Categoria: Filosofia Artigos |
Anotações sobre o universal e a diversidade |
Versão: Atualização: 16/9/2011 |
Descrição:
ORTIZ, Renato
O artigo tem por objetivo problematizar o universal e a diversidade. Investiga as possíveis implicações da polissemia dos termos universalidade e diferença, dentro das perspectivas filosófica, sociológica e antropológica. Destaca que a diferença não possui um valor "em si", uma "estrutura" ou "essência" atemporal. A diversidade existe em situações históricas determinadas, ela deve também ser qualificada. Nesse sentido, não é tanto a oposição em relação ao universal que interessa, mas a forma como a mudança de contextos incide sobre nossa compreensão desses conceitos. Discute ainda a questão do local e do nacional, que não são considerados dimensões em via de desaparecimento dentro da "sociedade global". Busca, então, entender como esses níveis são redefinidos, visto que na globalização co-existe um conjunto diferenciado de unidades sociais: nações, regiões, tradições, civilizações e a diversidade é parte integrante dessa totalidade. Conclui que universal e particular são pares opostos. A diferença associa-se ao particular, à contenção, aos limites e à identidade, sendo assim incompatível com o movimento de universalização. O universal remete à ideia de expansão, quebra de fronteiras, "todos", humanidade. Entretanto, na situação de globalização, muitas vezes esse par antagônico se entrelaça, mesclando alguns valores antes fixados a apenas um de seus elementos.
Palavras-chave: Universal e diversidade. Universalidade e diferença.
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Categoria: Filosofia Artigos |
Capital e barbárie |
Versão: PDF Atualização: 10/4/2012 |
Descrição:
MOURA, Mauro Castelo Branco de
A modernidade, sobretudo em seu apogeu iluminista, ensejou a crença num devir auspicioso fundado, segundo Smith, no desenvolvimento das forças produtivas do trabalho [productive powers of labour]. Porém, ainda no século XVIII, em meio a um otimismo generalizado que se consagrou com a gênese da historicidade (entendida como “progresso”), já se insurgia Rousseau contra a crença na técnica como panacéia para a resolução dos problemas humanos. Marx demonstra que o capital é um poderoso estimulante ao desenvolvimento das forças produtivas, mas traz aparelhado em si a submissão estranhada do processo de reprodução social à valorização do valor [Verwertungs des Werts], com o quinhão de barbárie que lhe é imanente. O crescimento permanente e ilimitado da riqueza abstrata que carateriza o capital, figura apoteótica da tríade fetichóide (mercadoria, dinheiro e capital), só se pode consumar às expensas da subordinação da satisfação das necessidades (e da vida) humanas a seu desiderato. Destarte, ao produzir riquezas, sob a forma de valores de uso, o capital produz também miséria pelo seu próprio desenfreio e pelas tensões imanentes à valorização do valor.
Palavras-chave: Capital. Barbárie. Marx. Crise. Fetichismo.
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605 0 bytes Revista Filosofia Unisinos http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/filosofia/index.php?option=com_content&task=view&id=7 |
Categoria: Filosofia Artigos |
Ceticismo |
Versão: PDF Atualização: 26/8/2013 |
Descrição:
DUMONT, Jean-Paul
O termo ceticismo terminou por designar atualmente, na linguagem comum, uma atitude negativa do pensamento. O cético é visto, frequentemente, não somente como um espírito hesitante ou tímido, que não se pronuncia sobre nada, mas como aquele que, sobre qualquer coisa que é avançada, ou sobre qualquer coisa que possa dizer, se refugia na crítica. Da mesma forma, acredita-se ainda que o ceticismo é a escola da recusa e da negação categórica. Na realidade, e por sua própria etimologia (skepsis em grego significando “exame”), o ceticismo vetaria qualquer posição decidida, a começar até pela que consistiria em afirmar, muito antes de Pirro e como Metrodoro de Abdera, que somente sabemos uma coisa: que nada sabemos.
Palavras-chave: Ceticismo. Teoria do conhecimento. Cético. Jean-Paul Dumont.
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9277 0 bytes Encyclopædia Universalis |
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