O objetivo deste trabalho é mostrar a imbricação entre metafísica e história mundial em Hegel. Iniciaremos explicitando o objetivo hegeliano de reintroduzir, no conhecimento filosófico, os objetos da metafísica banidos pela filosofia crítica. A intenção de conhecer o Absoluto levará Hegel à análise da refutação kantiana das provas da existência de Deus, propondo alternativamente uma prova categorial, exposta na Ciência da Lógica, e uma prova histórica.
Os "Manuscritos de Paris" são um conjunto de apontamentos e de estudos realizados por Karl Marx nos anos 1843/44 em seu exílio em Paris. Estes escritos, publicados apenas em 1932 em Berlin, são também denominados "Manuscritos Econômico-Filosóficos".
Tanto as apropriações políticas do pensamento de Nietzsche, como as críticas ao suposto aristocratismo de sua “grande política” conservam uma inflexão comum: ambos avaliaram seu pensamento à contraluz do pensamento político moderno. O presente artigo visa abordar três elementos propedêuticos para uma leitura stricto sensu do problema político em Nietzsche: a relação entre crítica da cultura e a crítica da modernidade política; a análise do díptico moral/valores como expressão dos modos de vida; e a relação entre ação, sensibilidade moral e décadence. Trata-se de observações gerais acerca do pensamento nietzscheano, mas que repercutem de forma especial sobre sua concepção do problema político.