica do sistema flexível, é uma estruturação das técnicas administrativas, cujo processo resulta em prejuízos aos trabalhadores, no que diz respeito à desobrigação ou redução dos encargos legais e sociais diretos, redução salarial e dos benefícios concedidos aos seus trabalhadores, que tem como consequências a baixa qualidade de vida, o crescimento do desemprego e problemas de ordem social.

Palavras-chave: Trabalho em call center. Flexibilidade. Terceirização. Telecomunicações.

Downloads 1128  1128  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma UFPR  Site http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2995
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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade Popular Versão: pdf
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da

Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força detrabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense , mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não-trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.

Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.


Downloads 804  804  Tamanho do arquivo 0 bytes  Plataforma UFPR  Site http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4260
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