Categoria: História Dissertações |
A música caipira em aulas de história: questões e possibilidades  |
Versão: PDF Atualização: 10/10/2013 |
Descrição:
CHAVES, Edilson Aparecido
Este trabalho tem como tema a música caipira/sertaneja nas aulas de História. Estes gêneros foram escolhidos em função de sua importância no âmbito da cultura brasileira, sendo considerados como relevantes para se compreender a relação passado/presente. Parte-se do pressuposto de que as letras das canções podem sem entendidas como elementos históricos contextualizados e de que é necessário discutir quais as formas mais adequadas de se incorporar a música nas aulas de História. A pesquisa de campo foi realizada em duas etapas. Na primeira, foram analisados os manuais didáticos desta disciplina aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático entre os anos de 2002 e 2005, com a finalidade de verificar se a música caipira/sertaneja está presente e também para identificar a forma como os autores propõem ou sugerem a sua utilização nas aulas. As análises apontaram para uma ausência da música caipira/sertaneja nos manuais didáticos pesquisados. A partir dessa constatação, estruturou-se uma segunda etapa, trabalho de campo desenvolvido em uma escola pública de Ensino Médio, com jovens da primeira série. Foram utilizados inicialmente dois questionários, com o objetivo de identificar aspectos sócio-econômicos-culturais dos alunos e das famílias, assim como a significância da música em suas vidas e a presença ou ausência da música caipira/sertaneja na cultura de origem. Após a aplicação dos questionários, foi desenvolvida uma atividade com uma música caipira, buscando compreender as relações que os alunos podem estabelecer com esse gênero, no ensino e aprendizado de conhecimentos históricos. Os resultados permitiram constatar que: a) os jovens participantes da investigação, na sua grande maioria, não consomem músicas do gênero caipira/sertanejo; b) esse gênero está presente no passado da maioria de suas famílias e que é consumido no espaço familiar de muitos alunos; c) mesmo não apreciando o gênero, os alunos mostraram-se disponíveis para o desenvolvimento de uma atividade escolar com a música caipira e, ao concluírem o trabalho, mostraram-se capazes de valorizar o gênero como parte da cultura brasileira e como possibilidade para aprender História. Em conclusão, defende- se a possibilidade de trabalho com a música caipira em sala de aula como forma de contribuir para o entendimento de vários temas históricos, como recurso para ler e compreender historicamente o passado e como forma de valorização e respeitar as diferentes culturas que compõem a cultura brasileira.
Palavras-chave: Ensino de História. Educação Histórica. Música Caipira.
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Categoria: História Dissertações |
História & Arquitetura escolar: os prédios escolares públicos de Curitiba (1943-1953)  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
CORREIA, Ana Paula Pupo
Nesta pesquisa foi possível trabalho dialogar com os trabalhos da história das instituições educacionais e investigar os principais debates e ações que desencadearam as políticas de construção dos edifícios destinados às escolas. Como ponto de partida privilegiou-se as concepções oriundas de uma gramática espacial destinada à construção de prédios públicos para a educação de Curitiba (1943-1953) e sua relação com os debates sobre as marcas deixadas pela cultura no ambiente escolar. Assim, foi realizado o levantamento de diversos projetos arquitetônicos implantados naquele período para entender como as construções foram planejadas, além de explicar as políticas de edificação de prédios escolares, quando da implantação do primeiro planejamento urbano de Curitiba (Plano Agache), em 1943, até as comemorações da emancipação política do Paraná, em 1953. Para a realização deste trabalho foram analisados os prédios escolares públicos, selecionados pelos seguintes critérios: data de fundação ou os edifícios que sofreram reformas e ampliações significantes. Na leitura e análise da arquitetura do prédio escolar, as fontes escolhidas foram as plantas arquitetônicas das escolas, bem como, os ofícios da administração municipal, os relatórios e mensagens dos governadores, as fotografias, jornais e periódicos da época. Quando da análise dos prédios escolares foi possível contextualizar o cenário histórico do período, além do levantamento dos discursos, ou no surto de modernização divulgado pelas autoridades paranaenses, identificando informações sobre o projeto educacional, no momento em que era celebrado o progresso na cidade. Privilegiou-se, ainda, a localização espacial das instituições e o vínculo com o planejamento urbano da cidade de Curitiba.
