Categoria: História Dissertações |
O plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessenta |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
MELO, Demian Bezerra de
Este trabalho discute as lutas políticas levadas a cabo pelo presidente João Goulart (1961-1964) e um amplo espectro de forças políticas pela liquidação do sistema parlamentarista. Este último foi instituído de forma casuística após a crise política provocada pela renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, e a tentativa dos ministros militares deste em impedir que o vice-Presidente, João Goulart, assumisse o Executivo federal. Na emenda constitucional que instituiu o parlamentarismo (o Ato Adicional), era prevista a realização de um plebiscito (ou referendum), em princípios de 1965, que decidiria pela continuidade ou não do novo sistema de governo. Desde sua posse, Goulart deixou clara sua intenção de antecipar o referendum e retornar o mais rápido possível ao sistema presidencialista. Para isto contou com a ajuda de lideranças políticas interessadas em concorrer às eleições presidenciais em 1965, como Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, forças políticas da esquerda, como comunistas e trabalhistas – que dirigiam importantes entidades do movimento sindical e popular – além de militares nacionalistas e alguns setores da imprensa. Em 15 de setembro de 1962, tais forças políticas conseguiram que o Congresso aprovasse a antecipação da consulta popular para o dia 6 de janeiro de 1963, quando o parlamentarismo foi rejeitado pela maior parte dos eleitores, numa proporção de cinco a cada seis.
Palavras-chave: João Goulart. Parlamentarismo. Eleições. Prebiscito.
|
666 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Dissertações |
Aula de História: uma perspectiva colaborativa na produção de conhecimento no ensino médio |
Versão: PDF Atualização: 11/10/2013 |
Descrição:
SCARRANARO, Márcia Maria.
Esta pesquisa tem como objetivo compreender criticamente a atividade de ensino-aprendizagem de História em uma escola da rede oficial estadual de ensino, e sua relação com a formação de alunos cidadãos. O foco está na compreensão e análise crítica do papel do professor na criação de lócus para o compartilhamento de significados, de forma a possibilitar a participação dos alunos em lugar de apenas enfocar a transmissão de um conhecimento como um fim em si mesmo. Foi realizada em uma escola pública na cidade de Mauá-SP, com alunos do terceiro ano do ensino médio noturno. As questões de ensino-aprendizagem de História são discutidas com base em Bittencourt (1988/1990, 1997/2006), Fonseca (2003, 2004, 2007/2009) e Kuenzer (2004) que apontam a ênfase em aulas expositivas como um problema que contribui para que o aluno assuma uma postura passiva na aula de História e na vida. O ensino-aprendizagem é entendido como uma atividade-sócio-histórica, culturalmente situada, ressaltando o papel da linguagem na interação social na produção do conhecimento. O arcabouço teórico está fundamentado na TASHC - Teoria da Atividade Sócio Histórico Cultural, de acordo com a teoria de Vygotsky (1925/2004, 1930/2004, 1930a/1991, 1934/2001), Leontiev (1978) e Engeström (1987, 1999,2001) A metodologia adotada é a Pesquisa Crítica de Colaboração, conforme discutida por Magalhães (1994/2007, 1998b/2007, 2003/2007, 2004, 2009p) é uma pesquisa de intervenção focada na compreensão do contexto e na produção colaborativa de ações que objetivam a coesão do grupo, convivência harmoniosa e o empoderamento dos participantes. Os resultados encontrados revelaram que a mudança na ação mediadora em função das necessidades dos participantes propiciou o desenvolvimento do pensamento reflexivo crítico (SMYTH,1992), e de atitudes colaborativas revelando transformações na maneira como os participantes percebem, agem e compreendem a realidade objetiva, impulsionando o exercício da postura cidadã menos ingênua mais participativa e crítica.
Palavras-Chave: História. Ensino-aprendizagem. Linguagem. Teoria da Atividade.
|
686 0 bytes LAEL - PUC/SP http://www.pucsp.br/pos-graduacao/mestrado-e-doutorado/linguistica-aplicada-e-estudos-da-linguagem |
Categoria: História Dissertações |
Mudanças culturais no meio artístico de Curitiba entre as décadas de 1960 e 1990 |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
GASSEN, Lilian H.
Neste trabalho, discutimos algumas mudanças culturais no meio artístico curitibano relacionadas a duas maneiras diferentes de se entender a arte – como pintura e como objeto – entre as décadas de 1960 e 1990. A partir disso, procuramos saber quem eram os indivíduos relacionados a cada um desses entendimentos de arte e como isso interferia na produção artística, nas instituições da arte, na comercialização e no público das artes plásticas. Para isso, em nossa abordagem, tratamos a obra de arte como um objeto cultural que permite analisar o percurso da obra na sociedade, desde sua criação, passando por sua exposição, até sua comercialização, de modo a possibilitar também observarmos os agentes relacionados a cada um desses momentos do percurso da obra e suas transformações ao longo de quatro décadas em Curitiba.
