Categoria: Filosofia Teses |
Pensar em Deleuze : violência às faculdades no empirismo transcendental |
Versão: Atualização: 29/4/2012 |
Descrição:
HEUSSER, Ester Maria Dreher
“O que é pensar?”, eis a questão orientadora desta tese, que, pelas linhas de força da filosofia de Gilles Deleuze, responde-a: pensar é uma violência sobre as faculdades. Resposta inspirada, sobretudo, na obra Diferença e repetição, cujo tema kantiano do conflito entre as faculdades é o lugar de explicação desse leitmotiv que atravessa a filosofia de Deleuze e que pode violentar o pensamento sobre o ensino de filosofia na Educação Básica. Tratar da violência sobre as faculdades implica estabelecer uma doutrina das faculdades, o que, conforme Deleuze, só pode ser feito por meio de um empirismo transcendental. A tese defende que Deleuze produziu sua própria doutrina nas obras anteriores a Diferença e repetição, em seus escritos monográficos. Obras nas quais desenvolveu as bases do seu programa filosófico quando procurou engendrar a gênese do pensar, isto é, fazer a descrição genética das condições de efetividade da experiência, edificando uma teoria diferencial das faculdades.
Palavra-chave: Deleuze. Gilles. Filosofia. Pensamento. Violência.
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970 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Categoria: Filosofia Teses |
Participação política como exercício da cidadania |
Versão: PDF Atualização: 16/9/2011 |
Descrição:
FREIRE, Roberto de Barros
Dentre as diversas formas de abordar a participação política, uma em particular chama atenção: a ocorrência de uma acentuada alienação política ou uma crescente apatia pela cidadania ativa. Nesta perspectiva, a abordagem do problema político se fará do ponto de vista do indivíduo diante de condições instituintes de ordens sociais, porém, maleáveis a ações humanas intencionadas. A política não será entendida tão somente como jogo de forças sociais e interesses, mas também como busca negociada de interesses particulares visando o bem comum, como produto de um consenso possível. O foco principal da política está no exercício da cidadania, podendo ocorrer de forma mais ou menos consciente, o que permite qualificar a ação política como mais ou menos ética. Ao fim, estabelece a política como chamamento para a atividade consciente e ativa, objetivando fazer cidadãos participativos.
Palavras-chave: Cidadania. Ética. Filosofia. Participação política. República.
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2710 0 bytes FFLCH - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências |
Categoria: Filosofia Teses |
Os fundamentos da República e sua corrupção nos Discursos de Maquiavel |
Versão: Atualização: 29/4/2012 |
Descrição:
NASCIMENTO, Milton Meira do
O objetivo dessa tese é analisar a corrupção republicana em Maquiavel, particularmente nos primeiros dezoito capítulos do livro I dos Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (também conhecido como o "Pequeno tratado sobre as repúblicas"), procurando conhecer sua natureza, características, o processo pela qual é engendrada e qual o desfecho possível para a república "corrompidíssima". A corrupção republicana, exposta nos capítulos de XVI a XVIII, é precedida por uma exposição sobre os fundamentos políticos republicanos, alvos dessa corrupção política. A conclusão a que se chega é que, nesses capítulos, a corrupção pode atingir um grau máximo obrigando a uma mudança de regime, cuja melhor solução é o governo "quase régio", representado pelo principado civil descrito no Príncipe, por manter e conservar a dinâmica dos conflitos políticos, motor para as mudanças e responsável pela conservação dos ordenamentos políticos que garantem as liberdades políticas.
Palavras-chave: Cidade. Corrupção. Discursos. Maquiavel. República.
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1121 0 bytes Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana |
Categoria: Filosofia Teses |
Objetividade e Espacialidade: Kant e a Refutação do Idealismo |
Versão: PDF Atualização: 22/7/2013 |
Descrição:
FALKENBACH, Tiago Fonseca
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido.
Palavras-chave: Espacialidade. Filosofia alemã. Filosofia moderna. Filosofia transcendental. Idealismo alemão. Idealismo transcendental. Kant, Immanuel 1724-1804. Metafísica. Objetividade.
