Categoria: Sociologia Dissertações |
Do sujeito de direito ao estado de exceção: o percurso contemporâneo do sistema penitenciário brasil  |
Versão: Atualização: 13/5/2008 |
Descrição:
Teixeira, Alessandra
Este trabalho pretende investigar o percurso da política penitenciária brasileira contemporânea, partindo da aposta nas concepções humanizadoras e resocializadoras do cárcere que a redemocratização tardiamente introduziu no país durante a década de 80, até seus desdobramentos que levariam a seu completo avesso. Assim, já no início da década de 90, um conjunto de medidas caracterizadas pela contínua supressão de direitos e pela maior punitividade das sanções impostas a acusados e presos acabou por instalar verdadeiros regimes de exceção dentro do sistema penal, nos quais a figura do sujeito de direito tende, gradativamente, a esvaecer. Outrossim, essa discussão está inserida a partir de um quadro teórico mais amplo que problematiza a persistência da prisão na contemporaneidade, não obstante a crise das disciplinas e a ordem de reconfigurações imposta pelas recentes transformações do capitalismo a todo um mundo social ancorado em suas representações. A análise das práticas e orientações adotadas mais recentemente pelo sistema penitenciário brasileiro é feita levando em conta a pertinência ou não dos deslocamentos ontológicos sugeridos pela literatura eleita neste estudo, a respeito das categorias que conferiam inteligibilidade ao crime, ao criminoso e à punição, e que se apresentam como centrais à compreensão da finalidade atribuída à prisão na atualidade.
Palavras-chave: Prisão. Política penitenciária. Direitos humanos. Justiça criminal. Crime. Estado de exceção.
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832 0 bytes USP http://www.teses.usp.br/ |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Políticas fundiárias e desenvolvimento local: o papel do Banco da Terra na reconstruçăo do rura  |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
SANTOS, Fabio Fraga dos
O programa do Banco da Terra tem como objetivo oferecer crédito a pequenos agricultores para a compra de terras, na tentativa de operacionalizar a inserção dos mesmos ao processo produtivo agrícola. Esta política pública foi estruturada para proporcionar uma ação descentralizada, a qual a localidade assume um papel importante através da participação de diversos atores sociais que visam, em última instância, uma sustentabilidade sob ponto de vista econômico, social e ambiental. As transformações nas relações entre agricultores familiares, ocasionadas entre outros fatores, por este tipo de política pública, possibilitam um vasto processo de possíveis configurações no meio rural. Neste trabalho procuramos compreender esse processo de reestruturação social, apontando as estratégias produtivas dos agricultores de um projeto do Banco da Terra implantado na região de Londrina.
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813 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/7421 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Qualidade total e o sindicalismo moderado produtivo nos metalúrgicos da grande Curitiba  |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
PENKAL, Royemerson Jose
Resumo: Com a adoção da política neoliberal a partir dos anos 1990, o movimento sindical no Brasil passa a incorporar aspectos da reestruturação produtiva nas negociações. Passam a fazer parte do escopo dos acordos coletivos ou das empresas questões como: redução de pessoal, terceirização, subcontratação, banco de horas e participação nos lucros e resultados (PLR) e, também, metas de produção. A incorporação dessas questões nas negociações demonstra a influência da implementação dos Programas de Qualidade Total (PQTs) sobre as relações de produção, pois, os trabalhadores passam a ser exigidos a se comprometerem com as metas institucionais das empresas. Onde imperam os pressupostos dos PQTs, o trabalhador é “parceiro”, e é “importante para a empresa”. A idéia de parceria evoca uma aparente condição de igualdade e essa é uma especificidade típica do desenvolvimento do capitalismo, ou seja, institucionalizar a igualdade pelos princípios liberais de acesso ao mercado. O cenário em que os trabalhadores e o movimento sindical estão inseridos, hoje está passando por um processo de profundas alterações nas relações entre capital e trabalho. A suposta “igualdade” nessas relações pretende transformar o sujeito trabalhador que pertence à classe dependente do capital para garantir a sua reprodução em “parceiro” da empresa e “colaborador” com os seus objetivos institucionais. Essa estratégia empresarial é, portanto, alvo da atuação sindical. Demonstrar e compreender as posições, ações e perspectivas do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba diante da utilização das estratégias de cooptação inerentes aos PQTs, principalmente suas ações em relação às empresas que compõem o complexo automobilístico da Região Metropolitana de Curitiba, é o problema central que esse estudo visa desenvolver. Os resultados do estudo apontam para uma confirmação da hipótese de pesquisa, ou seja, o sindicato passa a incorporar os pressupostos dos PQTs em sua forma de atuar na atual conjuntura de atuação em rede por parte do capitalismo.
Palavras - chave: Sindicalismo. Qualidade total. Produtividade. “Colaborador (cri)ativo”. “Sindicalismo moderado produtivo”
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782 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4245 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade  |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força detrabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense , mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não-trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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775 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4260 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A retórica da intransigência brasileira : uma análise do discurso da oposição durante o primeiro gov  |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
MENEZES, Daiane Boelhouwer
Resumo: Esta dissertação realiza uma análise do discurso dos dois principais partidos de direita e, pela primeira vez, de oposição no âmbito federal – o Partido da Frente Liberal (PFL) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) –, durante a 52ª Legislatura da Câmara dos Deputados (1º/02/2003 a 1º/02/2007), ou seja, durante o primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva. O corpus de pesquisa foi composto pelos pronunciamentos proferidos em plenário pelos deputados federais líderes desses dois partidos, pois sabendo a indicação da liderança do partido, há fidelidade partidária na Câmara dos Deputados suficiente para poder prever em mais de 90% dos casos o resultado das votações. A análise deste corpus baseia-se nos conceitos da Escola Francesa de Análise de Discurso. A pesquisa busca saber quais das teses propostas por Albert Hirschman foram mais utilizadas pela oposição durante o primeiro mandato de Lula. A tese da perversidade sustenta que ações para melhorar a ordem econômica, social ou política só pioram a situação que se deseja remediar. A tese da futilidade defende que as mudanças são sempre ilusórias, já que as estruturas da sociedade permanecerão as mesmas. A tese da ameaça argumenta que o custo de determinada ação é muito alto, porque coloca em perigo outra realização anterior. A hipótese, baseada na conclusão de André Singer de que é característica da direita brasileira a aversão a qualquer tipo de mudança que ocorra via contestação da ordem e do direito de repressão do Estado no que diz respeito aos movimentos sociais, era que a tese da ameaça referente à ligação do governo com os movimentos sociais fosse a mais representativa. O número de pronunciamentos que utilizam o argumento da ameaça vinda da mobilização social confirma a hipótese, pois se trata do maior percentual, respondendo por 33,93% da retórica da intransigência brasileira. Além disso, ficou claro que o PFL foi o opositor mais contundente e deu preferência ao argumento da ameaça, enquanto o PSDB utilizou-se mais da tese da futilidade e dos efeitos perversos.
Palavras- chave: Oposição. Direita. Esquerda. Partidos políticos. Governo Lula.
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761 0 bytes PUC - Rs http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1431 |
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