O artigo em questão se detém nas fronteiras da teoria aristotélica do conhecimento, que acena com a transposição da dicotomia platônica à medida que critica o supra-sensível e propõe a imanência do inteligível em relação ao mundo sensível através de uma leitura que converge para identificar a substância individual, unidade de matéria e de forma, como a única realidade, emergindo, nesta perspectiva, a ciência das quatro causas para justificar a mudança cujo princípio em si mesmos os seres da natureza carregam, tornando-se o Organon no âmbito do referido projeto o único instrumento capaz de possibilitar a constituição da estruturalidade científica.
O objetivo deste artigo é apresentar as origens da crítica marxiana da política. Encontrando seu lugar entre os anos de 1842 e 1843 essa crítica nasce no interior de uma revisão da filosofia hegeliana e assume uma primeira forma como crítica filosófica da política. A crítica da política desenvolvida por Marx era, assim, rigorosamente, um empreendimento filosófico, mas de uma filosofia que assumia o mundo como seu objeto e se vertia para fora de si própria manifestando-se externamente como uma crítica da sociedade da época e como uma negação da política existente.
Este artigo procura mostrar a diferença entre duas concepções mentalistas do conceito de imaginação. Tanto para Descartes como para Kant a imaginação é concebida desde o monocentrismo do sujeito, mas para cada um desses filósofos a sua função será radicalmente distinta. Para Descartes a imaginação é aquilo de que o pensamento tem de afastar-se; para Kant, ao contrário, seu papel é decisivo para a execução da reflexão transcendental.
Um dos aspectos mais originais da Ontologia de Lukács está na peculiar relação que estabelece entre método e ontologia. Todavia, este é, também, um dos seus aspectos menos explorados. Normalmente, ao se discutir o método em Lukács, se recorre à História e Consciência de Classe muito mais que aos seus últimos escritos.
Como questão central deste artigo enfoca-se a influência da leitura para a abrangência do pensamento voltariano e de suas obras. Voltaire (1694-1778) é reconhecido como um dos grandes autores do Iluminismo francês da Literatura, História e Filosofia. Destaca-se que para compor suas obras, tornou-se um grande leitor de obras históricas e da Bíblia, obras que lhe serviram de fonte para realizar as discussões e proposições das teses que perpassam as mesmas. Apresenta-se Voltaire em sua condição de autor que discute o cenário de mudanças da sociedade francesa do século XVIII. Constata-se, sobremaneira, a importância da literatura como instrumento e veículo de conscientização para o debate das teses de Voltaire historiador e filósofo.
Palavras-chave: Educação. Leitura. Voltaire. Literatura. Filosofia.
12893 0 bytes Universidade Estadual de Maringá - UEM
Este artigo tem como objetivo principal, problematizarmos o debate teórico acerca da cooperação, tendo como referência central, a análise marxista acerca dessa temática. Nesse sentido, buscaremos destacar a concepção de cooperação agrícola desenvolvida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST.
Palavras-chave: MST. Relação de produção. Cooperação. Políticas públicas.
O presente trabalho trata da concepção de psykhé, um tema com o qual o ser humano se ocupa a milênios. Aborda-se essa questão nos poemas homéricos. Segundo Homero, a psykhé é uma sombra privada de suas características físicas. Ela ganha significação no momento de morte e revela o “não-estar-mais-vivo” do homem. Homero quando não valoriza a vida no além-morte, valoriza a ação do homem neste mundo: no fazer cotidiano e na peleja da guerra.
Toda filosofia é, entre outras coisas, uma filosofia da consciência e do espírito (sem por isso ser necessariamente idealista). As filosofias da natureza, desde o Renascimento até Schelling e Hegel, tentaram introduzir o espírito e a consciência no universo físico.
A obra que servirá como base deste artigo é do filósofo Thomas Hobbes intitulada Leviatã. Em seu trabalho Hobbes nos mostra as necessidades de criação do Estado civil como forma de garantir a proteção e defesa dos homens. A única solução para que todos consigam viver juntos é a instauração de um poder, de um Estado e, principalmente, que ele seja soberano e absoluto. É este poder a que Hobbes compara como sendo um homem artificial criado pelo próprio homem para assegurar a paz entre todos.
Palavras-chave: Paixões. Estado de natureza. Estado civil. Soberania.
Este artigo apresenta o diálogo, um tanto conflitante, entre Foucault e Derrida sobre a relação entre a loucura e o Cogito de Descartes. O primeiro passo é dado por Derrida, o qual crítica Foucault por não ter percebido que Decartes não excluiu a loucura, mas que o cogito é valido mesmo se o pensamento é louco. Foucault responde, reafirmando a exclusão da loucura por parte de Descartes, pois o sujeito que se põe a meditar durante o processo do cogito não pode ser louco, porque a loucura é justamente a não possibilidade de fazer este percurso de meditação. Portanto, esse artigo defende a tese de que a loucura desqualifica o sujeito e o impede de realizar o processo do cogito.