Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Um estudo das relações de (inter)subjetividade presentes na enunciação escrita de professores de lín  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
GOMES, Neiva Maria Tebaldi
Este trabalho surge de questionamentos de um professor de língua materna: por que professores que orientam a aquisição da escrita não se sentem à vontade para escrever? Que relação estes professores mantêm com a língua? Que concepção linguística orienta seu trabalho? E que sujeito se manifesta no texto que os professores produzem? Para tentar dar conta de tais questões, analisam-se textos (enunciados) escritos por professores que atuam no Ensino Básico, procurando verificar, em situações efetivas de interação linguística -- eu-tu-ele --, a configuração de subjetividade que se produz no texto do professor e as implicações dessa configuração no seu fazer. Trata-se, pois, de um estudo de enunciação escrita que se orienta pela seguinte tese: as relações de (inter)subjetividade que o professor mantém com o outro (o tu) são determinadas não apenas por esse outro, mas principalmente por um terceiro elemento constitutivo do processo de enunciação (o ele) e o tipo de ensino que faz é condicionado por essas relações. Por envolver relações de (inter)subjetividade, desenvolve-se da perspectiva das teorias da enunciação, buscando em Bakhtin e Benveniste o suporte teórico. No primeiro busca os conceitos de dialogismo e (inter)subjetividade; no segundo, a intersubjetividade na língua e a sistematização do aparelho formal da enunciação. A pesquisa constata, pelos enunciados analisados, que a concepção de língua (uma das formas que o ele assume) que tem sido tomada como referência no ensino -- língua conjunto de normas -- entra como elemento constitutivo, determinando o modo de o professor constituir-se sujeito em cada evento enunciativo. E em decorrência, tece considerações sobre as implicações que esse modo de constituir-se professor-sujeito tem para o ensino de língua.
Palavras-chave: Concepção de língua. Enunciação escrita. Relações de (inter)subjetividade. Fatores subjetivantes. Sujeito-professor. Ensino.
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Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Os limites da prosa:"Em liberdade", de Silviano Santiago  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
DEMAMA, Noili
Este é um trabalho sobre liberdade, também sobre limites. Tendo como texto de apoio representativo o diário ficcional "Em Liberdade", do escritor brasileirocosmopolita Silviano Santiago, examino como a prosa literária de cunho confessional, do final do século XX, lida com o pacto que estabelece com o leitor para convencê-lo de sua urdidura. Essa obra, publicada em 1981, dialoga com outros escritos do autor e sintetiza as posições tanto políticas, quanto estético-literárias que manifestou ao longo de sua trajetória enquanto professor, ensaísta, poeta e prosador. "Em Liberdade", ao mesmo tempo em que dá mostras da fragilidade das categorias de análise que a teoria literária tradicional disponibiliza para a literatura contemporânea, desdobra-se metaliterariamente oferecendo – ela mesma – as formas de leitura mais condizentes com as demandas pactuais em tempos de estilhaçamento do eu.
Palavras-chave: Crítica e interpretação. Liberdade. Literatura brasileira. Santiago, Silviano.
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Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Elementos Sobres a Formação de Gêneros Discursivos: A Fase "Parasitária" de uma Vertente do Gênero d  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
SOBRAL, Adail Ubirajara
Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento do conceito bakhtiniano de gênero discursivo tanto em termos teóricos como mediante a proposição de uma metodologia de estudo do gênero discursivo que busca abarcar os três planos que com ele se articulam – o do texto, o do discurso e o da esfera de atividades – em seus aspectos de produção, circulação e recepção, destacando assim a centralidade das relações enunciativas na criação de sentidos no discurso. Em termos teóricos, enfatiza o trabalho arquitetônico-autoral envolvido na produção do discurso e em sua inserção “genérica”, buscando com isso resgatar o conceito de gênero da redução ao plano composicional, temático e estilístico. De cunho translingüístico e transdisciplinar, busca englobar no estudo do gênero os planos lingüístico, textual e discursivo, numa proposta de análise discursiva “pura”, percorrendo algumas das principais teorias do texto, do discurso e do gênero, bem como áreas como a psicanálise, a filosofia, a geo-história, a semiótica greimasiana e os estudos religiosos. Seu objeto são as estratégias inter-genéricas mediante as quais a vertente psico-cósmica do gênero de auto-ajuda, em seu sentido de livros que propõem regras de comportamento em geral, vem se formando como gênero, examinando com esse fim 4 livros da vertente estudada, a par de levar em conta não apenas vários livros das várias vertentes do gênero como também algumas “réplicas” de gêneros “parasitados”, incluindo livros que se apropriam de recursos usados pela vertente em questão.
