Neste trabalho objetiva-se discutir sobre o processo de socialização por meio do qual as instituições religiosas inculcam determinadas verdades. Especificamente, refere-se à Igreja Católica no Brasil e de seus procedimentos estratégicos no campo educacional, no período republicano. Os porta-vozes dessa instituição fazem acreditar em modos de pensamento preestabelecidos que devem ser incorporados. Obviamente, esse processo é dinâmico, e, em meio a conflitos e resistências, indivíduo e instituição interagem influenciando-se mutuamente. Metodologicamente, para demonstrar como os sujeitos do campo religioso constroem trajetórias de ação institucional no campo educacional, de modo a não se perceber as fronteiras entre um campo e outro, este trabalho foi dividido em duas partes. A primeira parte aborda os aspectos teóricos e contextuais da Igreja Católica. A segunda exemplifica como os padres da Ordem Franciscana assumiram o processo de socialização institucional ao incorporarem um conjunto de valores em prol e pelo monopólio da educação escolar.