Objetiva-se analisar/discutir a cultura da violência através da peça teatral Ricardo III (1592/3), de William Shakespeare e das adaptações fílmicas do texto shakespeariano dirigidas por Laurence Olivier (1955) e Richard Loncraine (1995). A análise baseia-se na teoria recepcional de Wolfgang Iser e fundamenta-se na crítica sobre a violência de Hanna Arendt e Jan Kott que nos levam a perceber a influência do grande mecanismo da história. O antropólogo René Girard nos revela o mecanismo do bode expiatório, uma alternativa ímpar para restaurar a ordem social, sendo assim um mediador da violência. No filme de Laurence Olivier serão analisado o arquétipo da sombra e a natureza violenta de Ricardo, cujo embasamento teórico ficará por conta das teorias de Carl Jung e seus seguidores. No filme de Loncraine será comentada a tradução cultural para a década de 1930, com referência a Hitler e, em seguida, a análise de Ricardo e, a influência do feminino.