Categoria: Filosofia Artigos |
O século XX e as rupturas entre o real científico e o senso comum |
Versão: PDF Atualização: 13/9/2012 |
Descrição:
LAVINA, Ernesto
A aplicação das práticas e técnicas do inquérito judicial medieval ao estudo do mundo natural permitiu uma nova compreensão de muitos fenômenos. Uma forma de análise minuciosa e meticulosa, e que trouxe consigo, indelével, a vigilância e o questionamento de todas as opiniões, de todas as ações. Com o tempo, racionalismos regionalizados se desenvolveram e aprimoraram. E com uma preocupação quase obsessiva em quantificar, a partir de técnicas e instrumentos sempre mais sofisticados. A análise seletiva, segmentada, porém disciplinada e com atenção crescente aos detalhes, fez com que o mundo do senso comum, da realidade objetiva dos sentidos, fosse ultrapassado em vários momentos, embora, inicialmente, isso quase não tenha sido percebido. Considerava-se que a ciência apenas acrescentava novas extensões ao mundo do senso comum, do micro ao macrocosmo. No início do século XX, entretanto, esta interpretação não pôde mais ser sustentada. As rupturas entre o real científico e o senso comum tornaram-se, subitamente, imensas. A decomposição progressiva do real em fenômenos simples, isolados de qualquer ruído ou elemento casuístico, idealizados, propiciou a construção de um mundo totalmente novo. Não mais uma extensão dos sentidos, mas sentidos novos, impossíveis de serem compreendidos sem uma imersão profunda na tradição que lhes deu origem. As palavras e as ações usuais mascaram as imensas descontinuidades, presentes em atos por vezes tão simples quanto falar ao telefone ou assistir à televisão. Em cada uma dessas atividades quotidianas existe algo que não pode ser apreendido pelo senso comum. Pode-se conviver tranquilamente com esse mundo, torná-lo rotineiro, porém jamais compreendê-lo em seus fundamentos teóricos. E esses fundamentos são complexos, fruto de metodologias e de experimentações precisas, e comumente expressos em linguagem matemática. Reduções e simplificações para adaptá-los à linguagem comum, na maior parte das vezes, geram ruídos e infundados sentimentos de compreensão.
Palavras-chave: Bachelard. Inquérito judicial medieval. Experimentação. Racionalismo. Vigilância.
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635 0 bytes Revista Filosofia Unisinos http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/filosofia/index.php?option=com_content&task=view&id=7 |
Categoria: Filosofia Artigos |
O “Conhecimento em geral” nos Juízos de Conhecimento Empíricos e nos Juízos de Gosto Puros |
Versão: Atualização: 26/8/2013 |
Descrição:
BRADL, Beate
O “Conhecimento em geral” nos Juízos de Conhecimento Empíricos e nos Juízos de Gosto Puros: Reflexões sobre o Parágrafo 21 da Crítica do Juízo. A estética filosófica é, para Kant, uma teoria dos juízos puros de gosto, da forma ‘este X é belo’, e daquele julgar que toma por base o juízo dos objetos belos a partir de uma capacidade de gosto própria do ser humano. Em consequência disso, Kant trata os juízos de gosto como um tipo particular de juízo. Quando consideramos a beleza num objeto, nós conhecemos isso de um modo não conceitual. Mais exatamente, o juízo se relaciona apenas ao sujeito e afirma que este, no encontro com o objeto, sente um sentimento de prazer. Um tal juízo que, num primeiro momento, nada informa acerca do objeto, mas sobre o estado momentâneo de um sujeito, é chamado por Kant de juízo estético.
Palavras-chave: Crítica do juízo. Kant. Juízos. Teoria do conhecimento.
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