Categoria: História Dissertações |
O enredo do carnaval nos enredos da cidade: dinâmica territorial das escolas de samba de São Paulo  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
BELO, Vanir de L.
O carnaval das escolas de samba na cidade de São Paulo vem adquirindo um importante conteúdo social, político e econômico. Ao longo de seu desenvolvimento, passou por diversas transformações acompanhando o crescimento da cidade e adaptando-se aos novos conteúdos urbanos e a imposições políticas e técnicas. Todavia, ainda guarda um caráter genuíno atrelado à festa, característica de sua gênese. Diante disso, essa pesquisa se desenvolve a partir de uma periodização composta por três períodos definidos pelos eventos mais significativos observados ao longo da história dessa manifestação cultural. As variáveis- chave determinantes para a ruptura dos períodos são as normas e as políticas públicas realizadas com a finalidade de desenvolvê-las e, como conseqüência dessas ações, as divisões sociais e territoriais do trabalho criadas na produção dos desfiles carnavalescos em relação aos diferentes circuitos da economia urbana. O objetivo é compreender a dinâmica territorial das escolas de samba em São Paulo através da análise do processo de produção do carnaval que inclui a ação de diversos agentes na cidade, considerando a tendência à apropriação dessa manifestação popular pela indústria cultural. E analisar a forma como os membros das escolas de samba produzem cultura e fazem política, utilizando-se dos novos conteúdos técnicos que a cidade oferece, para se organizar e buscar formas de suprir suas necessidades.
Palavras-chave: Carnaval. Cidade. Cultura. Escolas de samba. São Paulo.
|
447 0 bytes PPGH - USP http://www.geografia.fflch.usp.br/posgraduacao/ |
Categoria: História Dissertações |
O Debate no campo do nacionalismo musical no Brasil dos anos 1940 e 1950: o compositor Guerra Peixe.  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
EGG, André A.
Este trabalho estuda as mudanças ocorridas no nacionalismo musical no Brasil dos anos 1940 e 1950. Procura demonstrar como, a partir do início dos anos 1940, o grupo Música Viva passou a propor um novo tipo de nacionalismo associado a técnicas de vanguarda, entrando em conflito com o grupo nacionalista que havia se consolidado nas décadas de 1920 e 1930, e que já havia se tornado dominante passando a contar com apoio oficial do governo Vargas. Este conflito agravou-se pela filiação político-partidária: os nacionalistas eram ligados ao Estado Novo e os jovens vanguardistas militavam no Partido Comunista. Formulado na URSS o realismo socialista tornou-se a doutrina estética oficial do movimento comunista, passando a ser aplicado no Brasil em 1948. Coincidindo com esta interferência política no meio musical, os compositores Cláudio Santoro, Guerra Peixe e Eunice Catunda decidiram abandonar o dodecafonismo, técnica de composição que caracterizava a vanguarda, e passaram a adotar um discurso de defesa do nacionalismo musical baseado no folclore. O trabalho estuda os textos dos protagonistas analisando as formulações estéticas e sua motivação político-ideológica. Analisa também a trajetória do compositor Guerra Peixe, e algumas de suas obras, procurando compreender sua relação com as questões culturais e históricas da época e como sua composição musical relacionou-se com elas.
Palavras-Chave: Guerra Peixe. Nacionalismo musical. Grupo Música Viva.
|
2747 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Dissertações |
O Crescente e a Estrela na terra dos pinheirais: os árabes muçulmanos em Curitiba (1945-1984)  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
NASSER FILHO, Omar
Este estudo trata da imigração árabe muçulmana para Curitiba entre os anos de 1945 e 1984. As balizas temporais que delimitam a presente dissertação marcam o período de quatro décadas em que a etnia afirma sua presença na cidade, a começar pelo crescimento do fluxo imigratório no pós-guerra, terminando com a inauguração daquele que pode ser considerado o mais recente marco institucional da comunidade, depois de construída a sede da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná e da Mesquita Imam Ali: o Cemitério Jardim de Allah. Buscamos compreender como seu deu o processo de inserção do grupo no território de recepção, atentando para as negociações que os imigrantes e seus descendentes fizeram ao longo desta trajetória em relação aos elementos identitários de ordem familiar, comunal e religiosa - considerados relevantes para o grupo em questão - bem como para as estratégias econômicas adotadas para sobreviver e acumular capital. Para tanto, traçamos um quadro da conjuntura sócio-econômica do Oriente Médio, do Brasil e de Curitiba à época da vinda destes imigrantes, procurando entender de que maneira estes fatores influenciaram o despertar do desejo imigratório entre os árabes muçulmanos e sua decisão de optar pelo país. Tentamos identificar, dentre os povos árabes muçulmanos, aquele (ou aqueles) que, em maior número, veio (vieram) ao Brasil. Procuramos demonstrar o impacto do momento da chegada e os primeiros olhares dos imigrantes sobre o país e a cidade, discutindo a importância que a existência de uma rede prévia de indivíduos pertencente ao mesmo grupo teve para suas primeiras sociabilidades. Para buscar as informações que dão suporte a nossas análises, além de consultar os documentos e registros da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, utilizamos como fonte – talvez a principal deste estudo – os depoimentos tomados dos imigrantes que chegaram à cidade no pós-guerra e seus descendentes, avaliando numa perspectiva inter-geracional a vivência da cultura árabe islâmica em Curitiba.
