Categoria: História Teses |
As fissuras na construção do "novo homem" e da "nova mulher". Relações de gênero MST 1979/2000  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
SILVA, Cristiani Bereta da
O presente trabalho, produzido através de documentos, publicações e entrevistas procurou colocar em perspectiva as histórias de diferentes homens e mulheres, sujeitos militantes, líderes ou não, que constituem e vêm reconstituindo jeitos de ser e viver a luta no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os relatórios internos e as diversas e distintas publicações do e sobre o MST produzidos nos últimos 20 anos desvelam processos que permitem perceber que outras preocupações foram constituídas em meio às lutas e disputas pela conquista da terra. Preocupações que foram mudando, adquirindo outros contornos nas idas e vindas da produção de idéias, práticas e sujeitos de um Movimento em construção. E o que se pode observar a partir desses investimentos são tensões e conflitos nas relações entre homens e mulheres em acampamentos e assentamentos. Tensões que acabaram sendo redimensionadas justamente em função de desdobramentos ideológicos, políticos e também estratégicos do MST em sua busca de transformação social, construção do "novo homem" e da "nova mulher". Este estudo é um exercício crítico de reflexão sobre a natureza dessas produções nas relações cotidianas, nas tentativas de se construir sujeitos. Busca investigar como as mudanças foram sendo construídas e, de que forma, foram investidas sobre as relações de trabalho, sociais, políticas e, também, afetivas de mulheres e homens, bem como homens e homens, mulheres e mulheres nas dobras do MST.
Palavras-chave: MST. Homem. Mulher. Relações de gênero.
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1027 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Das cañadas ao palco – Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média Espanhola  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
PEREIRA, Raquel Alvitos
Estudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
Palavras-chave: Espanha. Religiosidade. Unificação.
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1029 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Longe demais das capitais? Cultura política, distinção social e Movimento Estudantil no Piauí  |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
VALE JÚNIOR, João Batista
Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
Palavras-chave: Cultura Política Juvenil. Movimento Estudantil. Estado. Poder.
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1093 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Moçambique: identidades, colonialismo e libertação  |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
CABAÇO, José Luís de O.
A presente tese define-se como uma reflexão acerca das políticas de identidade promovidas pelo estado colonial português e pela Frente de Libertação de Moçambique, com ênfase nos cem anos que antecederam a independência, proclamada em junho de 1975. Procurando uma perspectiva multidisciplinar, a análise é orientada por conceitos que procuram destacar fatores determinantes da concepção de dualismo inerente à situação colonial. A abordagem das várias estratégias culturais a que recorreu a metrópole para sustentar sua “vocação” imperial constitui um dado significativo do trabalho que procurou compreender algumas particularidades do projeto lusitano, com a preocupação de enquadrá-lo num processo mais amplo que não poderia desconsiderar os passos da História no ocidente. Partindo do estudo das duas concepções de assimilação e sua continuidade no luso-tropicalismo (e sua instrumentalização pelo Estado Novo português), a análise focaliza a gênese do nacionalismo e a nova dinâmica que a tática de guerrilha, implementada pela luta de libertação nacional, introduz no território de Moçambique. No que se refere à política de identidade nacional proposta pela FRELIMO, foi privilegiada pela pesquisa a dialética que ela estabelece com as sociedades tradicionais.
Palavras-chave: Moçambique. Identidade. Colonialismo. Assimilação. Libertação.
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Categoria: História Teses |
Marxismo e historia da educação: algumas reflexões sobre a historiografia educacional brasileira  |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
LOMBARDI, Jose C.
A presente tese em Educação, que leva por título Marxismo e História da Educação: de algumas reflexões sobre a historiografia educacional brasileira recente, tem por objetivo discutir uma temática que, partindo de posicionamentos expressos na historiografia educacional brasileira - quanto à necessidade de busca de "novos problemas" para a pesquisa educacional, "novos objetos" de análise, "novos métodos" de conhecimento e de "novas fontes" para a pesquisa histórica - recoloca na ordem-do-dia o debate teórico-metodológico da Ciência da História e, no interior desse, da atualidade da Concepção Materialista Dialética da História. Para at ingir tal objetivo o autor estruturou o trabalho em cinco capítulos articulados: 1. Historiografia Educacional Brasileira: busca de novas abordagens teórico-metodológicas ou opção pela pós-modernidade?; 2. Historiografia e Contemporainidade: da decretação da pós-modernidade à morte do marxismo; 3.Crise do Marxismo: morte ou renovação / reconstrução; 4. Da Crise do Socialismo a morte do Marxismo: do debate recente às velhas questões; 5. Apontamentos de algumas questões teórico-metodológicas da concepção dialética da História.. Reconhecendo a necessária abertura da pesquisa histórico educacional para novas temáticas e novos problemas, mas contrapondo-se às "novas" abordagens da historiografia educacional brasileira, identificadas com o movimento pós-modernista e seus pressupostos irracionalistas, subjetivistas céticos e antihistoricistas, o autor defende o ponto de vista que o marxismo continua a se constituir numa concepção atual, viva e revolucionária e, por isso mesmo, em alternativa viável para o fazer científico do historiador.
