Descrição:
SILVA, Patricia Pereira da
Os seres humanos, biologicamente constituídos em homens e mulheres, desenvolvem suas identidades e constroem corpos masculinos e femininos em razão da cultura. O corpo aprende a fazer história fazendo cultura, portanto, é esse corpo que se educa, corpo que aprende por práticas de relações de gênero, entre as quais o poder está sempre presente. A instituição escolar exerce influência no processo de formação do sujeito em desenvolvimento, com atribuição de expectativas diferenciadas para meninos e meninas. O tornar-se homem ou tornarse mulher se dá num processo contínuo, iniciado na família e reforçado na escola, como instituição social. Esse processo acaba por levar um desequilíbrio entre as relações pessoais, nas quais o poder se manifesta e tende a interferir no desenvolvimento motor de meninos e meninas. Assim considerando, o presente estudo foi norteado pela pergunta que questionou a maneira como a prática docente do profissional de Educação Física poderia contribuir no equilíbrio das relações de gênero nas suas aulas. O objetivo delineado foi investigar a influência da sociedade na formação de sujeitos masculinos e femininos, bem como averiguar qual a contribuição da prática do/a docente de Educação Física na formação desses sujeitos. Para responder à pergunta e alcançar o objetivo, elegeu-se uma metodologia traduzida por pesquisa bibliográfica, destacando quatro tópicos que abordaram: os dados históricos da Educação Física; o gênero e suas influências culturais, sociais, familiares e escolares; as aulas de Educação Física separadas por sexo, mistas e/ou co-educativas, discutindo-se nesse espaço, a atuação do/a docente. Os dados revelaram que a escola sofre influências da cultura, perpassando valores e crenças ao indivíduo. Esses valores e crenças são aprendidos na família e chegam ao espaço escolar e são identificados tanto nos alunos/as quanto em seus professores/as. A pesquisa permite concluir que há um longo e árduo caminho para que a prática docente seja igualitária e seja regida pelo equilíbrio nas relações de gênero. Urge, desse modo, desconstruir preconceitos e respeitar as diferenças.
Palavras-chave: Educação Física igualitária, Relações de Gênero, Atuação Docente.
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