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Categoria: Sociologia Dissertações
Fazer Download agora!A participação nos lucros e resultados na indústria automobilística do Paraná : um sistema de trocas Popular Versão: pdf
Atualização:  16/8/2013
Descrição:
KAFROUNI, Maria Angelica Sant'Anna

Esta pesquisa tem por finalidade analisar o sistema de remuneração adotado pelas formas flexíveis de acumulação de capital, como contrapartida ao trabalho executado sob a égide dos novos modelos de gestão. Com a reestruturação produtiva, a fábrica tornou-se enxuta, no sentido de produzir com um menor número de trabalhadores, além de reduzir os níveis hierárquicos e descentralizar o processo decisório. Introduziu a flexibilidade na concepção do seu projeto produtivo, organizado para uma demanda variável, própria do mercado globalizado sujeito a instabilidades e flutuações. Esse modo de produção solicita do trabalhador, além da sua disponibilidade física, a sua dimensão subjetiva. Como essa é uma relação de troca capitalista em que o trabalho tem uma contrapartida monetária, o salário, a alteração no modo de trabalhar impõe a necessidade de remodelar a remuneração. Demonstrar e compreender como se dá o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vinculado ao alcance de metas de produtividade e qualidade, nas empresas automobilísticas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é o problema central deste estudo. É um pagamento extra que acena para o trabalhador como algo desejável e necessário para suprir suas necessidades, em um contexto nacional de política salarial descomprometida com a reprodução do trabalhador. A partir desse atrativo oferecido, a exigência posta sobre o trabalhador é ampliada tendo como objetivo atingir as metas propostas pela empresa. A análise evidencia uma intensificação da exploração do trabalho pelo capital, invadindo os limites do conceito de força de trabalho como mercadoria, elaborado por Marx. Os novos modelos de gestão da era flexível apropriam-se da subjetividade do trabalhador. Há um substancial aumento do ritmo de trabalho, polivalência e absorção de atividades de controle e supervisão. O trabalhador do setor automobilístico sai do papel tradicional de vendedor de sua força de trabalho para pensar e agir como se fosse ele, o capitalista.

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