Categoria: História Teses |
Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no ... |
Versão: PDF Atualização: 21/11/2013 |
Descrição:
AGUILAR FILHO, Sidney
Este texto analisa aspectos da educação brasileira entre 1930 e 1945 a partir de relatos de vida de cinquenta meninos “órfãos ou abandonados” sob a guarda do Juizado de Menores do Distrito Federal. Eles foram retirados do Educandário Romão de Mattos Duarte, da Irmandade de Misericórdia do Rio de Janeiro e levados para uma propriedade privada em Campina do Monte Alegre-SP. A transferência dessas crianças de nove a onze anos de idade foi respaldada pelo Código do Menor de 1927. Por uma década, estas crianças, foram submetidas a uma escolaridade precária, a uma educação baseada em longas jornadas de trabalho agrícola e pecuário sem remuneração. Foram submetidos a cárcere, a castigos físicos e a constrangimentos morais em fazendas de membros da cúpula da Ação Integralista Brasileira, também adeptos declarados do nazismo. Esta tese defende que os “meninos do Romão Duarte” foram vítimas de uma política do Estado brasileiro que ao estimular a educação eugênica, como definia o artigo 138 da Constituição de 1934, favoreceu a segregação de crianças e adolescentes. A documentação utilizada na narrativa fez uso de fontes oficiais, midiáticas articulando-as de forma complementar aos registros de depoimentos orais na reconstrução do período.
Palavras Chaves: Educação. Eugenia. Segregação. Trabalho. Infância. Violência.
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983 0 bytes FAE - Unicamp http://www.posgrad.fae.unicamp.br/ |
Categoria: História Teses |
Entre histórias, fotografias e objetos: imigração italiana e memórias de mulheres |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
PEREIRA, Syrléa Marques
Este trabalho busca analisar a história da “grande migração italiana” para o Brasil, ocorrida entre 1870 e 1920, a partir da transferência de um grupo de famílias da aldeia de Oneta, localizada na região da Toscana, para o distrito de Nossa Senhora do Amparo, no estado do Rio de Janeiro, e posteriormente na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. O processo migratório foi reconstruído especialmente por meio da memória de mulheres brasileiras e italianas que exercem a função de guardiãs da memória familiar, privilegiando-se um suporte de memória: as chamadas caixinhas de lembrança. Nelas, fotografias e pequenos objetos pessoais foram por elas colecionados e conservados através do tempo, compondo uma narrativa. Tais relíquias familiares, pelo fato de terem pertencido ou retratarem seus antepassados, apontam a origem peninsular desses imigrantes e conectam a aldeia de Oneta ao Brasil. O argumento central defendido na tese é o de que a identidade italiana entre os descendentes brasileiros é construída no solo do mundo privado/íntimo, para posteriormente se projetar no universo do público. A prática memorial se assenta no trabalho desenvolvido pelas mulheres que, durante encontros familiares, exibem suas caixinhas de lembranças e narram histórias sobre o deslocamento de seus antepassados para o Brasil, atualizando continuamente a memória do grupo familiar e unindo as duas pontas envolvidas no processo migratório.
Palavras-chave: Deslocamentos transnacionais. Imigração italiana. Mulheres. Memória familiar. Objetos.
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5793 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Esses moços do Paraná...Livre circulação da palavra nos albores da República |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
MELLO, Sílvia Gomes Bento de
Este trabalho trata de uma mudança de regime de escrita operado nas últimas décadas do século XIX, no Paraná – um momento de modernização e urbanização, instalação do regime republicano, que trazia consigo questões ligadas à maior democratização dos meios de vida. O centro da abordagem desta tese é a emergência da livre circulação da palavra: até então o exercício da escrita e da oratória estava restrito a uma elite letrada e que se envolvia nos meios políticos e burocráticos do governo. Assim, era através da tribuna, do parlamento que se discutia e se decidia sobre os rumos da comunidade. A livre circulação da palavra subverte esta ordem de coisas: a escrita livre – aquela que não sabe a quem se destina – é a grande novidade que se instaura então. O alargamento daqueles que podem valer-se da palavra compõe um tripé: qualquer um pode escrever, qualquer um pode ler, qualquer um pode ser motivo de escrita. Esse acontecimento efetiva-se através do envolvimento nas letras de uma mocidade que se dedicava às atividades de leitura, escrita e oratória; da formação e do fortalecimento de associações ligadas às letras; da imprensa; dos temas e questões que se investem na escrita dos moços. Constituindo, assim, novas maneiras e novos lugares para se defender idéias: a literatura, as associações literárias, a ação dos intelectuais fora do parlamento.