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729 0 bytes http://www.pucsp.br/pos/lael/lael-inf/def_teses.html |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Sintaxe da enunciação: noção mediadora para reconhecimento de uma lingüística da enunciação  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
FLORES, Valdir do Nascimento
Neste trabalho, estuda-se a sintaxe da enunciação, definida como atividade dos sujeitos com e na língua, exigência da promoção de sentido, com a finalidade de comprovar que a obra de Benveniste, constante em Problemas de Linguística Geral I e em Problemas de Linguística Geral II, constitui uma unidade. Considerando-se o conjunto de textos em que são apresentados aspectos teóricos e o conjunto de textos que trata de descrições de fatos de língua, verificam-se interrelações entre teoria e prática, as quais se resumem em três princípios: a) língua é intersubjetiva; b) a língua tem como unidade a frase; c) a língua é um sistema de signos referenciais. A partir da verificação destes princípios, afirma-se que os estudos realizados por Benveniste constituem uma linguística, a Linguística da Enunciação.
Palavras-chave: Língua portuguesa. Linguística da enunciação. Sintaxe. Teoria da enunciação.
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1058 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Institu http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
A escrita enunciativa e os rastros da singularidade  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
ENDRUWEIT, Magali Lopes
Esta tese se propõe a estudar a escrita como possibilidade enunciativa. Significa abordá-la além de seu caráter representacional, entendendo que a escrita, excluída da reflexão linguística, permeou a instauração dessa ciência e fez-se presença constante na escola. Quer-se, portanto, compreender as razões de sua exclusão da reflexão linguística ao mesmo tempo em que se entende a possibilidade de seu retorno pelas mesmas vias pelas quais foi excluída. Para isso, será averiguada a relação dessa exclusão com a fundação da linguística realizada por Ferdinand de Saussure (1857-1913). O Curso de Linguística Geral (1916) será o ponto de partida para tal investigação por ser a obra em torno da qual a ciência linguística se estruturou, ao mesmo tempo em que deixa à mostra a possibilidade de reabilitação da escrita. Os Escritos e os Anagramas serão trazidos para complementar o pensamento saussuriano, capaz de trazer à tona uma escrita enunciativa. A possibilidade de que escrita possa ter permanecido de forma latente nas bases da linguística, sugere averiguar como e onde ela permaneceu. A escola, lugar da escrita, demonstra que a sua permanência está ligada à cientificidade pretendida por tal instituição. Na verdade, o que sempre esteve presente na escola foi uma escrita relacionada a um sujeito do conhecimento, distante de uma escrita enunciativa. Segundo a proposta aqui formulada, a escrita enunciativa é da ordem do irrepetível, do singular, manifesta a cada vez que alguém diz “eu” a um “tu” em relação a “ele”. O referencial teórico mobilizado é o da Linguística da Enunciação na versão de Émile Benveniste (1991) e na releitura que dela faz Dany-Robert Dufour (2000). Finalmente constrói-se uma argumentação em favor da escrita entendida a partir do que Dufour considera ser a trindade natural da língua (“eu” - “tu” / “ele” / “ele”). O objetivo da tese é, enfim, encontrar na Teoria da Enunciação um lugar para a escrita entendida como intersubjetividade, capaz de se mostrar através dos movimentos realizados pelo sujeito no momento em que escreve. Para esse fim, um corpus composto de dez textos escolares será analisado, contendo o rascunho e a versão final de cada um, demonstrando que a supressão, a inserção e a substituição são movimentos constitutivos da escrita.
Palavras-chave: Enunciação. Escrita. Linguística.Teoria da enunciação.
