Categoria: Sociologia Dissertações |
Agricultor familiar e projeto agroecológico de vida |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PINHEIRO, Gustavo Silveira
Resumo: A agricultura familiar no Brasil não passa apenas por um processo de diferenciação social crescente originando formatos diversos no que se refere à organização da produção, mascom a emergência da questão ambiental, desenvolve diferentes estratégias de reconstrução de relações com a natureza e com a sociedade. Nesse sentido este trabalho visadesenvolver um referencial teórico-prático para analisar a agricultura familiar, tendo como universo empírico o Núcleo Regional Maurício Burmester do Amaral da Rede Ecovida de Agroecologia, que agrega agricultores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Campos Gerais e Litoral do estado do Paraná. Inicialmente faz se um breve histórico dos diferentes formatos de produção na agricultura brasileira com o intuito de construir uma definição apropriada a este trabalho e demonstrar como o projeto coletivo da Rede Ecovida constrói-se em oposição à agricultura convencional, apresentando-se como uma alternativa viável a este modelo sob a perspectiva social e ambiental. A realização deste projeto coletivo utópico pautado nos princípios da agroecologia somente se realiza se encontra respaldo no âmbito individual dos atores. Procurasse compreender como, mediante a adoção de práticas orientadas pelos princípios da agroecologia, são construídos projetos de vida que não são orientados exclusivamente por uma racionalidade econômica típica da modernidade, mas igualmente reconstroem relações que tem raízes numa condição de vida familiar tradicional, na qual as dimensões do econômico, da autonomia e da propriedade rural percebida e utilizada como uma unidade de vida, se mostraram como fundamentais na reconstrução de relações socioambientais.
Palavras-chave: Agricultura familiar. Rede Ecovida de Agroecologia. Projeto de vida.
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910 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1400 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
O Currículo de Formação de Soldados da Polícia Militar Frente às Demandas Democráticas |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
LUIZ, Ronilson de Souza
O trabalho focaliza o currículo prescrito para o Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a partir de sua atual grade curricular, das situações e comportamentos observáveis e observados nas práticas estabelecidas por instrutores e monitores. Busca-se apontar caminhos para uma formação mais humanizada, democrática, participativa e dinâmica aos novos policias militares, formando um profissional que saiba atuar como negociador de conflitos. Privilegiou-se a abordagem metodológica qualitativa e a linha teórica foi fundamentada pelos estudos de Ludwig(1998), Saul (2000), Bobbio (2000), Torres (2001), dentre outros que discutem as temáticas de ensino militar, currículo, democracia e multiculturalismo. O caminho trilhado por esta pesquisa aponta para a necessidade de se assumir como prioritário às polícias uma formação mais apurada e constantes treinamentos. Um decálogo, ao final, indica os pontos que afloraram como conexões entre o currículo e as novas demandas. Os estudos revelaram ainda, que a sociedade cobra que o aparelho policial confira prioridade à prevenção, à mediação de conflitos, à investigação cientificamente orientada, sempre usando a força nos limites estritos da legalidade.
Palavras-chave: Não informado
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897 0 bytes PUCSP http:// |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A organização cultural museal : os desafios e vetores dos paradigmas tradicional e contemporâneo |
Versão: Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
RANGELl, Vera Maria Sperandio
Resumo Esta investigação objetiva compreender e explicitar os motivos que levam alguns poucos museus a incorporarem em sua prática os preceitos da nova museologia em um paradigma complexo, também visto como “pós-moderno”, quando comparado com uma matriz moderna, e o que amarra os museus que não realizam essa incorporação e permanecem com o paradigma tradicional, na sociedade complexa do início do século XXI. As idéias que vão formar o que seria o novo paradigma têm preocupações de ordem científica, cultural, social e econômica. Reafirma os recursos da museologia tradicional, que são: coleta, conservação, investigação científica, restituição e difusão; porém, vão além, visam à democratização e estímulo da produção, da criação e da difusão cultural. A UNESCO propôs uma assembléia para debater a crise aguda dos museus, que de uma maneira geral não eram visitados. A Mesa Redonda realizada no Chile, em 1972, traçou a fronteira entre a museologia das coleções - paradigma tradicional - e a que percebe o museu como instrumento de desenvolvimento social. O movimento para uma nova museologia afirma a função social do museu e o caráter global das suas intervenções. A proposta nova é um museu integrado para ser um instrumento de desenvolvimento comunitário, com uma perspectiva dinâmica e aberta ao futuro. Esse museu seria gerado em função do patrimônio coletivo de uma comunidade, não com um fim em si mesmo, mas com um significado em razão do papel que possa ter ao servir essa comunidade específica.
