Categoria: Sociologia Teses |
Trabalho, qualificação e ação sindical no Brasil no limiar do século XXI : disputa de hegemonia ou c |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
SOUZA, José dos Santos
No limiar do séculoXXI, a propagação de uma nova cultura do trabalho e da produção, articulada à redefinição da relação entre o Estado e a sociedade civil, trouxe consigo o surgimento de novas demandas de formação de competências sociais e profissionais na classe trabalhadora. No caso brasileiro, para atendertais demandas, o empresariado e o Estado buscaram a adesão da classe trabalhadora ao seu projeto de universalização da educação básica e de ampliação das oportunidades de educação profissional. Para este fim, implementaram uma nova institucionalidade para a formação/qualificação profissional capaz de acionar o consentimento ativo dos trabalhadores por meio da gestão tripartite e paritária dos fundos públicos. Desse modo, a política de formação/qualificação profissional constitui-se não apenas em campo estratégico para o aumento da produtividade e competitividade das empresas, mas também em campo de disputa de hegemonia. Diante desta problemática, esta tese analisa ação da CUT, da Força Sindical,da CGTe da SDS no campo da política de formação/qualificação profissional como objetivo de verificar se ocorre uma ação consciente de disputa de hegemonia ou uma espécie de consentimento ativo diante da reforma da política de formação/qualificação profissional. Os dados foram coletados a partir de fontes bibliográficas primárias, tais como: resoluções de congressos e plenárias nacionais; documentos sobre reestruturação produtiva e educação; panfletose revistas.Outros dados foram coletados por meio de revisão de literatura sobre sindicalismo brasileiroe por meio de entrevistas.Verificou-se que, de maneiras distintas, as centrais sindicais apontam a formação/qualificação profissional como fator de aumento da produtividade e da competitividade das empresas condição indispensável para inserção do país no mercado globalizado. Além disto, entendem que o sucesso na concorrência dessas empresas no mercado internacional seria a alternativa para o desemprego. Esta característica configura relativa confluência de interesses entre as centrais sindicais,o empresariado e o governo. Apesar do esforço da CUT em formular um projeto de formação/qualificação profissional alternativo àquele do empresariado, esta não se furta à participação ativa na política governamental, sob a justificativa de disputa de hegemonia. Carente de um projeto genuinamente anticapitalista esse esforço da CUT viu-se permeado de contradições e cada vez mais distante do projeto de rompimento definitivo com a dualidade entre formação parao trabalho e formação para a vida social, rumo à formação omnilateral, de caráter politécnico,de natureza científica e tecnológica. A Força Sindical busca conformar a classe trabalhadora às novas exigências de formação/qualificação social e profissional. A. CGTe a SDS, praticamente oscilam entre as formulações da CUTe da Força Sindical, respectivamente. Concluiu-se que o principal limite destas centrais para formular um projeto alternativo para a formação/qualificação do trabalhador consiste no imediatismo de seus planos de ação para enfrentar o desemprego e no pragmatismo de suas formulações. Conformadas no projeto empresarial de interdependência entre educação básica e educação profissional até mesmo a CUT, central mais crítica, mantém-se nos limites do projeto liberal-democrata para a formação do trabalhador naatualidade. As demais centrais pesquisadas seja por opção política ou por ausência de propostas,também se conformam nos limites do projeto educativo liberal democrata. Esta conformação, combinada com a participação ativa destas centrais nos fóruns gestores da política de formação/qualificação profissional instituídas pelo Governo,configuram o consentimento ativo do sindicalismo brasileiro às ações do empresariado e do governo no campo da política de formação/qualificação profissional. (Financiamento CNPq).
Palavras-chave: Trabalho. Sindicalismo - Brasil. Educação - Aspectos políticos. Ensino profissional - Aspectos políticos. Qualificações profissionais. Politicas públicas - Brasil.
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Categoria: Sociologia Teses |
O discurso da contracultura no Brasil: o underground através de Luiz Carlos Maciel (c. 1970) |
Versão: PDF Atualização: 17/5/2012 |
Descrição:
APELLARI, Marcos Alexandre
Dos Estados Unidos da América, o movimento denominado "contracultura" se propagou, nos anos sessenta do século XX, para diversos países, entre os quais o Brasil. Em meio à repressão imposta pelo regime militar, sobretudo a partir do AI-5, de dezembro de 1968, o ideário libertário da contracultura foi discutido por Luiz Carlos Maciel na coluna Underground de O Pasquim. Este trabalho analisa as motivações do movimento contracultural internacional e sua introdução no Brasil em um período marcado por fortes rivalidades políticas e ideológicas. Questiona, com base no discurso do autor acima citado, se a concepção de liberdade proposta pelo movimento é, como defende a crítica, mera expressão de escapismo hedonista ou efetivamente revolucionária. Investiga as origens históricas desse ideário, o qual é identificado como uma resposta à emergência do capitalismo e do cientificismo.
