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Fazer Download agora!O Direito à Educação Infantil do Campo no Município de Pinhão: Ponto de Vista das Famílias Popular Versão: PDF
Atualização:  31/10/2017
Descrição:
LEINEKER, Mariulce

Este estudo tem como objetivo: entender de que modo o direito à Educação Infantil das crianças que vivem no campo no município de Pinhão-PR é percebido pelas famílias e de que maneira é cumprido pelos órgãos governamentais. Esse município localiza-se no Território Cantuquiriguaçu, estado do Paraná, e foi selecionado por ser o único município do Território com um Centro Municipal de Educação Infantil no campo. A pesquisa, de abordagem qualitativa, contempla estudo bibliográfico e documental sobre a história do Município e a história da Educação Infantil, bem como estudo de campo: entrevistas, questionários e visitas realizadas nos anos de 2015 e 2016 com a famílias que vivem no campo. Foram entrevistadas 40 mulheres que vivem no campo cujos filhos não têm acesso à Instituição de Educação Infantil e foram respondidos 21 questionários por pais de crianças que frequentam o CMEI Santa Maria. Estabeleceu-se um recorte a partir dos anos de 1980, destacando-se nessa reconstrução histórica a luta das mulheres e dos movimentos sociais para que a criança fosse contemplada na legislação, bem como a luta para que a Educação do/no Campo fosse, na prática, um direito de todos. A análise das informações recolhidas tomou como referência o conceito de território, considerando as relações sociais que se estabelecem no campo e constituem os sujeitos, para além do espaço físico, geográfico, ou seja, relações de disputa, de poder e de sobrevivência. São essas relações que explicam os diversos pontos de vista das famílias, que se assemelham em termos de condições socioeconômicas, mas que se percebem de maneiras diferenciadas pela atuação social que desempenham. As famílias cujos filhos frequentam a Educação Infantil reconhecem sua importância pelo desenvolvimento apresentado pelas crianças. Entre as famílias que não têm acesso à Educação Infantil, foi possível identificar diferentes posições: algumas manifestam a necessidade do atendimento, outras preferem manter as crianças pequenas em casa, sob os cuidados pela mãe; algumas, por não terem registro formal de trabalho, consideram que seus filhos não teriam direito à Educação Infantil. A grande maioria das mulheres entrevistadas reproduz um modelo patriarcal de submissão e não se veem como sujeitos de direitos. Da mesma forma, não reconhecem a Educação Infantil do Campo como um direito das crianças, fato esse reforçado pelo precário atendimento das políticas públicas municipais para a Educação Infantil do Campo.

Palavras-chave: Educação e infância. Políticas públicas para a educação infantil do campo. Famílias e direito à educação infantil.

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