O artigo apresenta os resultados de um estudo comparando da conversão ao Islã na Alemanha e nos EUA. Enquanto a adoção formal ao islã freqüentemente ocorre no contexto de casamentos com imigrantes muçulmanos, este estudo focaliza os verdadeiros conversos, para os quais a conversão tem a função de lidar com uma crise biográfica. A autora amostra que a adoção ao Islã nestes casos refere-se a problemas individuais e coletivos de pertença e discriminação, reconhecimento e estigmatização. O Islã é assumido para articular experiências de crise e para transformá-las simbolicamente. Como religião "estrangeira" dentro de outras sociedades, o Islã funciona como um princípio de contraste. A conversão a esta religião é usada para simbolizar a máxima distância dentro da própria sociedade, porém sem abandoná-la. "Implementação da honra", "modificação do modo de vida" e "emigração simbólica / batalha simbólica" são três tipos que foram reconstruídos a partir do material empírico.