Categoria: História Teses |
As fissuras na construção do "novo homem" e da "nova mulher". Relações de gênero MST 1979/2000 |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
SILVA, Cristiani Bereta da
O presente trabalho, produzido através de documentos, publicações e entrevistas procurou colocar em perspectiva as histórias de diferentes homens e mulheres, sujeitos militantes, líderes ou não, que constituem e vêm reconstituindo jeitos de ser e viver a luta no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os relatórios internos e as diversas e distintas publicações do e sobre o MST produzidos nos últimos 20 anos desvelam processos que permitem perceber que outras preocupações foram constituídas em meio às lutas e disputas pela conquista da terra. Preocupações que foram mudando, adquirindo outros contornos nas idas e vindas da produção de idéias, práticas e sujeitos de um Movimento em construção. E o que se pode observar a partir desses investimentos são tensões e conflitos nas relações entre homens e mulheres em acampamentos e assentamentos. Tensões que acabaram sendo redimensionadas justamente em função de desdobramentos ideológicos, políticos e também estratégicos do MST em sua busca de transformação social, construção do "novo homem" e da "nova mulher". Este estudo é um exercício crítico de reflexão sobre a natureza dessas produções nas relações cotidianas, nas tentativas de se construir sujeitos. Busca investigar como as mudanças foram sendo construídas e, de que forma, foram investidas sobre as relações de trabalho, sociais, políticas e, também, afetivas de mulheres e homens, bem como homens e homens, mulheres e mulheres nas dobras do MST.
Palavras-chave: MST. Homem. Mulher. Relações de gênero.
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984 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Corpos de Mulheres em (Re)vista. A representação da menopausa |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
FREITAS, Patrícia de
Um periódico da área médica não é apenas uma revista de textos complexos e de propagandas de medicamentos. Utilizando a Revista de Ginecologia e d’ Obstetrícia como material empírico, é possível compreender a magnitude desta fonte de pesquisa. Através da análise de artigos que circularam neste espaço, entre os anos de 1907-1978, foi possível observar como um grupo de médicos representou experiências exclusivamente femininas, como a menopausa, além de apreender a construção de dois campos de conhecimento sobre a mulher na medicina no Brasil. Os artigos apresentados na revista evidenciam o modo como o discurso da medicina correlacionou as funções tradicionalmente atribuídas ao gênero, à anatomia e à fisiologia da mulher. Nesse sentido, a conduta feminina foi determinada pelo funcionamento de seus órgãos de reprodução. Da puberdade até a menopausa a mulher estaria condicionada, prisioneira do seu ciclo. A partir da menopausa, com a gradativa e contínua queda da produção de hormônio pelos ovários, a mulher teria como opção os hormônios de reposição que lhe permitiria restabelecer o equilíbrio. Hoje, os estudos de gênero dão a oportunidade de desmistificar essa leitura da medicina, transcendendo as definições estáticas que serviram e ainda servem para naturalizar papéis sexuais que foram definidos por uma pretensa "natureza feminina". Assim, é preciso ultrapassar as barreiras construídas pelas ciências biológicas que constroem sujeitos e estabelecem preceitos. Acima e além das funções estabelecidas ao útero e aos ovários, os estudos na área das ciências humanas tem mostrado que a diferença sexual é construída historicamente.
Palavras-chave: Gênero. Medicina. Mulher. Obstetrícia. Ginecologia. Revista. História. Menopausa.
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2449 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Cozinhando a tradição: festa, cultura e História no litoral paranaense |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
GIMENES, Maria Henriqueta S. G. Descrito muitas vezes como símbolo de festa e fartura no litoral paranaense, o Barreado consiste em uma inusitada iguaria feita à base de carne, que é cozida exaustivamente junto com alguns temperos. De sabor forte, considerado por muitos exótico, o prato está presente nas casas, festas comunitárias e também nos restaurantes, tendo seu consumo associado diretamente com o Fandango e o Carnaval e sendo objeto de folclórica discussão entre parnanguaras, morretianos e capelistas. Nas últimas décadas, porém, a tradição do Barreado transcendeu seu uso doméstico, tornando-se um elemento estratégico para o desenvolvimento de alguns municípios litorâneos, principalmente Antonina e Morretes. A partir foi concebida esta pesquisa, que tem como tese central de trabalho a percepção de que a tradição da degustação do Barreado no litoral paranaense se dá por conta de sua íntima relação com o contexto cultural local, mas também em virtude de estratégias políticas e econômicas que transformam, a partir da década de 1970, a produção e comercialização do prato em uma ferramenta de desenvolvimento regional. Tal iniciativa de pesquisa se apoiou em fontes documentais e também orais, consideradas aqui essenciais para a compreensão do crescimento da comercialização da iguaria, bem como na leitura e discussão de alguns conceitos como memória, identidade, tradição e patrimônio, considerados fundamentais para o dimensionamento adequado do Barreado como iguaria culinária e também como uma manifestação cultural.
