Categoria: História Teses |
O discurso da contracultura no Brasil: o underground através de Luiz Carlos Maciel (c. 1970) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
CAPELLARI, Marcos Alexandre
Dos Estados Unidos da América, o movimento denominado "contracultura" se propagou, nos anos sessenta do século XX, para diversos países, entre os quais o Brasil. Em meio à repressão imposta pelo regime militar, sobretudo a partir do AI-5, de dezembro de 1968, o ideário libertário da contracultura foi discutido por Luiz Carlos Maciel na coluna Underground de O Pasquim. Este trabalho analisa as motivações do movimento contracultural internacional e sua introdução no Brasil em um período marcado por fortes rivalidades políticas e ideológicas. Questiona, com base no discurso do autor acima citado, se a concepção de liberdade proposta pelo movimento é, como defende a crítica, mera expressão de escapismo hedonista ou efetivamente revolucionária. Investiga as origens históricas desse ideário, o qual é identificado como uma resposta à emergência do capitalismo e do cientificismo.
Palavras-chave: Contracultura. História da Cultura. História das Idéias. História Moderna. História Contemporânea. História do Brasil.
|
896 0 bytes PPGHS - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/hs |
Categoria: História Teses |
Do cativeiro à reforma agrária: colonato, direitos e conflitos (1872-1987) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
DEZEMONE, Marcus
O tema desta tese é o sistema de colonato. O objetivo é entender sua gênese, alterações e superação através do desenvolvimento de noções de direitos, por meio do estudo dos conflitos que moldaram as relações entre uma família proprietária e a mão-de-obra. A investigação empírica partiu de reflexão anterior e de corpus documental relacionados à antiga fazenda cafeeira Santo Inácio, no município de Trajano de Moraes, região serrana do estado do Rio de Janeiro. O período cronológico contemplado foi longo, da aquisição da fazenda pela família proprietária, em 1872, até a desapropriação parcial de 1/3 de sua área original para reforma agrária, em 1987. As conclusões não se esgotam na fazenda ou município, mas permitem pensar processos mais amplos no mundo rural brasileiro, tais como: as origens do colonato em práticas vigentes desde a escravidão, os impactos materiais e simbólicos da Era Vargas (1930-1945) no mundo rural; e as estratégias de militantes políticos no campo fluminense, no contexto de mobilizações na década de 1960 e na conjuntura repressiva durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Palavras-chave: Colonato. Escravidão. Era Vargas. Reforma agrária. Conflitos rurais.
|
831 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Partidos, candidatos e eleitores: o Rio Grande do Norte em campanha política (1945-1955) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
LIMA, Jailma M. de
Esta tese acompanha as dinâmicas das campanhas eleitorais ocorridas no estado do Rio Grande do Norte, entre 1945 e 1955, considerando partidos políticos, candidatos, eleitores e Justiça Eleitoral como seus atores principais. Como fontes utilizamo-nos da imprensa escrita publicada no estado, considerada também um ator político, já que os jornais apresentavam opção político-partidária bastante evidente. Assim, a partir de referenciais teóricos ligados à Nova História Política e Cultural, ao longo do texto, dialogamos com a literatura norte-rio-grandense produzida sobre o período abordado, em especial a memorial. Momento importante da experiência democrática brasileira, o período foi vivenciado no estado de forma intensa, ocorrendo então a ampliação do número de eleitores e de partidos políticos; além do desenvolvimento de estratégias de propaganda política para atrair o voto dos eleitores. Estes passaram a ocupar o espaço público e a vivenciar e participar das campanhas eleitorais.
Palavras-chave: Campanhas eleitorais. Partidos políticos. Candidatos. Eleitores. Propaganda política.
|
712 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Memórias de infância em Maringá: transformações urbanas e permanências rurais 1970/1990 |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
MORELLI, Ailton J.