Palavras-chave: Contracultura. História da Cultura. História das ideias. História Moderna. História Contemporânea. História do Brasil.
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Categoria: Sociologia Teses |
Um ceticismo interessado : Ronald de Carvalho e sua obra dos anos 20 |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
BOTELHO, Andre Pereira
Resumo: o objetivo do trabalho é recuperar a identidade histórica e o sentido político das ideias de Ronald de Carvalho formuladas nos anos 20. Para tanto propõe, no plano metodológico, integrar trajetória intelectual, contexto intelectual e obra como dimensões analíticas associadas de uma sociologia das ideias. A hipótese é que as suas ideias formaram um programa intelectual relativamente sistemático e politicamente relevante para conotar negativamente a premissa iluminista da história como processo interdependente da razão e a conseqüente organização democrática e racional da sociedade a ela associada, princípios tão importantes para a cultura política liberal agonizante nos anos 20. É nesse sentido que se entende suas proposições da particularidade da formação da sociedade brasileira, da inadequação dos modelos estéticos, intelectuais, políticos e sociais entendidos como importados e da ideia de cultura como base da adequação das instituições à realidade nacional particular e, assim, de coesão moral da sociedade brasileira como nação. Ideias que, no contexto de crise da Primeira República, constituíram forças sociais relevantes para a formação da hegemonia de um Estado unitário, centralista e autoritário deflagrada com a Revolução de 30.
Palavras-chave: Intelectuais. Modernismo. Cultura política - Brasil.
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Categoria: Sociologia Teses |
A utopia tenentista na construção do pensamento marxista de Nelson Werneck Sodre |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
CUNHA, Paulo Ribeiro Rodrigues da
Resumo: A presente pesquisa, objetiva apreender a construção do pensamento político de Nelson Werneck Sodré de 1930 à 1950, período em que se estabelece a transição de uma trajetória tenentista ao marxismo, como também se configura a fundamentação de suas teses principais. A centralidade deste desenvolvimento temático, passa por dois eixos nodais, apreendidos na perspectiva de suas duas vocações. A primeira, encontra Sodré como intelectual e nesse caso, o entendemos como um historiador da corrente historicista. A segunda vocação, refere-se a sua condição de militar que chegou a patente de General de Brigada e como aspecto correlato, de origem pequeno burguesa. Ambas as vocações tem desenvolvimentos paralelos e são confluentes pela mediação da política. Nesse sentido, procuramos desenvolver sua trajetória política e vocacional, a partir da contribuição de intelectuais como Michael Lowy, Luckács, e, verificar como se estabelece sua rotação ao pensamento revolucionário. A análise também procura demonstrar alguns pressupostos diferenciados do que comumente foi apreendido em relação à sua obra. Nesse caso, entendemos que teses como: História Nova, o Exército Democrático, a Burguesia Nacional, o Feudalismo, o Imperialismo foram originalmente gestadas em uma concepção tenentista com referenciais analíticos dissociados do pensamento originário da III Internacional ou mesmo da Declaração de Março de 1958. Na verdade, essa fase tenentista em transição ao marxismo, está relacionada à influência de intelectuais relacionados ao pensamento da II Internacional entre outras influências, algumas até conservadoras, mas que pavimenta sua rotação ao marxismo e possibilita uma nova substância teórica em suas análises futuras, incorporando pioneiramente nesta reflexão, autores como Lukács e Mariategui. Vale ressaltar nesta rotação, a militância no PCB que, correlacionada à estas influências, norteiam sua concepção de política no que denominamos Moralidade do Compromisso. É por esta razão, que discordamos do autor, pois, entendemos não ser esta uma fase de alienação ou negação, como admite e que, a política seja um componente ausente em suas reflexões. Por fim, a pesquisa procura estabelecer a singularidade de uma leitura de Brasil, norteada por um pensamento nacionalista à esquerda que, em Sodré, adquire estatuto teórico próprio, gestados neste período, mas também na práxis, face a sua vocação militar - e que, na década de 50, veio a ser conhecida como Revolução Brasileira.
Palavras-chave: Nacionalismo e socialismo. Intelectuais - Brasil. Militares. Imperialismo.
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