Palavras-chave: Imigração. Árabes muçulmanos. Valores culturais. Identidade.
|
3109 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Dissertações |
O corpo das ruas: A fotografia de Pierre Verger na construção da Bahia iorubá  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
AGUIAR, Josélia
Este estudo investiga a atuação do fotógrafo francês Pierre Verger (1902-1996) com o propósito de compreender a relação entre suas fotografias da Bahia e as tentativas de definir, por meados do século XX, uma identidade baiana. Vista muitas vezes como calcada na herança iorubá, mas quase sempre tratada quase como uma essência mística por escritores, músicos, artistas, cronistas e cientistas sociais, esta imagem foi mais tarde apropriada pela política, economia (incluído o turismo), mídia e indústria cultural. No entanto, a singularidade da Bahia revela-se, nas lentes de Verger, como concreta, territorialmente encarnada, expressando-se no corpo e na corporalidade dos próprios lugares, de herança africana sim, mas sem traços explícitos iorubá.
Palavras-chave: História cultural. Identidade baiana. Baianidade. Fotografia. Pierre Verger. Corpo. Corporalidade africana.
|
496 0 bytes PPGHS - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/hs |
Categoria: História Dissertações |
O conceito substantivo ditadura militar brasileira (1964-1984) na perspectiva de jovens brasileiro  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
CASTEX, Lilian Costa
Este estudo insere-se na área de pesquisa em ensino de História, mais especificamente no campo de investigações da Educação Histórica, e tem por objeto investigar como jovens alunos entendem os conceitos históricos, aqui denominados de conceitos substantivos (LEE, 2001). Neste trabalho, destaca-se o conceito substantivo Ditadura Militar Brasileira (1964-1984), presente no contexto da sociedade brasileira na segunda metade do século XX. A questão principal desta investigação é: até que ponto o processo de escolarização pode ser referência para os jovens nas relações que eles estabelecem com o conceito substantivo Ditadura Militar Brasileira? Constata-se a presença desse conceito substantivo na historiografia brasileira, com ideias de ação política e conjuntural e/ou a falta de compromisso com a democracia; na memória, com as ideias de vitimização, assim como, no caso em estudo, nas narrativas dos professores, dos jovens e dos manuais didáticos. A análise teórica, construída a partir das contribuições de Dubet e Martuccelli (1997), Lee (2001), Barca (2001), Schmidt e Garcia (2006) e Carretero et al. (2007), fundamenta-se na categoria da experiência dos sujeitos – os jovens – com o conhecimento. Tomando como referência o método de investigação qualitativa, o modo de investigação é o "estudo de caso", e o "caso em estudo" são duas escolas de ensino fundamental de 8º série – uma pública e uma particular – da cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. A investigação efetivou-se por meio de técnicas qualitativas: questionários e entrevistas, observação de aulas de História e pesquisa documental. As questões presentes nos instrumentos de investigação visavam ao conhecimento do pensamento dos jovens sobre o conceito substantivo, considerando-o na perspectiva da realidade social dos sujeitos investigados, bem como nas relações que estes fazem com a memória social. Os resultados indicam a importância das diferentes interpretações historiográficas para a formação do professor de História, bem como a relevância de se tomar os conhecimentos prévios dos jovens estudantes como referência para o ensino e aprendizagem dos conteúdos históricos, questões que vêm sendo difundidas e propostas pela área da Educação Histórica.
Palavras-chave: Educação Histórica. Conceito Histórico. Ditadura Militar. Ensino de História.
