Categoria: Ensino Religioso Artigos |
Ser sem religião: o afloramento de uma nova concepção de religiosidade |
Versão: pdf Atualização: 27/4/2012 |
Descrição:
RODRIGUES, Denise dos Santos
Este trabalho tem como objetivo apresentar variações da categoria censitária dos sem religião, que vem se destacando nos recenseamentos, pelo ritmo acelerado de crescimento, desde a década dos 60. Trata-se da apresentação dos resultados de entrevistas recentes com habitantes do Estado do Rio de Janeiro que se declaravam sem religião. Seus discursos indicavam que, embora estivessem todos agregados em um só grupo residual, não integravam, de fato, uma categoria homogênea formada exclusivamente por ateus ou agnósticos, mas um grupo variado. Se, de um lado, alguns indivíduos não se identificavam com religiões e igrejas institucionalizadas, de outro nem sempre se afastavam do transcendente que muitas vezes. ressignificam, expressando uma religiosidade muito particular. Diante dessa constatação, a evolução dos sem religião, indivíduos com características e cosmovisões distintas, pode ser interpretada a partir de duas chaves: a da secularização das mentalidades individuais e a do afloramento de uma nova concepção de religiosidade, o que nos leva a repensar a relação desse indivíduo com o sagrado como reflexo das transformações da contemporaneidade.
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Categoria: Ensino Religioso Artigos |
Considerações Acerca da Escatologia Contemporânea Segundo o Fundamentalismo Cristão - Movimento dos |
Versão: pdf Atualização: 27/4/2012 |
Descrição:
SANTOS, Marcelo Silva dos
O conceito escatológico está presente tanto no imaginário leigo cristão quanto na estruturação teológica desde os primórdios originários desta religião e pode ser retrocedido à construção dos fundamentos da religião judaica. Entretanto, a partir do século XIX e primordialmente no século XX, a escatologia tomou certa forma secular. Esta secularização da escatologia é também produto de efeitos contraditórios, pois, como em primeiro momento os frutos humanísticos advindos da ilustração, do positivismo, da filosofia de Nietzsche e Sartre, entre outros, são percebidos sob a forma de distanciamento dos preceitos e preconceitos religiosos e seus efeitos práticos são claramente percebidos no cotidiano destes últimos séculos. O sentimento religioso, por sua vez, revestido de aparatos teóricos científicos e humanísticos, em nenhum momento perdeu sua penetração no seio da sociedade, proporcionando alento diante dos paradigmas impostos especialmente pelas estruturas capitalistas ocidentais. A intercessão entre estes opostos produzem nos grupos sociais (através de tradições, conceitos, sentimentos coletivos) percepções religiosas encapsuladas sob a forma de senso comum. Sendo assim, a escatologia contemporânea é um misto de sentimentos puramente religiosos que são percebidos de forma consciente, como também sentimento secular inconsciente que aflora diante da perplexidade dos fatos do cotidiano e da fragilidade humana. Esta contradição humana reveste-se de caráter dialético, se de fato percebermos que “na crença e na prática religiosa, o ethos de um grupo torna-se intelectualmente razoável porque demonstra representar um tipo de vida idealmente adaptado ao estado de coisas atual que a visão de mundo descreve”. Portanto, os conceitos religiosos, ainda que só estes, sem a necessidade de engajamento, são alicerces sociais que permeiam as mentalidades, ainda que não necessariamente produzam efetivamente partidários dos sistemas de religião.
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