Categoria: História Teses |
Corpos de Mulheres em (Re)vista. A representação da menopausa |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
FREITAS, Patrícia de
Um periódico da área médica não é apenas uma revista de textos complexos e de propagandas de medicamentos. Utilizando a Revista de Ginecologia e d’ Obstetrícia como material empírico, é possível compreender a magnitude desta fonte de pesquisa. Através da análise de artigos que circularam neste espaço, entre os anos de 1907-1978, foi possível observar como um grupo de médicos representou experiências exclusivamente femininas, como a menopausa, além de apreender a construção de dois campos de conhecimento sobre a mulher na medicina no Brasil. Os artigos apresentados na revista evidenciam o modo como o discurso da medicina correlacionou as funções tradicionalmente atribuídas ao gênero, à anatomia e à fisiologia da mulher. Nesse sentido, a conduta feminina foi determinada pelo funcionamento de seus órgãos de reprodução. Da puberdade até a menopausa a mulher estaria condicionada, prisioneira do seu ciclo. A partir da menopausa, com a gradativa e contínua queda da produção de hormônio pelos ovários, a mulher teria como opção os hormônios de reposição que lhe permitiria restabelecer o equilíbrio. Hoje, os estudos de gênero dão a oportunidade de desmistificar essa leitura da medicina, transcendendo as definições estáticas que serviram e ainda servem para naturalizar papéis sexuais que foram definidos por uma pretensa "natureza feminina". Assim, é preciso ultrapassar as barreiras construídas pelas ciências biológicas que constroem sujeitos e estabelecem preceitos. Acima e além das funções estabelecidas ao útero e aos ovários, os estudos na área das ciências humanas tem mostrado que a diferença sexual é construída historicamente.
Palavras-chave: Gênero. Medicina. Mulher. Obstetrícia. Ginecologia. Revista. História. Menopausa.
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Categoria: História Teses |
A revista de tropas do exercito católico alemão. Congressos Católicos na Alemanha e no Sul do Brasil |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
WERLE, André Carlos
O significado dos Congressos Católicos realizados na Alemanha e no Brasil meridional é o objeto deste estudo. A partir de 1848 aconteciam Congressos Católicos quase anualmente em diferentes cidades da Alemanha, Áustria e Polônia, que cada vez reuniam milhares de católicos. Um dos temas centrais tratados nestes eventos era a questão social. Já em 1848 enfatizou-se que a igreja devia voltar suas atenções para os problemas sociais. A partir daí, os congressos assumiram cada vez mais um caráter político e social. Na segunda metade do século XIX e especialmente durante o Kulturkampf imigraram inúmeros Jesuítas ao sul do Brasil, onde organizaram uma série de atividades e instituições inspiradas no catolicismo alemão. Neste contexto, os Congressos Católicos desempenharam importante papel. De 1898 a 1940 organizaram19 Congressos em diferentes localidades, nos quais abordavam não somente temas religiosos, mas questões diversas relacionadas ao dia-a-dia dos agricultores imigrantes alemães e seus descendentes. (por exemplo: saúde, higiene, economia, finanças, agricultura, imprensa educação da juventude, escolas.) Por constituir um canal direto de comunicação entre os agentes religiosos e os imigrantes de diferentes localidades, os Congressos acabaram por se constituir em importante instrumento por meio do qual se captava os anseios e problemas da população e ao mesmo tempo se difundia concepções acerca do mundo social e cultural. Por meio deste instrumento os agentes religiosos exerciam o domínio simbólico sobre os fiéis. Em termos mais amplos, isto significou a introdução de um novo catolicismo no sul do Brasil, o qual o qual procurava abranger a totalidade da vida dos fiéis, distinguindo-se significativamente do catolicismo luso-brasileiro.
Palavras-chave: Congressos Católicos. Alemanha. Brasil. Sul.