Palavras-chave: Escrita. Mocidade. República.
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3288 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Imagens do candomblé e da umbanda: etnicidade e religião no cinema brasileiro nos anos 1970 |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
SANTIAGO JÚNIOR, Francisco das Chagas F.
A tese que se apresenta visa mostrar as diferentes disputas que se formaram ao redor das imagens do Candomblé e da Umbanda no cinema brasileiro dos anos 1970. Identificamos as instituições que forneceram sentido aos filmes e os principais debates culturais que se constituíram na relação da sociedade brasileira com as imagens das chamadas "religiões populares". Observamos que o campo cinematográfico partiu de sua tradição de reflexão sobre o nacional e o popular e começou a constituir clivagens nas identidades brasileiras quando propôs fazer filmes que contemplassem os "valores populares". Naquele período ocorreu uma mudança no foco da identidade nacional, antes tida como homogênea, e que seria fraturada em múltiplas facetas. Os filmes que mostravam a Umbanda e o Candomblé, as "religiões populares", se constituíram em conflagrações e disputas pela afirmação da etnicidade e da nacionalidade no Brasil setentista. Começou a emergir uma nova etnicidade, uma etnicização das imagens cinematográficas advinda das fraturas identitárias produzidas no debate cultural brasileiro. Nossa pesquisa acompanha os diversos agenciamentos que os filmes realizaram, bem como as maneiras como foram agenciados por membros do campo cinematográfico, tais como cineastas e críticos de cinema, e membros de outros campos sociais, como antropólogos, ativistas de movimentos sociais e outros críticos culturais. Observamos pela análise de cinco películas (O Amuleto de Ogum, Tendas dos Milagres, Cordão de Ouro, A Força de Xangô, Prova de Fogo) como a etnicidade e a religiosidade se aproximavam e se distanciavam.
Palavras-chave: Religião Afro-brasileira. Cinema Brasileiro. História e Cinema. Etnicidade.
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5447 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Lar escola Dr. Leocádio José Correia: história de uma proposta de formação |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
FUCKNER, Cleusa M.
O objetivo norteador deste estudo foi constituir aspectos da trajetória histórica do Lar Escola Dr.Leocádio José Correia, no período entre 1963 e 2003. Esta escola fundada na cidade de Curitiba, pelo professor e médium Maury Rodrigues da Cruz, é vinculada à SBEE (Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas), que é uma Instituição filantrópica e beneficente, que tem por objetivo estudar as manifestações espíritas, divulgar os princípios da doutrina dos espíritos e proporcionar assistência social às famílias carentes. Através de doações da comunidade foi construída a sede atual, ampla e com espaços diferenciados para a educação infantil. Ao longo de sua trajetória a escola passou por práticas diferenciadas, atendendo meninos órfãos, educação especial e ensino fundamental. A partir de 1998 a escola centralizou seu trabalho na Educação Infantil. Desde o início das atividades desenvolvidas por essa Instituição, o objetivo maior, segundo o seu estatuto, foi o de "educar para a liberdade consciente". Atualmente a Instituição é também a mantenedora da Faculdade Dr. Leocádio José Correia, que desenvolve entre outros, os cursos de Administração de Empresas, Pedagogia e Teologia Espírita, objetivando formar profissionais na área educacional e com o referencial da doutrina espírita. Este trabalho está dividido em duas partes na primeira intitulada: Espiritismo e Educação: uma construção histórica, a nossa proposta é analisar antecedentes do pensamento educacional espírita, bem como as obras didáticas de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), intelectual da educação francesa e depois autor das obras de codificação da doutrina espírita; Investigamos também na primeira parte o espiritismo no seu processo histórico de consolidação e a relação com a educação, compreendendo o movimento espírita na cidade de Curitiba. Na segunda parte que