|
1149 0 bytes PPGE - UFPR http://www.ppge.ufpr.br/inicio.htm |
Categoria: História Dissertações |
O arquivo está "morto"? Legislação e memórias de arquivar em Escolas Municipais de Curitiba (1963-19  |
Versão: PDF Atualização: 1/6/2017 |
Descrição:
COLERE, Sibele O objetivo desta pesquisa foi a observação e investigação de práticas acerca da guarda e preservação dos arquivos ou documentos no cotidiano de escolas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba entre 1963 e 1993, bem como de respectiva legislação. A todo momento são produzidas documentações das mais variadas espécies no cotidiano escolar, mas estas são tratados como meros registros, esquecendo-se sobretudo daqueles mais antigos, e ainda sem se atentar para sua importância na história do estabelecimento e do próprio registro. Isto porque, muitas vezes, esses registros não são percebidos como documentos históricos pela Equipe Escolar. Pretende-se então identificar e problematizar quais foram as práticas desenvolvidas em escolas da rede municipal, observando-se a guarda e preservação desses documentos. Ao trazer as práticas como objeto teórico, em Michel de Certeau, busca-se encontrar os meios para “distinguir maneiras de fazer”, quais táticas se fizeram presentes nas normas e nos atos de guarda. Traçando o caminho da pesquisa, diversas especificidades orientaram sua construção: investigação das leis e decretos que estrategicamente normatizaram a conservação documental, particularmente quanto às escolas municipais e seus documentos; problematização de como ocorreu tal organização no espaço escolar; identificação dos indivíduos que se ocuparam desta tarefa com a discussão de uma possível cultura escolar, na concepção de Dominique Julia, no âmbito da administração, sobre a conservação e guarda desses acervos e/ou documentos. Da análise e atuação junto aos objetivos propostos nesta pesquisa, as fontes consultadas foram a legislação brasileira e a do Paraná, bem como portarias e normativas relativas a documentos escolares disponíveis no Arquivo Geral da Secretaria Municipal de Educação e nas próprias escolas. Também foram utilizados depoimentos orais de secretários que revelaram, por meio da memória, como sendo estes registros a “representação do mundo social”. Conforme Roger Chartier, certamente foram as experiências particulares que os motivaram à organização e à guarda de registros escolares administrativos, regulamentados ou não. Como principais resultados, depreende-se que houve a busca pela Rede Municipal em afirmar-se com normativas referentes aos documentos de escolas municipais, por vezes apontando normativas estaduais ou ainda criando os seus próprios mecanismos de conservação, com cursos ou manuais como estratégias de uma padronização da documentação e dos procedimentos a ela relacionados. De outro lado, observou-se a prática dos secretários escolares que, por meio de experiências particulares ou convivência com outros secretários, organizaram este espaço de forma específica, às vezes observando certas normativas, às vezes ambientando-se na sua rotina e no espaço da secretaria escolar.
Palavras-chave: Arquivos escolares. Práticas de arquivo. Cultura escolar. Memórias. Rede municipal de ensino de Curitiba.
|
415 0 bytes UFPR http://www.educacao.ufpr.br/portal/ |
Categoria: História Dissertações |
Nas tramas da separação: o caso do Estado do Iguaçu nas décadas de 1960 e 1990  |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
BURILLE, Celma F. de Souza
O objeto deste estudo é analisar o movimento separatista no Paraná nas décadas de 1960 e 1990, para a criação do Estado do Iguaçu, nas regiões que abrangiam o sudoeste e oeste do Paraná e o oeste de Santa Catarina, destacando a importância da participação dos sujeitos, não protagonistas diretos, de algumas cidades da região sudoeste. Para evidenciar as relações existentes entre as memórias dominantes ligadas aos movimentos e o conjunto da experiência social dos demais moradores, procurou-se identificar a participação popular no movimento. Um estudo a partir do olhar das pessoas que não se percebe nas produções existentes, os mais interessados, que teriam suas vidas transformadas com a vitória do movimento. Para isso, fez-se uma revisão bibliográfica que remonta ao período imperial brasileiro, onde se percebe a origem das ideias separatistas, a partir da vinda dos imigrantes europeus para o Sul do país. No sudoeste do Paraná, a presença predominante de imigrantes descendentes italianos e germânicos, que vieram do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, determinou a tentativa de criação de uma identidade hegemônica na região em torno desses dois grupos étnicos. Dessa tentativa, nasceu a ideia do movimento separatista, com o objetivo de criar um novo Estado na região entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, o Estado do Iguaçu. Para isso, analisaram-se documentos produzidos pelos atores principais dos acontecimentos, como fontes memorialísticas e jornalísticas, propondo uma discussão a partir de algumas memórias através de entrevistas, para contrapor essas diferenças. Os imigrantes acreditavam que, por ser maioria gaúcha e catarinense, se identificariam mais com seus Estados de origem, desenvolvendo nessa região uma cultura diferente das demais regiões do Estado e isso justificaria a separação dos estados do Paraná e Santa Catarina e a criação do Estado do Iguaçu. Porém, esse movimento, mesmo ocorrendo em dois momentos históricos diferentes – o primeiro na década de 1960 e o segundo no início da década de 1990 - não envolveu uma parcela significativa da população local, apesar da insatisfação e do sentimento de abandono em relação à região.
Palavras-chaves: Identidade. Memória. Separatismo.
|
897 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
|