Ao longo da história a lepra e leproso foram objetos de estigmatização e isolamento. No Brasil, não foi diferente. O modelo de tratamento para a doença foi fundamentado na exclusão do enfermo e no seu confinamento em instituições asilares. Inicialmente, a maioria destas instituições era mantida por ordens religiosas católicas que se dedicavam a cuidar dos leprosos em nome da boa caridade cristã. Porém, a partir do final do século XIX, o cuidado com os leprosos passou a ser responsabilidade exclusiva do poder público que passou a confinar os leprosos, muitas vezes de forma compulsória, em asilos-colônia, isto tudo feito em nome da saúde pública e da boa ordem social. Nesta artigo pretendo analisar ações e formas de intervenção desenvolvidas pela igreja católica direcionadas aos leprosos no Brasil. Pretendo identificar as instituições direcionadas aos leprosos mantidas por religiosos e ordens religiosas, bem como seu destino após a estatização do tratamento da lepra e dos cuidados com os leprosos.
Palavras-chave: Lepra. Igreja Católica. Isolamento.