Este trabalho procura assinalar traços da filosofia de Francis Bacon na Enciclopédia francesa do século XVIII. Estes traços se manifestam nas teses que defendem o intercurso entre avanço técnico e progresso do conhecimento, e o ideal de ciência como conquista indefinida que escapa ao gênio individual, e sobrevive como patrimônio comum da humanidade. Compreensivamente, mostra que o utilitarismo de Francis Bacon e dos enciclopedistas na verdade se fundamenta na ideia capital de que a existência produz-se mediante engenho.