Categoria: História Teses |
A árvore e o fruto: a promoção dos intelectuais no século XIX  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
ANDRADE, Débora El-Jaick
Esta tese propõe-se a investigar a formação do campo literário no Brasil no período regencial até as primeiras décadas do Segundo Reinado. Parte da trajetória de quatro dos mais consagrados escritores do Império, Manuel de Araújo Porto Alegre, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias, para perceber as relações estabelecidas dentro do campo literário, a relação com outros campos em formação, com o Estado e com a classe dirigente imperial. Eles dedicaram-se a efetivar a independência cultural do Brasil, empenhando-se em organizar a cultura a partir das agências do Estado e de instituições por ele criadas ou mantidas. Esses escritores atuaram no jornalismo literário, nas principais revistas do período, a revista Niterói (1836), a Minerva Brasiliense (1843-1845) e o Guanabara (1849-1855), participando da promoção da literatura e principalmente dos literatos, poetas, artistas e eruditos. Esta promoção compreendia, sobretudo, a construção da autoimagem do escritor, que se destinava a mudar a mentalidade da sociedade em relação aos poetas e artistas e poder integrá-los definitivamente à classe dirigente. Através das revistas, discursos, cartas e obras compreende-se sua visão de mundo, seu projeto para a sociedade e para o homem, ligado ao movimento intelectual do Romantismo.
Palavras-chave: Intelectuais. Organização da Cultura. Campo Literário. Brasil Imperial.
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9090 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
O arquiteto social: Sêneca e a construção de modelos para a sociedade romana  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
EHRHARDT, Marcos L.
Este trabalho tem por objetivo discutir a construção de um modelo de homem romano a partir dos escritos de Lucius Seneca. Evidenciamos neste trabalho a possibilidade de forjar um modelo proposto por ele para o príncipe, o cidadão e o filósofo. O autor viveu no primeiro século depois de Cristo e durante uma parte de sua vida, esteve atrelado ao poder na condução do principado romano, quando era preceptor de Nero. Ao mesmo tempo, ele almeja responder às muitas inquietações da sociedade romana, pois o momento mostra-se como um tempo de procurar conciliar a unidade do principado dentro de uma ampla diversidade, num período de conquistas e expansões territoriais. Para a construção de um modelo ou de modelos, Sêneca se utilizou os exempla, e estes, se atrelam a um gênero amplamente utilizado e divulgado na Antiguidade: a Historia magistra vitae. Nas reflexões de Sêneca, existem inúmeros exemplos de ações, acontecimentos e personagens de épocas anteriores que podem e, para o autor, devem ser aprendidos e praticados (ou rejeitados) na vida pública e privada, por um leitor predisposto a constituir-se como um sujeito ético, virtuoso, dotado de humanitas. Assim, a perspectiva da Historia magistra vitae, presta-se a servir de ensinamento às diversas épocas da história. A história como mestra da vida ensina e guia a vida do homem romano e Sêneca utiliza-se constantemente desse recurso em seus escritos. Ao seu modo, Sêneca relaciona-se com o passado romano e o utiliza no presente. A história serve de modelo ao escritor, ao mesmo tempo em que o escritor Sêneca, se coloca como modelo para sua época e para épocas vindouras.
Palavras-chave: Sêneca. Modelo. Principado. Historia magistra vitae.
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9129 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Teses |
Os sertões e o deserto: imagens da ‘nacionalização’ dos índios no Brasil e na Argentina ...  |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
ROCA, Andrea Claudia M.
O presente trabalho identifica e analisa as imagens ‘nacionalizadas’ sobre os indígenas dos atuais territórios brasileiros e argentinos, a partir de dois conjuntos iconográficos elaborados pelo artista-viajante alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) em ambos os países. Estabelecendo uma leitura comparativa, os capítulos estão organizados com o propósito de traçar um percurso entre as condições de aparecimento e realização de tais conjuntos, na primeira metade do século XIX, e as posteriores trajetórias e definições sociais destas obras até aos nossos dias. As imagens são abordadas enquanto portadoras de relações sociais, antes do que em sua condição de referentes empíricos; tornadas objetos-meios de pesquisa, através delas se constroem os contextos pelos quais evidenciar, nessas imagens, a participação de atores sociais, esquemas ideológicos e projetos políticos concretos, demonstrando-se as condições que tornaram possível visualizar a realização das imagens de ‘os índios do sertão brasileiro’ e ‘os índios do deserto argentino’. Sustentando-se, portanto, que elas albergam e reproduzem parte das dinâmicas sócio-políticas envolvidas na produção de uma determinada identidade indígena e do lugar do índio nos projetos de nação destes países, naturalizando tratamentos sobre a diferença social, argumenta-se então que seu valor documental reside, principalmente, em sua capacidade para nos aproximar a tais dinâmicas. Tomando distância das leituras estetizantes e documentais (científicas ou históricas) geralmente exercidas até ao momento sobre estas obras, estabelece-se então a necessidade de abordá-las em sua condição de produtos coloniais, desde o momento em que as dinâmicas que elas documentam se enquadraram em diferentes ordens de dominação cultural, que interpretaram o indígena como objeto de pensamento e de intervenção política.
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21105 0 bytes Museu Nacional/UFRJ http://www.museunacional.ufrj.br/ |
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