Esta dissertação investiga em que sentido Wittgenstein considera que a ética é "transcendental" no Tractatus, conforme o aforismo 6.421. Para tal, realizamos neste trabalho um estudo da teoria figurativa da proposição no Tractatus, com ênfase na distinção entre o dizível e o indizível, seguido de um exame da noção de "sujeito metafísico" como aquilo que possibilita que as proposições da linguagem adquiram seu sentido pela projeção dos elementos da linguagem no mundo. Por fim, a partir da noção de "limites" do mundo e da linguagem, investigamos diversas interpretações da natureza desses limites e procuramos apresentar a unidade entre ética e lógica no Tractatus por meio de uma consideração da influência de Weininger, no pensamento de Wittgenstein.
Palavras-chave: Ética. Lógica. Filosofia austríaca.