Categoria: Ensino Religioso Artigos |
A Ressocialização da Fé: A estigmatização das religiões afro-brasileiras no sistema penal carioca |
Versão: pdf Atualização: 27/4/2012 |
Descrição:
CASTRO E SILVA, Anderson Moraes de
Este artigo foi elaborado a partir dos dados que foram colhidos por mim no Instituto Presídio Hélio Gomes, no primeiro semestre de 2005. Naquele momento, eu utilizava a metodologia de pesquisa intitulada de “observação participante” para, junto aos agentes penitenciários lotados nas Turmas de Guardas, observar o modo como o uso extrajudicial da força física permeava a interação entre custodiadores e custodiados (Castro e Silva, 2006). A questão religiosa, embora cortasse transversalmente distintos aspectos da vida intramuros, não fora contemplada na construção do texto final daquela pesquisa. Entretanto, posteriormente, ao rever os dados anotados no diário de campo de forma mais acurada, algumas questões me intricaram. São essas inquietações, articuladas com a previsão constitucional de liberdade de culto e ao processo de estigmatização intramuros das religiões afro-brasileiras, que pretendo explorar aqui. Antes, porém, é conveniente que consideremos alguns aspectos específicos da assistência religiosa nas prisões.
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Categoria: Ensino Religioso Artigos |
Oduduwa Templo dos Orixás: Território de entrelaçamento de religiões brasileiras de matriz africana |
Versão: pdf Atualização: 27/4/2012 |
Descrição:
RIBEIRO, Ronilda Iyakemi
No Brasil, país da diáspora africana em que, por razões históricas, não foram cultivadas famílias de babalaôs, observa-se nas duas últimas décadas, um movimento de introdução aos conhecimentos de Ifá-Orunmilá, que tem como principais atores babalaôs da Nigéria e de Cuba. Babalaôs nigerianos, trazidos regularmente ao Brasil, por iniciativa do Babalorixá King (Sikiru King Salami), vêm desenvolvendo no interior do Oduduwa Templo dos Orixás, em Mongaguá, litoral de SP, um trabalho de fortes implicações religiosas e educacionais. O fenômeno religioso que tem lugar nesse espaço sagrado apresenta a peculiaridade de reunir praticantes de diversas religiões de matriz africana, que para lá se dirigem em busca de conhecimentos da Religião Tradicional Iorubá. Nos dias dedicados aos rituais, líderes de praticantes de diversas expressões da religiosidade africana, entre os quais Umbanda e Candomblé, advindos de outros municípios, de outros estados brasileiros e de outros países, chegam ao local acompanhados de seus "filhos-de-santo”. Ali reunidos compartilham informações sobre diversos temas relativos a suas práticas religiosas e mágicas e buscam conhecimentos teológicos e litúrgicos próprios da matriz iorubá. Os principais tópicos aqui abordados são os seguintes: Ifá-Orunmilá, a divindade oracular; importância dos babalaôs na organização religiosa iorubá; presença de Ifá-Orunmilá na diáspora africana no Brasil e Cuba e particularidades do fenômeno social que ocorre no Oduduwa Templo dos Orixás e suas implicações educacionais e religiosas.
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Categoria: Ensino Religioso Artigos |
A barquinha e suas interfaces - cartografia das influências e mutações religiosas |
Versão: pdf Atualização: 27/4/2012 |
Descrição:
SOUZA, Mônica Dias de
Este trabalho tem por objetivo investigar a composição religiosa da barquinha, fundada na década de 1940 no Acre. Ela é fundada por Daniel Pereira de Mattos, originário do Maranhão. Sua liturgia é orientada pela crença na comunicação com o mundo dos mortos intermediada por um panteão de entidades cristãs, como santos, Jesus Cristo e a Virgem Maria; também por encantos, pretos-velhos e caboclos. O uso da ayahuasca bebida tradicionalmente utilizada por diferentes tribos indígenas amazônicas, denominada pelo grupo como “Daime”, é também veículo de comunicação metafísica. O interesse é compreender os arranjos religiosos historicamente instituídos pelo grupo ao longo de sua trajetória que resultou em divisões e recriações de novos paradigmas doutrinários. Aqui a reflexão baseia-se, principalmente, no grupo fundado por Francisca Gabriel, que participou do grupo original fundado por Daniel durante 34 anos e fundou seu próprio grupo em 1996. A escolha 2 reflete, sobretudo, o interesse em observar a nuance religiosa umbandista que determina em parte a ruptura com o grupo de origem e institui sua distinção.
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