O trabalho faz inicialmente um levantamento da visão crítica de Katherine Mansfield sobre a arte e o fazer literário em seus escritos discursivos, que põe em relevo como ponto essencial de sua carpintaria artística as memórias da infância e de sua terra natal. Na análise de um grupo de contos selecionados dentre as chamadas histórias da Nova Zelândia, estabelece relações entre comentários críticos da autora e a estruturação de seus contos. Para compreender a intrínseca relação vida-obra em Mansfield, examina-se inicialmente a biografia da autora e, a seguir, sua obra não ficcional — que inclui correspondência e diário íntimo — como subsídio para a análise e interpretação do corpus, os contos “Prelúdio”, “A casa de bonecas”, “A festa no jardim” e “Seu primeiro baile”, da coletânea New Zealand Stories, organizada por Vincent O’Sullivan. Nos ensaios filosóficos levanta-se sua visão sobre arte, enquanto nas resenhas de vários autores da época verifica-se as suas ideias sobre prosa de ficção.
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