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610 0 bytes LUME UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/61191 |
Categoria: Filosofia Teses |
O trabalho como princípio educativo do ensino |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
ZANELLA, José Luiz
Este estudo tem como objetivo analisar as determinações do trabalho e do mundo do trabalho no ensino escolar público. Mostra, a partir da filosofia da práxis, que a defesa da centralidade do trabalho está relacionada a defesa do ensino e da ciência ao mesmo tempo. Para tanto, a análise busca explicitar os pressupostos teórico-metodológicos da filosofia da práxis, mostrando que a defesa do ensino do concreto como sendo o ensino do conceito, este entendido como sendo o conceito científico e filosófico, pressupõe, para o professor, clareza ontológica, antropológica, epistemológica e de práxis. A defesa do ensino a partir da defesa do trabalho, neste estudo, expressa uma primeira aproximação de crítica as tendências de ensino denominadas de ensino reflexivo, professor pesquisador e construtivistas. Mostra que estas tendências de ensino negam a centralidade do trabalho, ao mesmo tempo que negam o ensino da ciência na perspectiva da filosofia da práxis e articulam-se com o trabalho flexível da reestruturação do capitalismo. São, portanto, tendências do ensino do capital que expressam uma visão de mundo neoliberal e, na maioria dos casos, pós-moderna. A ênfase da tese consiste em investigar o processo de trabalho a partir da teoria do valor, primeiramente no pensamento de Ricardo e, depois na constituição da filosofia da práxis em Marx.
Palavras-chave: Educação e trabalho. Ensino.
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1343 0 bytes Unicamp |
Categoria: Filosofia Teses |
O sujeito é de sangue e carne : a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel Levinas |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
SANTOS, Luciano Costa
Numa leitura itinerante do pensamento de Emmanuel Levinas, que refaz e articula seus principais momentos, intentamos aprofundar o sentido ético da subjetividade enquanto responsabilidade pelo Outro ou um-para-o-Outro, mostrando que o humano se abre com a possibilidade extraordinária de que a alteridade do Outro venha a contar para o sujeito antes que a sua própria identidade para si mesmo. O ponto agudo deste projeto é sustentar que o sentido ético da subjetividade não emerge de modo suficiente sem uma exaustiva referência à sua dimensão sensível e encarnada. Esta articulação nodal entre ética e encarnação, ou responsabilidade e sensibilidade, torna-se patente à medida em que se descreve o arco de constituição da subjetividade, quer como ser para-si, no gozo sensível e na apropriação econômica das coisas do mundo, quer como um-para-o-Outro, na suscetibilidade a ser afetado pela alteridade de outrem e responder por ela com o dom dos próprios recursos ou, em última instância, com o dom de si mesmo, uma vez que o sujeito primariamente se constitui a partir do que ele frui e tem.
Palavras-chave: Subjetividade. Sensibilidade. Gozo. Responsabilidade. Vulnerabilidade.
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1448 0 bytes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do |
Categoria: Filosofia Teses |
O sacerdote e a cidade |
Versão: Atualização: 29/4/2012 |
Descrição:
BARBALHO, José de Oliveira
Escolhemos como objeto de nosso estudo, nesta tese de doutoramento, a relação entre o sacerdotium e o regnum no Defensor da Paz, com o propósito específico de conhecermos o lugar do sacerdote na civitas marsiliana. Veremos que esse tema leva-nos a melhor compreensão da teoria política do paduano. Questões como “O que é o sacerdócio cristão?”, “Em que consiste, verdadeiramente, a civitas cristã?” e “Qual a relação entre ambos?” implicam a descoberta do fato de que, na vida presente, só há um poder, o do Estado. Quando o espiritual se torna uma fonte a mais de poder, na comunidade política, gera-se o facciosismo ou a guerra civil. Veremos também que as limitações da sua teoria a respeito da relação entre o sacerdote e a cidade não colocam à sombra a riqueza de seu pensamento político, no sentido de que este nos impulsiona a pensar diferentemente a comunidade política. Utilizamos como fonte principal o Defensor da Paz. Em segundo plano, para esclarecer algumas dúvidas, recorremos ao Defensor Menor. Dentre os estudos sobre Marsílio, selecionamos aqueles que mais diretamente estão relacionados com o objeto de nossa investigação. Ao fazermos este trabalho, acreditamos que ele possa ser mais uma modesta contribuição ao estudo do pensamento político de Marsílio de Pádua, no Brasil.
Palavras-chave: Sacerdote. Idade Média. Paduano.
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1973 0 bytes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do |
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