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22/01/2015

Professora apresenta trabalho em congresso internacional

Assessoria de Comunicação/Seed

Formação e escolarização de trabalhadores no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja): sentidos atribuídos por alunos egressos. Esse é o título do trabalho que a professora Céuli Mariano Jorge apresentará no 21º Colóquio Diversidade e Complexidade da Avaliação em Educação e Formação – Contributos da Investigação, que acontecerá de 29 a 31 deste mês em Lisboa, Portugal.

O tema é resultado da pesquisa feita no curso de doutorado em Educação, realizada na Universidade Federal do Paraná. A pesquisa foi feita com 85 alunos egressos das primeiras turmas concluídas de doze cursos técnicos Proeja implantados em 11 escolas da rede estadual de educação de nove municípios do Paraná.

Céuli disse que o objetivo foi compreender quais sentidos e significados foram atribuídos por esses alunos aos cursos e em que medida esse Programa configurou a formação profissional e elevação da escolaridade dos trabalhadores jovens e adultos.

FORMAÇÃO – A professora, que atua no Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Educação, está entre os 624 profissionais da rede estadual que tiveram a oportunidade de se afastarem com remuneração de suas atividades docentes, pedagógicas ou administrativas para cursar Mestrado, Doutorado ou Pós-doutorado entre 2012 e 2014.

O benefício rendeu à professora experiências importantes, como a ida à Escola da Ponte, referência mundial em Educação, na ocasião dos quatro meses que esteve em Portugal para conhecer a realidade dos estudantes daquele país.

“Foi uma experiência fantástica. Tive a oportunidade de conhecer como funciona a Educação, de uma forma geral, e a Educação de Jovens e Adultos em outro contexto social; conversar com alunos e professores de escolas públicas portuguesas, na região central, na periferia e em uma ilha; e conhecer os pesquisadores da área”, relatou.

Céuli apontou que no Brasil as escolas são mais democráticas e o aluno é visto de forma humanizada. Por outro lado, em Portugal há maior rigor disciplinar, o que, na opinião da professora, contribui para o processo de aprendizagem e formação dos alunos lusitanos.

Ela falou ainda sobre a contribuição para a educação decorrente da troca de experiências entre profissionais do Brasil e de Portugal, a necessidade de adaptar à realidade brasileira ações que dão certo em outros países e sobre a relevância de cursos de mestrado e doutorado para o amadurecimento profissional e cultural. “É uma oportunidade que o profissional tem de retornar aos estudos já com a experiência prática, diferente de quando se faz a graduação, o que torna a aprendizagem muito mais significativa, por ser possível buscar nos teóricos as respostas para procedimentos que não atingiram os objetivos. Com certeza, a prática pedagógica não será a mesma”.

PROEJA – O Paraná foi um dos primeiros estados a aderir ao Programa, criado para atender a demanda de estudantes com mais de 18 anos que precisavam concluir o ensino médio e qualificar-se para o mundo do trabalho. Atualmente, o Estado dispõe de 15 escolas que atendem os 605 alunos inscritos.

De acordo com Céuli, a formação profissional integrada à educação regular é uma necessidade para os jovens da atualidade. “A educação deve estar voltada para o trabalho em sua forma mais ampla, visando em primeiro lugar o desenvolvimento humano, não como domesticadora. Ela tem de contribuir para a participação dos sujeitos na sociedade de modo autônomo e crítico e romper com o imediatismo de atendimento ao mercado de trabalho”, afirmou a professora, que acredita poder contribuir com as ações desenvolvidas pela Secretaria para melhorar ainda mais a qualidade da educação no Paraná.
Esta notícia foi publicada em 22/01/15 no site www.educacao.pr.gov.br. Todas as informações são de responsabilidade do autor.
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