Palavras-chave: Meio artístico. Mudanças culturais. Concepções de arte.
|
698 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Dissertações |
Dos Sertões Desconhecidos às Cidades Corrompidas: um estudo sobre a obra de João de Minas 1929-1936 |
Versão: PDF Atualização: 14/10/2013 |
Descrição:
ALMEIDA, Leandro Antonio de
O objetivo desta dissertação é entender as modificações temáticas ocorridas na obra literária de João de Minas (pseudônimo do jornalista Ariosto Palombo, 1896-1984), autor de 12 livros entre 1929 e 1936. O principal caminho utilizado é a analise temática de suas narrativas, buscando-se como o escritor configura o "mundo da obra" literária, revelador das escolhas e temas significativos para o escritor no período estudado. Diversas mudanças temáticas em sua literatura estão relacionadas ao impacto exercido na vida do autor pelo movimento de outubro de 1930. Em função de seus antigos vínculos com o Partido Republicano Paulista, o evento gerou em João de Minas um sentimento de deslocamento social, que o levou, de 34 em diante, a tratar de forma mais crítica da história, da sociedade e da política de seu tempo. Tal percepção reverberou no seu fazer literário: deixou de se preocupar com uma a realidade distante e desconhecida do sertão ou de defender o regime oligárquico vigente até 1930, mas passou a refletir distanciada e ironicamente sobre as mazelas e convenções da vida urbana. Descolado do PRP, João de Minas se sentiu livre para representar o que via como o obsceno da vida política e da vida social das grandes cidades.
Palavras-chave: João de Minas. Ariosto Palombo. Revolução de 30. Literatura brasileira.
|
700 0 bytes PPGHS - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/hs |
Categoria: História Dissertações |
Escolarização da infância catarinense: a normatização do ensino público primário (1910-1935) |
Versão: PDF Atualização: 14/10/2013 |
Descrição:
HOELLER, Solange A. de Oliveira
Este estudo, de cunho historiográfico, insere-se no campo da história da educação, mais especificamente na história da escolarização da infância nas escolas públicas isoladas e nos grupos escolares, em Santa Catarina, entre os anos de 1910 e 1935. O objetivo central da pesquisa consiste em perceber, a partir das fontes eleitas, as proposições educativas e argumentações presentes que determinavam a necessidade de escolarização da infância catarinense e os modos de efetivação – a normatização e os arranjos – de tal intenção. A hipótese que sustenta esta pesquisa é a de que a necessidade de se escolarizar a infância catarinense (1910-1935), demandou uma (re)configuração de uma forma e cultura escolares, por meio das normatizações específicas para as escolas primárias públicas, na intenção de atender as demandas impostas pela própria república, dentre elas a de produzir sujeitos civilizados que colaborassem com o progresso e regeneração do Estado e, daí, da Nação brasileira. Nessa perspectiva, pressupõe-se, por meio da realidade particular do Estado de Santa Catarina, que a escolarização da infância representou um elemento fundante para o projeto de civilização e nacionalização do ensino no Brasil republicano. Assim, procura-se responder às seguintes questões: como a infância e a necessidade de sua escolarização eram percebidas, explicadas ou compreendidas pelas proposições educacionais (o que prescrevia a legislação, reformas e/ou reformulações educativas, etc); como essas proposições e as apropriações feitas demandaram lugares, tempos, pessoas, ações e saberes específicos para a escolarização da infância; quais eram as modalidades de escolas primárias destinadas à infância – com destaque para as escolas isoladas públicas e grupos escolares; como estavam organizadas essas escolas e que infância(s) foi destinada a elas; que elementos materiais e simbólicos contribuíram para a (re)configuração do ensino primário público catarinense entre 1910 e 1935; como compreender a multiplicidade e a homogeneização da infância nessa configuração? As fontes tomadas para a pesquisa consistem nos Regulamentos da Instrução Pública de 1911 e 1914; documentos que revelam a reforma do ensino catarinense de 1935; aspectos da legislação pertinente; mensagens de presidentes, governadores, interventores federais do Estado de Santa Catarina; relatórios de secretários do interior e justiça; regimentos internos dos grupos escolares; programas de ensino da escola normal, grupos escolares e escolas isoladas; relatórios de inspetores e diretores de grupos escolares e escolas isoladas; textos de revistas, congressos e outros eventos pensados para profissionais da educação ou que evidenciam a preocupação com a escolarização da criança/infância; fontes iconográficas, referentes ao período e ao objeto. O início da periodização indicada na pesquisa deriva do ano de 1910, quando Vidal José de Oliveira Ramos empreende a chamada primeira grande reforma da instrução pública, no período republicano. A demarcação final está em 1935, ano em que ocorre chamada nova reforma da educação popular, articulada por Aristiliano Laureano Ramos. As referências teóricas permeiam os estudos da história cultural.
Palavras-chave: História da infância. Ensino primário. Grupos escolares. Escolas isoladas. Santa Catarina.
|
720 0 bytes PPGE - UFPR http://www.ppge.ufpr.br/inicio.htm |
|