A discussão que este artigo realiza gira em torno da temática religião e como esta se relaciona com o fato político em uma produção cultural que possui uma dimensão espacial. Ou seja, pretendemos demonstrar por meio deste trabalho como política e religião se articulam para a produção de um espaço de representação repleto de símbolos e significados que reatualizam a história e demarcam o território. Nosso estudo de caso refere-se à criação do Estado do Tocantins e a articulação entre política e religião realizada por atores sociais, a fim de construir um espaço de representação tocantinense.
Palavras-chave: Estado do Tocantins. Espaço de Representação. Nova Geografia Cultural.
A Geografia da Religião se desenvolve junto com a nova Geografia Cultural no Brasil a partir da década de 1990. Os estudos das relações entre religião e espaço possuem várias abordagens, alguns trabalhos são focados na estrutura espacial da religião, enquanto outros buscam a análise da percepção espacial e do espaço de ação do Homem religioso. Com base na filosofia das formas simbólicas de Ernst Cassirer, parte-se do pressuposto de que a espacialização do fenômeno religioso é extensão da ação intuitiva do Homem através do sentimento e do pensamento religioso. Dessa forma, um procedimento teórico fecundo para o estudo do fenômeno deve partir da análise do espaço intuitivo do sentir, conceber e agir do Homem religioso. Para exemplificar essa abordagem da espacialização do fenômeno religioso, analisar-se-á o caso da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Palavras-chave: Religião. Geografia. Formas simbólicas. espacialização
O Fundamentalismo religioso está presente no Brasil em sua forma protestante. Uma das características do Fundamentalismo é a organização de um sistema educacional próprio. A maior rede educacional fundamentalista protestante no Brasil é mantida pela Igreja Adventista. A pesquisa consistiu em examinar as publicações referentes à educação adventista. A análise do material demonstrou objetivo central da educação: a conversão religiosa dos alunos. As práticas curriculares têm os conteúdos ajustados à concepção religiosa da Igreja mantenedora, em uma proposta denominada integração fé-ensino, na qual os conteúdos - em especial de Ciências Naturais e Humanas - são reelaborados a partir da doutrina adventista. Além disso, percebe-se uma clara rejeição das ideias ou propostas de ensino que são identificadas como humanismo secular ou pós-modernismo. É possível concluir que a proposta educacional fundamentalista passa ao aluno uma visão unilateral e está em conflito com os objetivos da educação que pretende desenvolver uma visão pluralista do mundo.
Após definir o que é Psicologia da Religião, o autor assinala que esta disciplina pode ser estudada a partir de várias perspectivas, mas desde uma perspectiva que permita distinguir suas características propriamente psicológicas. A Psicologia Cultural oferece exatamente essa possibilidade. Embora possam ser identificados vários tipos de Psicologia Cultural, o desafio contemporâneo para a Psicologia da Religião é o emprego daquelas aproximações que permitem a conceituação e investigação das relações entre religião como fenômeno cultural e o funcionamento psíquico. Este artigo passa em revista algumas teorias antigas da Psicologia compatíveis com o insight da Psicologia Cultural, para discutir, em seguida, algumas aproximações mais promissoras e comentar outras que estudam a Religião por meio da Psicologia.
Palavras-chave: Psicologia da Religião. Psicologia cultural da religião. Religião e cultura.
O artigo pretende introduzir o leitor à Psicologia Cultural da Religião, tomando por base o desenvolvimento histórico dessa abordagem psicológica na Holanda da primeira metade do século XX até nossos dias. O artigo conecta a Psicologia Cultural da Religião à teoria do self dialógico (dialogical self), assim como o concebem os psicólogos H. J. M Hermans e H. J. G. Kempen, partindo de autores que têm sua origem no pragmatismo, no construcionismo e nas chamadas teorias narrativas. A preocupação central do autor é a de deixar clara a importância da dimensão cultural para a Psicologia da Religião. Neste sentido, ele propõe uma Psicologia Cultural da Religião e mostra como ela vem sendo elaborada na Holanda a partir de impulsos nascidos na Universidade de Nimega.
Palavras-chave: Religião e cultura. Psicologia cultural. História da Psicologia Cultural.
A partir da constatação de que o termo “espiritualidade” ainda não tem uma conotação psicológica tão clara quanto seria desejável, o texto debate, com fundamentação na Psicologia da Personalidade, na Psicologia do Desenvolvimento e na Psicologia da Religião, o que se pode entender por ‘espiritualidade’ em Psicologia e como esse conceito se diferencia do conceito de “religiosidade”. Além disso, faz-se algumas considerações sobre como essa conceituação pode auxiliar o psicoterapeuta em seu trabalho clínico.
Palavras-chave: Espiritualidade. Religiosidade. Psicologia da Religião. Gestalt-terapia.