Resumo: o trabalho analisa a produção social de dois "assentamentos de reforma agrária": um no Estado do Rio Grande do Sul e outro no Estado de Goiás. O autor inventaria a rede discursiva e as práticas sociais que constróem determinadas visibilidades e dizibilidades sobre os agricultores assentados e sobre os assentamentos, investigando esses discursos como instrumentos estratégicos nas relações de poder que perpassam esses espaços. Considerando os "assentamentos" enquanto atravessados por relações de poder e de luta, o trabalho investiga, particularmente, a ação de três instâncias sociais (o Estado, o MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - e a CPT - Comissão Pastoral da Terra) que agenciam politicamente esses espaços, trabalhando no sentido de enquadrá-Ios sob específicas formas de organização e estruturação e modelando determinados modos de pensar, agir e sentir dos homens e mulheres que ali vivem.
Palavras-chave: Movimento dos sem-terra. Reforma agrária. Assentamentos humanos.