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Fazer Download agora!Paraná, Território de "Vocação Agrícola"?! Interiozação Curso Normal Regional (1946 - 1968) Popular Versão: PDF
Atualização:  31/1/2019
Descrição:
FARIA, Thais Bento

Esta tese tem como objetivo historiar o Curso Normal Regional no estado do Paraná, com foco no processo de interiorização e, para tanto, pauta-se no seguinte problema de pesquisa: Quais os motivos e condicionantes da criação, institucionalização, expansão, transformação e extinção do Curso Normal Regional no Paraná? Como este curso, no interior paranaense, lidou com o desafio de formar professores para a Escola Primária Rural entre 1946 e 1968? Com um recorte temporal inerente ao objeto de pesquisa, o ano de 1946 justifica-se porque data a criação do primeiro Curso Normal Regional no Território Federal do Iguaçu, atual município de Laranjeiras do Sul, e 1968 registra os últimos vestígios de sua existência. Como recorte espacial, focaliza o estado do Paraná e, para a análise do prescrito pelo centro e do praticado pelo interior, versa sobre a interiorização do Ensino Normal, centrando-se em três Cursos Normais Regionais do norte paranaense: Londrina, Rolândia e Sertanópolis. O estudo emprega documentos escritos e iconográficos, oriundos de diversos espaços: do Arquivo Público do Paraná; do Núcleo Regional de Educação de Londrina; de acervos históricos escolares; do CD-ROM de Gonçalves (2016); da Biblioteca da Secretaria de Estado da Educação; da Biblioteca Pública do Paraná; da internet, sites e acervo pessoal de uma normalista regionalista de Londrina. Para compreender o processo histórico e a interiorização do Curso Normal Regional no estado do Paraná, foram fundamentais dois conceitos de Certeau (1998) – estratégia e tática. As inúmeras circulares, ofícios, portarias e demais documentos elaborados pela Secretaria de Educação e Cultura e/ou Serviço de Ensino Normal representam o centro, o porta-voz institucional, que tem lugar próprio, que lida de modo criativo e elabora estratégias. Na outra ponta, no interior, há o estabelecimento das táticas pelos sujeitos que estão nas Escolas Normais, os quais burlam, posicionam-se, modificam, realizam bricolagem para atender aos dilemas encontrados no cotidiano escolar. Conclui-se que, no diálogo entre centro e interior se desdobraram várias facetas estratégicas: os Cursos de Atualização e Aperfeiçoamento, as Reuniões de Diretores e outras formas de formação em serviço são percebidas como um modo de o centro chegar ao interior e vice-versa; em tempos de expansão da pedagogia escolanovista, o porta-voz autorizado do conhecimento – o livro – tinha dificuldade de chegar até o interior, em geral, não havia espaço para a biblioteca e nem livros, a estratégia encontrada foi a criação da Assistência Técnica, que produziu farto material para Escolas Normais e Cursos Normais Regionais; para outro desafio decorrente da proliferação das Escolas Normais, a estratégia foi a produção de um modelo, reconhecido pelo Serviço de Ensino Normal, que orientasse e inspecionasse as Escolas Normais, criaram-se Escolas Centro. Tendo em vista os resultados obtidos na investigação, defende-se a tese que, no diálogo entre as esferas internacional, nacional e estadual, o Paraná, compreendido como um território de “vocação agrícola”, creditou ao Curso Normal Regional (1946-1968) a função de formar o professor primário rural, elaborou uma série de estratégias e conviveu com a contrariedade entre o prescrito e o praticado.

Palavras-chave: História da educação. História da formação de professores. Educação rural. Curso normal regional. Paraná.

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