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Categoria: História Dissertações |
Tecnologia e educação: um estudo de caso de projeto digitando o futuro, da rede municipal de ensino  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
OLIVEIRA, Eliane Basilio de
O objetivo do presente trabalho é analisar a utilização da informática educativa em quatro escolas da Rede Municipal do Ensino de Curitiba, tendo como centro da pesquisa o projeto Digitando o Futuro, criado em 1998 pela Prefeitura Municipal de Curitiba em parceria com empresas do setor privado de informática. Utilizando como método de análise o materialismo histórico- dialético, fez-se a observação de vários temas relacionados ao uso da informática na educação: suas relações com o contexto histórico-político nacional e internacional e com as políticas educacionais influenciadas pelo neoliberalismo; os benefícios que as novas tecnologias proporcionam ao processo ensino-aprendizagem de professores e alunos na visão do professor; os interesses mercadológicos do projeto. Entre os métodos adotados para a realização do trabalho estão: pesquisas qualitativa e quantitativa, por meio de entrevistas com os vários segmentos envolvidos no Digitando o Futuro, e observação direta do desenvolvimento do projeto nas escolas. Para a realização do trabalho, dispôs-se de documentos oficiais do projeto, além de material veiculado na imprensa. Ao analisar o projeto, verificou-se que há uma secundarização de questões pedagógicas relevantes e a valorização de aspectos mercadológicos.
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Categoria: História Dissertações |
Palácio da instrução: representações sobre o Instituto de Educação do Paraná Prof. Erasmo Pilotto  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
IWAYA, Marilda
Esta pesquisa buscou resgatar parte da história do Instituto de Educação do Paraná Prof. Erasmo Pilotto. A escolha das décadas de 1940 e 1950 explica-se por ser este um período caracterizado por importantes mudanças pedagógicas no interior I.E.P.,as quais muito contribuíram no processo de construção das representações a respeito desta instituição de ensino, que marcou culturalmente e afetivamente várias gerações de professores do Estado do Paraná. Inicia-se com a análise e discussão a respeito da arquitetura escolar como integrante do discurso político de uma determinada época, buscando-se também a compreensão de seu caráter de linguagem pedagógica. Cada um dos espaços do prédio do Instituto é revisitado e tem suas funções e características explicadas. Em seguida, as análises centram-se nas alunas e nos professores e professoras do I.E.P. – de onde provinham, quem eram, que relações estabeleceram com o Instituto, que representações foram construídas a seu respeito. Por último são abordadas as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo I.E.P. no período em estudo. São apontadas e discutidas as influências das concepções pedagógicas, das grades curriculares, das normas internas e dos rituais escolares na formação da futura professora. Para esta investigação, de natureza histórica, foram buscados nos documentos oficiais e pessoais, nos relatos orais, nas fotografias, nos jornais e revistas e nas plantas arquitetônicas, subsídios que juntos, cada qual com sua especificidade pudessem contribuir para a compreensão da importância, trajetória e significado do Instituto de Educação do Paraná, na cidade de Curitiba das décadas de 1940 e 1950.
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Categoria: História Dissertações |
Uma história cultural da erva-mate: o alimento e suas representações  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
BOGUSZEWSKI, José Humberto
A presente dissertação trata, na perspectiva de uma história cultural da alimentação, das representações sociais e das consequentes práticas de construção de identidades engendradas pelo uso da erva-mate, como chimarrão e chá, tendo como fontes privilegiadas de pesquisa os rótulos que foram utilizados para identificar as embalagens de erva-mate do final do século XIX até as três primeiras décadas do século XX no Paraná. A erva-mate foi um alimento emblemático e a base da economia paranaense por mais de um século. Exportada para a Argentina, o Uruguai e o Chile, chegava a esses mercados embalada em barricas de madeira em cujas tampas eram colados rótulos redondos litografados que traziam o nome do fabricante, o nome do importador, a marca do produto, além de ilustrações. Alguns exemplares originais destes impressos podem ser encontrados ainda hoje em coleções particulares e no acervo de coleções públicas como a do Parque Histórico do Mate. Pretende- se com a pesquisa, além de resgatar esse patrimônio da cultura material paranaense, buscar na leitura destas fontes iconográficas novas perspectivas de entendimento da história do Paraná.
Palavras-chave: História do Paraná. História cultural. História da alimentação. Rótulos de erva-mate. Design gráfico paranaense. Identidade paranaense. Chimarrão. Chá mate.
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Categoria: História Dissertações |
A experiência da imigração de agricultores brasileiros no Paraguai (1970-2010)  |
Versão: PDF Atualização: 4/10/2013 |
Descrição:
FIORENTIN, Marta Izabel
A região Leste do Paraguai foi profundamente modificada após a chegada de agricultores brasileiros. Esse fenômeno social, que se iniciou nos anos 1970, foi marcado por um conjunto de fatores, envolvendo interesses dos governos do Brasil e do Paraguai. Neste contexto, evidenciaram-se a participação de empresas de colonização, a construção da Ponte da Amizade e da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a mecanização da agricultura na região oeste do Paraná e os interesses dos próprios agricultores em manterem seu modo de vida. Os principais fatores de atração foram: o baixo custo das terras, a fertilidade do solo e a proximidade com a região de origem, o oeste do Paraná. O objetivo principal deste estudo foi perceber as relações entre os agricultores imigrantes brasileiros e os paraguaios. As experiências destes sujeitos foram estudadas a partir de entrevistas orais. Registraram-se informações que demonstram o cotidiano dos primeiros tempos da imigração, com a formação de suas propriedades e dos núcleos de povoamento Curva da Lata (município de Katueté) e Gleba 11 (município de Mbaracayu), ressaltando o convívio sociocultural com a sociedade paraguaia. Os espaços estudados mostraram-se privilegiados para a análise das interações, adaptações, conflitos, ideologias e a pluralidade cultural como elemento de identidade e síntese. Percebeu-se, enfim, a possibilidade de construção de uma compreensão da atual dinâmica sociocultural paraguaio-brasileira, em que é possível perceber não somente a transformação do espaço no qual os brasileiros são os agentes da modernização da agricultura, com o crescimento da produção de soja no Paraguai, mas também as transformações no campo da cultura imaterial. Evidenciam-se no cotidiano, características da construção e reconstrução de identidades e alteridades, neste entrecruzamento de culturas. É uma história criada e recriada neste novo espaço de convivência.