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Categoria: História Teses |
Esses moços do Paraná...Livre circulação da palavra nos albores da República |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
MELLO, Sílvia Gomes Bento de
Este trabalho trata de uma mudança de regime de escrita operado nas últimas décadas do século XIX, no Paraná – um momento de modernização e urbanização, instalação do regime republicano, que trazia consigo questões ligadas à maior democratização dos meios de vida. O centro da abordagem desta tese é a emergência da livre circulação da palavra: até então o exercício da escrita e da oratória estava restrito a uma elite letrada e que se envolvia nos meios políticos e burocráticos do governo. Assim, era através da tribuna, do parlamento que se discutia e se decidia sobre os rumos da comunidade. A livre circulação da palavra subverte esta ordem de coisas: a escrita livre – aquela que não sabe a quem se destina – é a grande novidade que se instaura então. O alargamento daqueles que podem valer-se da palavra compõe um tripé: qualquer um pode escrever, qualquer um pode ler, qualquer um pode ser motivo de escrita. Esse acontecimento efetiva-se através do envolvimento nas letras de uma mocidade que se dedicava às atividades de leitura, escrita e oratória; da formação e do fortalecimento de associações ligadas às letras; da imprensa; dos temas e questões que se investem na escrita dos moços. Constituindo, assim, novas maneiras e novos lugares para se defender idéias: a literatura, as associações literárias, a ação dos intelectuais fora do parlamento.
Palavras-chave: Escrita. Mocidade. República.
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Categoria: História Teses |
"Pontes e Muralhas": diferença, lepra e tragédia (Paraná início do século XX) |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
OLINTO, Beatriz A.
A presente pesquisa analisa discursos de deterioração identitária durante as primeiras décadas do século XX. Tal interpretação inicia na região de Guarapuava, centro sul paranaense, passa pelas falas médicas sobre a diversidade humana e acompanha a trajetória dos doentes de lepra no projeto de profilaxia baseado em isolamento centralizado e obrigatório até o Leprosário São Roque, no município de Piraquara, também no Paraná. Em um horizonte discursivo de biologização das identidades, busca-se entender como a composição do outro é atravessada por noções de impureza, anomia, perigo, que estigmatizam a pessoa por eles identificada e nomeada, diminuindo a sua condição humana.
Palavras-chave: Lepra. Paraná. Isolamento. Impureza. Perigo.
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Categoria: História Teses |
O Teatro da União Operária – Um palco em sintonia com a modernização brasileira |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
COLLAÇO, Vera Regina M.
Na presente tese tenho por objeto de análise o projeto político, cultural e pedagógico colocado em prática pela União Beneficente e Recreativa Operária, no período de 1922 a 1951, em Florianópolis, e suas relações com o projeto modernizador proposto para o Brasil, na primeira metade do século XX. Esta associação, pluriprofissional e de auxílio mútuo, alinhou-se com os dois momentos da modernidade brasileira, construída na primeira metade do século XX. Ao longo da década de 1920 desenvolveu "práticas políticas" na busca de direitos trabalhistas e na reivindicação de intervenção do Estado, em questões como custo de vida e moradia para a classe trabalhadora. Com a Revolução de 1930 e a inauguração de sua sede social, à rua Pedro Soares, em 1o de maio de 1931, a União Operária modifica seus objetivos fundadores. Ao incorporar o paradigma da modernidade conservadora do governo Vargas, esta associação voltou-se, com ênfase, para a formação do trabalhador. Passou a desenvolver, então, práticas culturais e pedagógicas. Criou, para este fim, o primeiro teatro, em Santa Catarina, destinado à classe trabalhadora. Através da arte teatral, a União Operária possibilitava ao seu corpo de associados, e à população trabalhadora de Florianópolis, um espaço de sociabilidade, de confraternização, de solidariedade e, principalmente, um espaço para a internalização de valores, hábitos e comportamentos que julgava pertinente serem assimilados pela classe trabalhadora da cidade, para inseri-la no contexto da modernidade brasileira.
Palavra-chave: Associação beneficente. Classe trabalhadora. História do teatro. Teatro didático. Teatro em Florianópolis.
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