O objetivo desta pesquisa é a análise das memórias de infância durante a urbanização da cidade de Maringá, entre 1970 e 1990. A cidade de Maringá foi fundada no final da década de 1940, integrando a colonização do Norte do Paraná. Nas duas décadas seguintes, as características da cidade ficaram mais definidas. Maringá tornou-se centro de distribuição de bens e de prestação de serviços para a região, contando com investimentos empresariais e escritórios regionais de vários órgãos do governo estadual. Além disso, com o avanço do plantio de soja e outros produtos agrícolas, a produção de café deixou de ser a principal fonte econômica da cidade. Até o início da década de 1970, houve um crescimento demográfico expressivo, registrando-se cerca de 130 mil habitantes. Em 1967 foi elaborado, sob orientação do governo estadual, o Plano Diretor de Desenvolvimento que constatou a adiantada urbanização da região central de Maringá e a necessidade de ações públicas urgentes nas áreas periféricas. Para analisar como esse processo, desenvolvido entre 1970 e 1990, foi vivido pelas crianças da época, o uso de fontes orais demonstrou ser o mais indicado. As entrevistas foram realizadas com pessoas que moraram em Maringá no período analisado, nascidas entre 1960 e 1980. Seguiu-se uma distribuição geográfica de suas moradias, estratégia que permitiu uma visão mais ampla da cidade, inclusive da periferia. A abrangência das perguntas possibilitou uma análise da relação dos entrevistados com o seu cotidiano: moradia, alimentação, brincadeiras, trabalho, relações de vizinhança e dos adultos com as crianças; e com a cidade e os serviços oferecidos: saúde, educação, lazer, transporte, entre outros. O trabalho com as fontes orais, além de analisar como o processo complexo de urbanização da cidade ficou registrado na memória dos depoentes, ainda permitiu o aprofundamento na questão da formação da memória da infância nos adultos.
Palavras-chave: História das Crianças. História do Paraná. Memória de Infância. História de Maringá.
|
660 0 bytes PPGHE - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/he |
Categoria: História Teses |
Um Flâneur Perdido na Metrópole do Século XIX: História e Literatura em Baudelaire |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
MENEZES, Marcos A. de
O presente trabalho discute, a partir das poesias de Baudelaire reunidas em Quadros Parisienses do livro As Flores do Mal, a modernidade imposta ao espaço urbano no século XIX. Esta modernização transformou profundamente não só os lugares mas também as pessoas e as relações entre elas. Neste estudo vamos usar a edição bilíngüe – francês/português – de As Flores do Mal. Nossa leitura de Baudelaire se pautará na necessidade apontada por Fredric Jameson de se "restaurar para a superfície do texto a realidade reprimida e soterrada da (...) história". Vamos, assim, ao encontro do que foi exposto na tese VII de Walter Benjamin, Sobre o conceito da história, em que ele afirma que "nunca houve um documento da cultura que não fosse também um documento da barbárie". No primeiro capítulo, o tema da revolução é explorado via leitura das poesias A uma passante e O cisne, reunidas nos Quadros Parisienses. A Revolução de 1848 será pensada através da associação entre as imagens do quadro de Delacroix A Liberdade Conduzindo o Povo, que retrata a Revolução de 1830, e o poema A uma passante, que falaria do "trauma de 1848". No poema O cisne, o tema da revolução está presente outra vez. Por ser alegórico – talvez o mais alegórico de As Flores do Mal – e o mais marcante entre os que têm como tema a cidade, o poema oferece não só elementos para a interpretação do espaço urbano, como também para compreendermos as opções estéticas de Baudelaire. No segundo capítulo, apresento as cidades como sendo, no século XIX, o espaço que mais passou por transformações. Dessa combinação nasce uma paisagem caótica, desconcertante, descrita pela literatura da primeira metade do século XIX. Para Simmel e Benjamin, a cidade – aquela fruto da indústria e técnica do século XIX – criará um indivíduo que não mais consegue associar seu passado ao presente na elaboração do futuro. O terceiro capítulo procura entender as opções estéticas do poeta. A modernidade de Baudelaire traz em si o seu contrário: a resistência à modernidade. O "novo" do poeta é desesperado, que é justamente uma possibilidade de sentido do francês spleen. Ele se torna ambivalente a essa modernidade cuja invenção lhe é atribuída. A visão alegórica de Baudelaire transforma a cidade em ruínas. Neste trabalho, procuramos contribuir para que historiadores não tenham a interdisciplinaridade apenas como retórica, mas façam uso de fato dos novos objetos. Desse modo, incorporamos a possibilidade de a poesia de Baudelaire ser utilizada como referência para os estudos históricos à medida que ela suscita uma reflexão sobre os vários temas que emergiram, em determinado momento, no seio da sociedade – sobretudo na européia. Procuramos, também, contribuir para a história cultural, que a cada dia ganha espaço e adeptos.
Palavras-chave: Baudelaire. Literatura. História. Revolução. Modernidade.
|
627 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
|