chamamos Da Teoria à Vivência na Prática procuramos compreender a figura de Leocádio José Correia, o patrono e mentor intelectual da Instituição a partir da sua ação enquanto Inspetor Paroquial das Escolas de Paranaguá no período de 1885-1886, bem como suas ideias e permanências na Instituição que hoje leva seu nome. Trabalhamos com as fontes escritas e orais da Instituição no sentido de construir uma análise fundamentada nas fontes da trajetória da escola como proposta e prática de uma educação espírita a partir da categoria cultura escolar. Este trabalho se fundamentou na História Cultural enquanto olhar investigativo de uma determinada realidade e concepção de mundo. Refletimos nosso objeto a partir da fundamentação de Pesavento, Chartier e autores da História Cultural que nos ajudaram a compreender as fontes constituídas pelo arquivo da escola, da SBEE, além das fontes da Igreja e da imprensa.
Palavras-chave: Instituição Espírita. Educação. História. Memória.
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533 0 bytes PPGE - UFPR http://www.ppge.ufpr.br/inicio.htm |
Categoria: História Teses |
Longe demais das capitais? Cultura política, distinção social e Movimento Estudantil no Piauí |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
VALE JÚNIOR, João Batista
Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
Palavras-chave: Cultura Política Juvenil. Movimento Estudantil. Estado. Poder.
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1041 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Majestades da cidade princesa: concurso rainha da soja de Ponta Grossa, Paraná (1970-1980) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
CANÇADO, Adriana M.
Esta tese tem como objetivo estudar articulações entre os campos econômico e político por meio de corpos femininos consagrados Rainha da Soja de Ponta Grossa. Instituídas rainhas no ritual do concurso Rainha da Soja, realizado no decorrer da década de 1970, em Ponta Grossa, Paraná, as jovens eleitas, pertencentes a famílias de reconhecido capital econômico e simbólico na cidade passavam a representar a indústria multinacional Sanbra, beneficiadora e exportadora de soja, e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. Através do desempenho de bons modos, de vestuário adequado aos padrões de seriedade atribuídos ao concurso, do controle da sexualidade, as jovens eleitas reproduziam valores e posturas que identificavam e distinguiam os membros pertencentes aos grupos envolvidos no certame e, respectivamente, reforçavam práticas familiares, acumulando capital simbólico a si mesmas, a suas famílias e à Sanbra, organizadora do evento. Desse modo, desmistifica-se a ideia de que concursos de beleza são eventos frívolos e banais, a partir da concepção de que são espaços rituais instituídos por complexos poderes e que podem comunicar e reforçar distinções de gênero e de classe, contribuindo para a hierarquização da própria estrutura social na qual ocorrem. Este evento ritual integra a subjetividade das jovens eleitas, hoje mulheres casadas, mães de família, que, através da metodologia da história oral e dos processos de rememoração, reconstituíram identidades femininas e redes de sociabilidades relacionadas à experiência do concurso. Essas redes de sociabilidades reconstituídas a partir da interpretação das narrativas das mulheres eleitas e de documentos escritos possibilitam a reconstrução da importância atribuída ao concurso e à representação da Rainha, pela sociedade ponta-grossense, em seus distintos grupos sociais, indicando que a identidade coletiva local associava-se às representações instituídas no decorrer do ritual do concurso e objetivadas no corpo da jovem eleita. De outro modo, compreendido enquanto um evento ritual, o concurso, referente deste estudo, foi reconstruído, assim como seus significados, a partir de concepções teórico-metodológicas como memória, identidade, ritual e gênero.
Palavras-chave: Concursos de beleza. Memória. Identidade. Ritual. Gênero.
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1581 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
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