Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Manuel Bandeira : "tão Brasil" |
Versão: Atualização: 2/4/2012 |
Descrição:
JARDIM, Mara Ferreira
Esta tese investiga a presença do humor e a melancolia na obra poética de Manuel Bandeira (1886-1968), especialmente no livro Libertinagem (1930), como traços formadores de uma identidade nacional. O trabalho tem como ponto de partida as discussões sobre a identidade nacional e a presença do tema na literatura brasileira, dos seus primórdios até a eclosão, no início do século XX, do projeto modernista de construir a difícil definição do que é ser brasileiro. Entre os diversos autores consultados para fundamentação dos estudos sobre identidade nacional, destaca-se Gilberto Freyre, cuja obra Casa Grande & Senzala permite estabelecer relações com a visão de Brasil que emerge da poesia de Manuel Bandeira. Sergio Buarque de Holanda, Wilson Martins, Antônio Cândido, Alfredo Bosi, Roberto DaMatta e Paulo Prado são importantes no desenvolvimento da questão. Examina-se também como a questão da identidade nacional está representada na literatura brasileira, da Carta de Pero Vaz de Caminha até o movimento modernista. Para analisar os temas do riso e da melancolia em obras literárias produzidas no Brasil, toma-se como fundamento as teorias desenvolvidas por Aristóteles, Bergson, Propp, Schlegel, Freud, Muecke, Prada e Bakhtin, entre outros. Por fim, é realizada uma análise detalhada de poemas selecionados, destacando a existência de uma “ironia melancólica” que caracteriza a obra de Bandeira e, ao mesmo tempo, confere-lhe um toque de brasilidade, buscado pelos poetas do Modernismo e inequivocamente presente na obra Libertinagem e em outras compostas antes e depois dela.
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692 0 bytes Programa de Pós-Graduação em Letras http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/11149 |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Poética do Fragmentário: a escritura-processo em Fernando Pessoa/Bernardo Soares e em Woody Allen |
Versão: Atualização: 22/2/2013 |
Descrição:
SOUTO, Andrea do Roccio
No que diz respeito ao processo criativo respectivamente de Fernando Pessoa e de Woody Allen, um olhar comparatista panorâmico pode conduzir à ideia de que o primeiro fragmenta-se a si próprio em diferentes olhares e vozes, das quais aqui nos interessa, especialmente, o semi-heterônimo Bernardo Soares; o segundo estilhaça seu olhar em vários filmes. Tanto na filmografia de Allen, como no Livro do desassossego, não se configura uma demarcação limitada e limitadora nem de tempo nem de espaço. Há uma escritura-processo que se caracteriza pelo deslocamento, pelo desdobramento e pelo consequente estilhaçamento que multiplica. Essa mobilidade é justamente o que possibilita a disseminação – que se concretiza, especialmente, na fragmentação emergente da prosa poética e do texto filmico, na pulverização da voz e no esfacelamento do sujeito enunciador.
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1775 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/5189 |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Trabalho e malandragem como repressão e transgressão nas canções da "Ópera do Malandro" |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
WIEL, Franciscus Willem Antonius
Este trabalho tem como objetivo investigar como as imagens construídas no discurso das canções da "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, sobre trabalho e malandragem, retratam e refletem o discurso fundador brasileiro. Esse discurso se opõe à concepção de que nossos primeiros habitantes, segundo os tomos de História do Brasil que lemos na escola tradicional, não teriam lastro cultural para conviver com o elemento branco europeu, e, conseqüentemente, trabalhar para ele. Os silvícolas brasileiros, e, posteriormente, os brasileiros em geral, na verdade, assumem uma postura passiva, silenciosa, ou ainda aquela de não trabalhar, fato que se apóia na rede tecida pelo discurso do colonizador de que são incompetentes e de que nada sabem sem a interferência do discurso dominante, o que, por sua vez, inconscientemente, segundo o nosso ponto de vista, constitui um discurso de resistência.
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