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Fazer Download agora!A(s) violência(s) na literatura infantojuvenil brasileira: uma análise a partir do PNBE 2013 Popular Versão: PDF
Atualização:  15/2/2017
Descrição:
SOUZA, Elaine Leonarczyk


A pesquisa apresentada nesta dissertação teve como objetivo analisar como as violências são representadas em narrativas infantojuvenis brasileiras selecionadas pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola –PNBE/2013, a partir de um corpus de doze narrativas, a saber: Um sonho no caroço do abacate (2002), do escritor Moacyr Scliar; Quarto de despejo: diário de uma favelada (2013), de Carolina Maria de Jesus; Ordem, sem lugar, sem rir, sem falar (2013), de Leusa Araujo; Sangue Fresco (2011), de João Carlos Marinho; O golem do Bom Retiro (2011), do escritor Mario Teixeira; Antes que o mundo acabe (2012), de Marcelo Carneiro da Cunha; O livreiro do alemão (2011), de Otavio Junior; Um na estrada (2011) e O outro passo da dança (2011) do escritor Caio Riter; A primeira vez que eu vi meu pai (2012), de Márcia Leite; A distância das coisas (2012), de Flávio Carneiro; O Homão e o menininho –Histórias de filhos e de pais (2010), de Luís Pimentel. A metodologia de pesquisa teve um caráter descritivo, na medida em que objetivou descrever de que modo se poderia observar o tema da violência representado nas narrativas a partir do estudo de seus vários elementos constitutivos, tais como a construção das personagens, da focalização, do tempo e da linguagem. A fundamentação teórica teve base nos estudos de autores como Nilo Odalia (1983), Angel Pino (2007), Irme Salete Bonamigo (2008), Ana Maria Borges de Sousa (2002, 2010), Michel Maffesoli (1987), Regina Dalcastagnè (2008, 2012), entre outros autores que tematizam a questão da violência. As análises permitiram observar que a focalização ocorre de fora do espaço de exclusão, de modo que tal focalização não permite um conhecimento mais aprofundado da realidade representada. A linguagem, na maioria das narrativas analisadas, retrata o universo e o interesse do jovem de classe média, sendo que os livros, de modo geral, apresentam espaços de exclusão bem delimitados para alguns personagens femininos, pobres, negros e pueris.O homem branco e de classe média tem maior mobilidade pelo espaço urbano na maioria das narrativas.Não há protagonismo do jovem negro e pobre destinado para vencer. Sendo assim, a questão da violência está estritamente relacionada ao aspecto da representação desses personagens e espaços, uma vez que as representações de espaço não corroboram uma construção mais plural da realidade e da diversidade, pois, em muitos momentos, são estereotipadas, negando, desta forma, ao leitor, uma perspectiva mais rica e verossimilhante da vida e da sociedade. Observa-se, portanto, que a violência acontece não apenas no plano do mundo representado, mas, também, no modo de construção do próprio discurso literário.

Palavras-chave: Literatura infantojuvenil. Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Violência(s).

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