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1121 0 bytes http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Forças motrizes de uma contística pré-modernista : o papel da tradução na obra ficcional de Monteiro  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
BECKER, Elizamari Rodrigues
Este estudo objetiva analisar três forças motrizes que muito influenciaram a escritura de Monteiro Lobato: o conto, a tradução e a ideologia humanista. Conhecido por sua literatura infantil, pouco se estudou sobre sua obra adulta e menos ainda sobre sua profícua atividade tradutória. Como contista, Lobato pode ser dito – ao lado de Machado de Assis – um dos grandes incentivadores do conto, resgatando-o de sua posição marginal e elevando-o à categoria de gênero literário em uma época geralmente negligenciada pela crítica – sua produção anterior à Semana de Arte Moderna (1922) –, alcançando seu público através de estratégias de marketing inovadoras e, portanto, formando um novo público leitor brasileiro. Seus ideais nacionalistas e suas crenças ideológicas estão presentes em tudo o quanto escreveu, proporcionando ao leitor do século XXI um claro panorama de sua época. O humanismo é, se não a mais visível ideologia em sua obra, a que gerou maior conflito, sobretudo em contraste com sua formação cristã e seu refinado tom pessimista. Tendo traduzido mais de cem livros, Lobato contribuiu indiscutivelmente tanto para a circulação, quanto para a edição de obras traduzidas – inglesas e norteamericanas em sua maioria –, enriquecendo, dessa forma, nosso polissistema literário e promovendo uma sensível mudança no status da tradução, marginal e secundária na época. Ele consciente e cuidadosamente escolhia o que traduzia com o intuito de alcançar um objetivo: dar ao público leitor brasileiro – especialmente ao infantil – literatura estrangeira de qualidade. Segundo ele, Kipling estava arrolado entre os “sumos” contistas, o que o levou a traduzir e publicar suas obras, experiência que resultou tanto na apropriação, quanto na expropriação daqueles textos, o que pode ser facilmente verificado por qualquer leitor atento tanto da contística, como do epistolário de Lobato, nas muitas estratégias por ele empregadas: empréstimos, invocações de personagens, reconstrução de histórias e imagens das narrativas de Kipling.
Palavras-chave: Conto. Kipling. Rudyard. 1865-1936. Literatura comparada. Lobato. José Bento Monteiro. 1882-1948.
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1533 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Institu http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Teses |
Traduzindo a alteridade : a questão da identidade nacional em Eduardo Acevedo Díaz e Euclides da Cun  |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
GOMES, Mitizi de Miranda
A presente tese intitulada "Traduzindo a Alteridade: a questão da identidade nacional em Eduardo Acevedo Díaz e Euclides da Cunha" tem como objetivo analisar a construção dos arquétipos nos textos "Ismael" e "Os Sertões" e de como tais tipos colaboraram para a construção do conceito de nação nas obras em questão, bem como analisar a utilização da imagem do outro nessa mesma construção. Com base na Literatura Comparada, nos Estudos de Tradução, na Teoria da Literatura e em outras áreas do conhecimento, foi possível constatar que os autores uruguaio e brasileiro se valeram da obra "Facundo: civilização e barbárie no pampa argentino", de Domingo Faustino Sarmiento, para comporem suas obras, ainda que distantes temporalmente e com visões diferentes. Esse movimento mostra que as produções literárias latino-americanas possuem uma ligação porque igualmente registraram os tipos presentes no lugar e o próprio lugar em que habitavam, colaborando, assim, para a construção do sistema literário latino-americano, visto que, em alguns casos, esses arquétipos eram comuns entre os diferentes países. A convergência desses arquétipos, como o gaúcho/gaúcho do pampa do Rio Grande do Sul do Brasil, do Uruguai e da Argentina, demonstra que a cultura ultrapassa fronteiras políticas, e corrobora a ideia de Ángel Rama acerca da existência da comarca cultural. No caso do arquétipo do sertanejo, fundamentado por Euclides da Cunha, não há um correspondente nas demais produções em questão, principalmente porque sua identidade está impregnada de cor local, cujas particularidades não são compartilhadas pelos demais países. A convergência ou divergência das características de cada tipo local interfere na produção das traduções, uma vez que, quando dessemelhantes, a visibilidade do tradutor é necessária e sua interferência acontece no sentido de aproximar o diferente da cultura-alvo. Também os Estudos de Tradução e as análises tradutórias colaboraram igualmente para que as investigações acerca das obras evoluíssem no sentido de estudarmos como se deu, na escrita dos autores e dos tradutores, a consciência do outro no processo de construção do eu nacional.
Palavras-chave: Literatura Comparada. Estudos de Tradução. Identidade. Alteridade. Eduardo Acevedo Díaz. Euclides da Cunha.
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1545 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Institu http://www.lume.ufrgs.br |
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