Palavras-chave: Museologia. Paradigma tradicional. Novas propostas.
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896 0 bytes Puc Rs http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=763 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Políticas fundiárias e desenvolvimento local: o papel do Banco da Terra na reconstruçăo do rura |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
SANTOS, Fabio Fraga dos
O programa do Banco da Terra tem como objetivo oferecer crédito a pequenos agricultores para a compra de terras, na tentativa de operacionalizar a inserção dos mesmos ao processo produtivo agrícola. Esta política pública foi estruturada para proporcionar uma ação descentralizada, a qual a localidade assume um papel importante através da participação de diversos atores sociais que visam, em última instância, uma sustentabilidade sob ponto de vista econômico, social e ambiental. As transformações nas relações entre agricultores familiares, ocasionadas entre outros fatores, por este tipo de política pública, possibilitam um vasto processo de possíveis configurações no meio rural. Neste trabalho procuramos compreender esse processo de reestruturação social, apontando as estratégias produtivas dos agricultores de um projeto do Banco da Terra implantado na região de Londrina.
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856 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/7421 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Os anacronautas do teutonismo virtual: Uma etnografia do neonazismo na Internet |
Versão: PDF Atualização: 12/12/2013 |
Descrição:
DIAS, Adriana Abreu Magalhães.
Esta pesquisa busca apreender o universo simbólico das URLs racistas, revisionistas e neonazistas na Internet. O propósito da investigação é, por meio da observação etnográfica das práticas e representações discursivas expostas em sites, portais, comunidades, fóruns, chats e listas de discussão, que abordam este tema, compreender que tipo de relação se constrói entre o espaço digital e a defesa da idéia de "raça ariana", realizada por meus "nativos". Como foco privilegiei os aspectos simbólicos que melhor evidenciam a interface entre estas duas dimensões, por meio da pesquisa empírica e do exercício teórico. A partir deste recorte, emergiram algumas perspectivas relevantes na construção identitária que o racista desenvolve para si e para o outro, tais como as marcas genômicas e mitológicas evidentes em seu discurso, as redefinições da fronteira entre digitalidade e realidade e a luta política "dos arianos", na WEB. O argumento central resultante da pesquisa é de que o neonazismo interpreta simbolicamente o mundo contemporâneo, nos sites analisados, articulando mitos, narrativas e rituais. Neste processo, evidencia-se a elaboração de uma forma específica de identidade: o “teutonismo”.
Palavras Chaves: Antropologia. Etnografia. Estruturalismo. Neonazismo. Identidade. Ciberespaço.