Palavras-chave: Barreado. Alimentação. Tradição. Litoral Paranaense. Turismo.
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1635 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Teses |
Das cañadas ao palco – Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média Espanhola |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
PEREIRA, Raquel Alvitos
Estudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
Palavras-chave: Espanha. Religiosidade. Unificação.
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998 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Diário de uma imigrante britânica no Paraná (1860-1890): memórias, trabalho e sociabilidades |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
GILLIES, Ana Maria Rufino
Esta tese discute a trajetória de uma imigrante britânica, Caroline Tamplin, que viveu no Paraná na segunda metade do século XIX. Caroline, como muitas outras mulheres imigrantes, veio para o Brasil na companhia do marido e dos filhos e, em 1868, foi encaminhada para a colônia Assunguy. No ano de 1874, após a morte do marido, decidiu permanecer na colônia por mais seis anos, atuando como professora, em escola formada em suas próprias terras, no núcleo do Turvo. Todavia, em 1880, colocou anúncio no jornal Dezenove de Dezembro e, na companhia de dois filhos, mudou-se para Curitiba, onde passou a oferecer seus serviços para um segmento particular da sociedade curitibana constituído por famílias de luso-brasileiros e imigrantes bem sucedidos, ensinando línguas, desenho, pintura e piano. Além das relações forjadas no campo profissional, Caroline também estabeleceu, com esse grupo, laços de amizade, solidariedade e parentesco. A partir de um diário escrito por ela, entre os anos de 1880-1882, e das memórias escritas pelo neto, na década de 1950, aliadas a outras fontes, como jornais do período e correspondências e relatórios oficiais, a tese problematiza a inserção dos ingleses no Paraná, enfocando, particularmente, a trajetória de Caroline e as relações sociais por ela estabelecidas com a sociedade curitibana e moradores da colônia Assunguy. Para tanto, selecionamos o período de 1860 a 1890, com a intenção de cobrir os anos em que os britânicos começaram a chegar ao Paraná, até o momento que sua presença tornou-se menos significativa, tendo em vista a saída da maioria dos imigrantes ingleses da colônia Assunguy. Abordamos a campanha desenvolvida na Inglaterra que os atraiu para o Brasil, as condições de existência que encontraram na colônia, e os negócios e serviços que procuraram desenvolver em Curitiba. A leitura e análise da imprensa periódica e de correspondências e relatórios oficiais, permitiu também uma inserção no cotidiano de pessoas residentes na capital da então província do Paraná, ampliando nosso conhecimento a respeito dos interesses, valores e práticas culturais e sociais de uma certa parcela da sociedade. Como as fontes fundamentais deste estudo são de natureza autobiográfica, buscamos sustentação teórica em autores ligados à Historia Cultural, entre os quais Philippe Artières, Michael Pollak, Maurice Halbwachs, Roger Chartier, Pierre Bourdieu e Norbert Elias. A partir do diálogo com esses intelectuais, foi possível problematizar a emergência da individualidade e da privacidade, bem como a importância adquirida pela ‘escrita de si’, não só como prática cultural, mas também como estratégia de construção e reconstrução de identidades.
Palavras-chave: Imigração britânica. Representação. Memórias. Identidade.
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Categoria: História Teses |
Do cativeiro à reforma agrária: colonato, direitos e conflitos (1872-1987) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
DEZEMONE, Marcus
O tema desta tese é o sistema de colonato. O objetivo é entender sua gênese, alterações e superação através do desenvolvimento de noções de direitos, por meio do estudo dos conflitos que moldaram as relações entre uma família proprietária e a mão-de-obra. A investigação empírica partiu de reflexão anterior e de corpus documental relacionados à antiga fazenda cafeeira Santo Inácio, no município de Trajano de Moraes, região serrana do estado do Rio de Janeiro. O período cronológico contemplado foi longo, da aquisição da fazenda pela família proprietária, em 1872, até a desapropriação parcial de 1/3 de sua área original para reforma agrária, em 1987. As conclusões não se esgotam na fazenda ou município, mas permitem pensar processos mais amplos no mundo rural brasileiro, tais como: as origens do colonato em práticas vigentes desde a escravidão, os impactos materiais e simbólicos da Era Vargas (1930-1945) no mundo rural; e as estratégias de militantes políticos no campo fluminense, no contexto de mobilizações na década de 1960 e na conjuntura repressiva durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Palavras-chave: Colonato. Escravidão. Era Vargas. Reforma agrária. Conflitos rurais.
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