Categoria: Filosofia Artigos |
Teoria crítica e barbárie. O futuro da sociedade administrada  |
Versão: PDF Atualização: 26/4/2013 |
Descrição:
MAGALHÃES, Fernando
No final do século XVIII, Jeremy Bentham, na sua célebre obra O pan-óptico, propõe um sistema de vigilância para as casas de correção que poderia ser estendido a qualquer estabelecimento (instituições, em geral) sem exceção. Se levarmos em consideração a denúncia do filósofo Iztvan Mészáros de que a Microsoft dispõe de mecanismos para controlar todo e qualquer programa através de um dispositivo de acesso a partir da própria empresa, chegamos à conclusão de que a proposta de Bentham, também projetada criticamente por Orwell na primeira metade do século XX, instalou-se entre nós. Câmeras vigiam nossos movimentos, seguem nossos passos, vigiam nossa intimidade – até mesmo no isolamento dos caixas eletrônicos. Essa sociedade controlada, no entanto, não se resume apenas aos aspectos visíveis desse controle. A administração da vida e das coisas, na sociedade capitalista tardia, exerce um controle sobre os indivíduos a partir de uma categoria filosófica muito cara aos intelectuais do Ocidente: o Iluminismo (ou Esclarecimento). A ideia de que o conhecimento e, portanto, a ciência, libertariam o homem das trevas da ignorância e da superstição sempre foi uma crença de filósofos e sociólogos ocidentais. Contudo, essa ciência, e mais precisamente a sua forma avançada – a tecnologia – transformou o projeto emancipador em nova prisão, onde um controle invisível – tanto político quanto econômico (veja-se, por exemplo, a ideologia e o mercado) – acabou por transformar a civilização em barbárie. O objetivo deste trabalho é promover uma análise da presente situação, utilizando o instrumental oferecido pela Teoria Crítica – que faz uma investigação dessa sociedade totalmente administrada – e apontar as vantagens e os limites de uma sociedade em que a “administração” generalizou-se para todo o planeta, com a globalização, inclusive estendendo seus tentáculos para regiões periféricas de forma perversa.
Palavras-chave: Barbárie. Teoria Crítica. Sociedade administrada. Práxis. Esclarecimento.
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830 0 bytes Revista Filosofia Unisinos http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/filosofia/index.php?option=com_content&task=view&id=7 |
Categoria: Filosofia Artigos |
O método dialético e a análise do real  |
Versão: PDF Atualização: 28/6/2013 |
Descrição:
ZAGO, Luis Henrique
Ao evidenciar que as relações estabelecidas por homens e mulheres com o meio concreto engendram o real, a dialética torna exequível a revolução do status quo por possibilitar a compreensão de que o mundo é sempre resultado da práxis humana, seja ela marcada por relações de dominação que reificam e fetichizam a prática social, seja marcada por relações que operam a humanização dos homens e mulheres. Ao romper com os fetiches, ou seja, ao perceber que os objetos não devem sujeitá-los, homens e mulheres avançam de encontro à reificação, alçando-se a possibilidade de revolucionar suas condições de existência. Assim, o rompimento da pseudoconcreticidade ocorre no momento em que se evidencia que a realidade social se concretiza por meio das condições de produção e reprodução da existência social das pessoas, que é em nossa sociedade marcada pela luta de classes. Este processo de rompimento exige um esforço construtor de uma interpretação do real que vá para além de uma representação caótica do todo, típico das vivências cotidianas. Este artigo postula que o método materialista histórico dialético pode auxiliar neste processo. Partindo desta constatação, elabora-se reflexão sobre este método de análise do real.
Palavras-chave: Dialética. Pseudoconcreticidade. Realidade. Ciência
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820 0 bytes Kriterion http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0100-512X2013000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |
Categoria: Filosofia Artigos |
Do bem comum da visão platônico-aristotélica à lógica hobbesiana do Contrato Social  |
Versão: PDF Atualização: 5/12/2013 |
Descrição:
ROSA, Luiz Carlos Mariano da
Resumo: Detendo-se na investigação dos dois grandes modelos que caracterizam o pensamento político, a saber, o modelo clássico (grego ou aristotélico) e o modelo jusnaturalista (hobbesiano), o artigo em questão, distinguindo no âmbito daquele as teorias idealistas e realistas, empreende uma abordagem que nas fronteiras deste último sublinha desde a questão que envolve “Como nasceu o Estado?”, proposta pela perspectiva historicista (paradigma aristotélico), que traz como fundamento o homem como “animal político”, até a leitura racionalista (parâmetro hobbesiano), que acena com o problema “Por que existe o Estado?”, identificando o homem como um ser naturalmente antissocial, salientando que se o bem comum determina a visão platônico-aristotélica, a leitura hobbesiana instaura uma lógica que emerge através do contrato social e assinala a tendência natural da autopreservação como fundamento da ação humana, consistindo, em suma, na transição da ordem mecânica da matéria à ordem final da vontade.
Palavras-chaves: Modelo aristotélico. Bem comum. Modelo jusnaturalista. Estado de natureza. Direito natural.
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812 0 bytes Revista Opinião Filosófica http://www.abavaresco.com.br/revista/index.php/opiniaofilosofica/article/view/165 |
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