Palavras-chave: Imigração. Cultural. Paraguai. Agricultores. Brasileiros. Experiências. Hibridismo.
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Categoria: História Dissertações |
As armas de outubro: militares e políticos no movimento belicista de 1930 no sul do Brasil  |
Versão: PDF Atualização: 11/10/2013 |
Descrição:
FRANCO, André Luiz dos Santos
O tema deste trabalho está focado em uma reflexão histórica acerca das relações de poder entre militares e políticos que conduziram o movimento belicista de 1930 no sul do Brasil, buscando diagnosticar as diferentes armas discursivas de legalidade e legitimidade manifestadas por esses atores sociais. Os objetivos estão calcados na investigação da comunidade de imaginação, cujo alcance ultrapassou os limites da cultura política vigente, bem como na abordagem de um novo viés cultural dessas relações de poder, desvendando o processo de utilização da manifestação bélica como alternativa à hegemonia política dos grupos dominantes daquele período. Na realidade, "As armas de outubro" enfoca o fim da Primeira República e o começo da desordem para alcançar a ordem. Neste sentido, procura-se inovar ao centrar a análise na observação da cultura bélica que circulou por caminhos formais e informais. Os textos produzidos pela imprensa periódica escrita nos diferentes níveis de poder, assim como os documentos confeccionados por instituições governamentais, permitem compreender como as percepções desse movimento armado estavam inseridas nos diversos discursos sobre a legitimidade da quebra da legalidade. Desta forma, diante da pluralidade de estudos historiográficos sobre esse evento, mostra-se um cenário teórico-metodológico que aborda a tensão existente entre as matrizes interpretativas das culturas militar e política na constituição de uma aliança de poder que veio a convergir em uma representação bélica comum, onde o imaginário legalista foi alterado, permeando todas as instâncias de poder sulinas. O olhar sobre o dramático palco, repleto de incertezas e tensões, no complicado jogo político-militar, permite reviver os trágicos acontecimentos que fizeram sibilar os projéteis das armas nos campos de batalha do sul. A análise das fontes primárias do período desvenda como o intercâmbio dos poderes político e militar alicerçou esse movimento belicista na região meridional brasileira.
Palavras-chave: Movimento belicista de 1930. Relações de poder entre militares e políticos. Comunidade de imaginação. História cultural. História militar.
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Categoria: História Dissertações |
"Ao Correr da Pena": história e representação dos Kaingang no jornal A Voz de Chapecó. 1939 – 1953  |
Versão: PDF Atualização: 2/10/2013 |
Descrição:
MACEDO, Márcio de
Na primeira metade do século XX, uma parte da região Sul do Brasil passou por um processo de intensa ocupação. Disputas territoriais entre Brasil e Argentina, e posteriormente entre Santa Catarina e Paraná, resultaram em políticas nacionais e estaduais de ocupação territorial do atual município de Chapecó. Uma grande leva de colonos foi deslocada do Rio Grande do Sul rumo à região que estava sendo ocupada. Aproveitando da situação, empresários riograndenses aderiram ao projeto da colonização, comprando extensas áreas de terra no oeste catarinense para venderem a colonos trazidos do estado vizinho. Com a ocupação das terras, índios que viviam na região passaram a enfrentar dificuldades, principalmente relacionadas à ocupação das áreas onde viviam. Com o povoamento, surgiram alguns municípios, como Chapecó. Nessa cidade, um grupo criou, no ano de 1939, o primeiro jornal da região. Nele, o tema "índios" recebeu especial atenção de Antonio Selistre de Campos, um dos fundadores do jornal e dos seus principais articulistas. Ao tratar da questão, ele construiu, por meio de seus escritos, determinadas representações dos índios que habitavam o município. Nota-se, em seus escritos, grande empenho em contribuir com a melhoria de vida dos índios. Ao mesmo tempo, seus artigos sobre os indígenas expressam também a defesa de um projeto político e partidário, que partilhava com um grupo específico do município e do Estado. As representações que este articulista construiu sobre os indígenas e a relação desta construção com sua atuação política são as principais questões investigadas nesta dissertação.
Palavras-chave: Índios. Jornal. Colonização. Representação. Política. Chapecó.
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