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853 0 bytes Unicamp http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000419685&fd=y |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força detrabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense , mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não-trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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852 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4260 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Qualidade total e o sindicalismo moderado produtivo nos metalúrgicos da grande Curitiba |
Versão: pdf Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
PENKAL, Royemerson Jose
Resumo: Com a adoção da política neoliberal a partir dos anos 1990, o movimento sindical no Brasil passa a incorporar aspectos da reestruturação produtiva nas negociações. Passam a fazer parte do escopo dos acordos coletivos ou das empresas questões como: redução de pessoal, terceirização, subcontratação, banco de horas e participação nos lucros e resultados (PLR) e, também, metas de produção. A incorporação dessas questões nas negociações demonstra a influência da implementação dos Programas de Qualidade Total (PQTs) sobre as relações de produção, pois, os trabalhadores passam a ser exigidos a se comprometerem com as metas institucionais das empresas. Onde imperam os pressupostos dos PQTs, o trabalhador é “parceiro”, e é “importante para a empresa”. A idéia de parceria evoca uma aparente condição de igualdade e essa é uma especificidade típica do desenvolvimento do capitalismo, ou seja, institucionalizar a igualdade pelos princípios liberais de acesso ao mercado. O cenário em que os trabalhadores e o movimento sindical estão inseridos, hoje está passando por um processo de profundas alterações nas relações entre capital e trabalho. A suposta “igualdade” nessas relações pretende transformar o sujeito trabalhador que pertence à classe dependente do capital para garantir a sua reprodução em “parceiro” da empresa e “colaborador” com os seus objetivos institucionais. Essa estratégia empresarial é, portanto, alvo da atuação sindical. Demonstrar e compreender as posições, ações e perspectivas do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba diante da utilização das estratégias de cooptação inerentes aos PQTs, principalmente suas ações em relação às empresas que compõem o complexo automobilístico da Região Metropolitana de Curitiba, é o problema central que esse estudo visa desenvolver. Os resultados do estudo apontam para uma confirmação da hipótese de pesquisa, ou seja, o sindicato passa a incorporar os pressupostos dos PQTs em sua forma de atuar na atual conjuntura de atuação em rede por parte do capitalismo.
Palavras - chave: Sindicalismo. Qualidade total. Produtividade. “Colaborador (cri)ativo”. “Sindicalismo moderado produtivo”
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847 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4245 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
O campo político da agricultura familiar e a ideia de projeto alternativo de desenvolvimento / |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
NUNES, Sidemar Presotto
O objetivo da presente pesquisa foi identificar as contradições da ideia de “projeto alternativo de desenvolvimento” adotado pelo “campo político da agricultura familiar” na região Sul do Brasil. Centrada na análise das contradições da ideia de alternatividade, procurou-se analisar como o “campo político da agricultura familiar” procura garantir viabilização, legitimidade social e reconstruir os referenciais ideológicos diante de um novo contexto social que passou por diversas transformações econômicas e político- ideológicas a partir do início dos anos 90. Diante desse contexto, a ideia de projeto alternativo de desenvolvimento (PAD) passa a ser proposta como novo referencial pelas organizações sociais da região Sul do Brasil, que aqui se chama de campo político da agricultura familiar. É uma ideia que se propõe enfrentar o processo de centralização do capital agroindustrial e os problemas por ele gerados; o crescente uso de insumos industriais, que promoveria a degradação dos recursos naturais e problemas sociais (êxodo rural, concentração agroindustrial, etc.) e ao centralismo e clientelismo do Estado brasileiro, que estaria privilegiando os interesses dos grandes grupos econômicos. Propõe-se fazer, de dentro do próprio capitalismo, algumas mudanças que pudessem garantir uma melhor reprodução social dos agricultores e contribuir para gerar novos referenciais político- ideológicos. Contém diversas outras idéias imprecisas (desenvolvimento sustentável, economia solidária, comércio justo, etc.) que podem ser adotadas de formas bastante diversas. Mais recentemente, a noção de agricultura familiar passou a ocupar a centralidade da ideia de PAD, contribuindo para criar uma nova identidade política, alterar interesses, projetos e opções políticas. Verifica-se que o campo político estudado conquistou alguns ganhos a partir das opções políticas que fez: constituição e fortalecimento de organizações econômicas (através do associativismo), instrumentos de política agrícola e de seguridade social específicos e fortalecimento da proposta de um novo modelo tecnológico através da agroecologia. No entanto, embora se coloquem como referências que podem conter elementos úteis no processo histórico, esses avanços não foram suficientes para gerar uma proposta para conter o referido processo em curso: centralização do capital, intensificação do uso de insumos industriais na agricultura e do poder das grandes empresas mundiais sobre o Estado. Utilizou-se o conceito de campo (Bourdieu) para delimitar o objeto de pesquisa e os conceitos de ideologia, legitimidade (Eagleton) e de contradição (Lukács, Marx e Engels) como fios condutores do método.
Palavras-chave: alternatividade. Referencial ideológico. Campo da agricultura familiar. Trabalho. Produção. Classes sociais.
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