Palavras-chave: Educação. Brasil - História. Historiografia. História- Metodologia. Educação - Historiografia.
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1298 0 bytes UNICAMP http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: História Teses |
A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
OLIVEIRA FILHO, Valdinar da S.
A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980), num primeiro instante se preocupou em demonstrar, narrar, problematizar e apresentar que o sensível, ou em outras palavras, que a sensibilidade humana tem uma história, e, que a mesma tem uma importância fundamental para o "eu" e para os "outros", pois estabelece relações diversas, dinâmicas e multidirecionais atravessadas no tempo e no espaço em que a história é narrada. Não podemos esquecer que as abordagens estruturais servem para nos dar a sintaxe da região, mas não a sua semântica. Elas nos apresentam os elementos, mas não nos é capaz de dizer como estes fazem sentido, como estes são organizados na forma de relatos, sejam relatos de memória, relatos de espaço, relatos literários, relatos sociológicos, relatos geográficos, relatos historiográficos. Num segundo momento, esta tese se preocupou em demonstrar que o que ocorre entre a sensibilidade humana e os espaços praticados pelos mesmos é relacional, que nossas relações com os lugares, com os territórios, com a terra é da ordem do sensível, talvez por isso não se tenha, durante muito tempo, encontrado pessoas dispostas a fazer a história destas relações. È sobre a história das relações do gênero masculino sustentado e demarcado pela tradição nordestina marcada por padrões e estereótipos em crise do que é ser homem nesta região que se constitui o eixo principal desta tese. Entre os folhetos de cordel e os romances clássicos e as memórias aqui utilizadas, o masculino foi pensado, problematizado e apresentado atravessando uma crise nos padrões estabelecidos na sociedade dita nordestina no começo do século XX. Enfim, uma história entre a prática dos lugares e espaços praticados da nordestinidade e da masculinidade percebemos os limites do mundo masculino demarcado entre o "fogo morto" e os limites do mando que entravam em crise, em confronto, em luta. Daí histórias no barbante de violência e masculinidade em relação aos espaços e ao feminino, que emergiam entre um passado patriarcal e uma sociedade matriarcal, efeminada que ameaçava a tradição configurada em crise da masculinidade nordestina sustentada por um fio e temerosa do nivelamento social e de gênero que se estabelecia no Nordeste no começo do século XX, entre 1940 e 1980, para ser mais didático.
Palavras-chave: História. Gênero. Masculino. Nordeste. Nordestino. Cordel. Relações Espaciais. Espaços Praticados.
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1344 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Memória e experiência de uma cidade do Paraná: a cidade de Maringá  |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
FIGUEIREDO, Lauro C.
Este estudo Memória e Experiência de uma cidade do Paraná: a cidade de Maringá, examina o processo de apropriação do espaço urbano da cidade de Maringá no Estado do Paraná. Procura ainda investigar e elaborar algumas hipóteses sobre como esse processo levou à destruição de um tipo de referencial espacial que existia entre os trabalhadores desta urbe e que, em última instância, engendrava uma nova forma de viver a cidade. Como tema central do objeto de estudo, foram eleitas algumas "representações nostálgicas". Os antigos moradores da cidade referem-se aos pontos de encontro da cidade como sendo lugares nostálgicos, ou seja, aquele tempo da juventude [as festas religiosas com suas "quermesses", as festas cívicas e culturais, o cinema, as praças e os bailes que aconteciam no Aero Clube. Sob o ponto de vista nostálgico, esses espaços são lugares evocados de um tempo impreciso, pessoal e coletivamente vivido. São memórias que, a partir de um lugar, procuram unir o presente ao passado da cidade. São momentos vivenciados e construídos em uma determinada época, os quais pretende-se reconstituí-los através da história de vida desses trabalhadores. A justificativa aqui apresentada é invariavelmente a necessidade de preservar a "memória urbana". Isso porque a falta de políticas públicas, que deveriam conciliar desenvolvimento e preservação, já foram substituídas por relações íntimas entre governos locais e o capital imobiliário. As memórias voltam-se ao "tempo dos começos", caracterizando-se as várias dimensões e experiências próprias dos seus modos de vida, como o cultivo dos roçados, hábitos alimentares, os bailes, as festas populares, a convivência entre os vizinhos. São experiências que perpassam o conjunto das relações tanto sociais quanto com a natureza. Este universo lúdico, responsável pelo entrelaçamento de relações individuais e de grupo, de criação de redes de amizade, de solidariedade, de influência e poder constituídas em práticas cotidianas, revelou-se mais amplo e menos óbvio ao nosso olhar, quando relacionado ás experiências de vida de antigos moradores.
Palavras-Chave : Cidade.Urbanização. Memória. Sociabilidade. Cultura. Relações sociais.
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