Categoria: Sociologia Teses |
Indústria da construção civil e reestruturação produtiva : novas tecnologias e modos de socialização |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
VILLELA, Fabio Fernandes
Esta tese trata das grandes mudanças ocorridas no mundo do trabalho, especialmente aquelas relacionadas à transição do padrão fordista de acumulação para o padrão que alguns pesquisadores denominaram de acumulação flexível, neo-fordismo, pós-fordismo, póstaylorismo, especialização flexível, modelo japonês ou toyotista. Busca-se esclarecer e tornar mais compreensível a complexa realidade da reestruturação produtiva num setor que tem sido pouco privilegiado pelos trabalhos sociológicos contemporâneos: a Indústria da Construção Civil Subsetor de Edificações (ICCSE) no Brasil. Nosso campo de pesquisa sobre a ICCSE se estrutura a partir do legado das pesquisas do Grupo Arquitetura Nova (GAN). Para um balanço de tallegado, são apresentadas duas teses, quais sejam: (i) o romantismo revolucionário presente no GAN e (ii) a tentativa de reestruturação radical das forças produtivas e das relações de produção na ICCSE. Em seguida, são apresentadas as modalidades históricas dos processos de trabalho capitalista na ICCSE brasileira e são caracterizadas as diferenças fundamentais entre estrutura e conjuntura da ICCSE. Logo depois, desvela-se o fetichismo da tecnologia presente nas pesquisas sobre esse setor, com suas teses sobre o seu atraso. Para finalizar essa parte da argumentação, levantam-se as principais soluções históricas para esse tipo de atraso, do taylorismo ortodoxo dos pioneiros até a reestruturação produtiva na ICCSE. Nosso foco passa a ser a reestruturação produtiva e suas implicações para a ICCSE no Brasil. Caracteriza-se o modelo japonês ou toyotista, com suas novas tecnologias e seus modos de socialização, isto é, formas contemporâneas do estranhamento (alienação). Mapeia-se a introdução, nas empresas brasileiras da ICCSE, do modelo japonês ou toyotista nos anos 90, explicitando-se quais são os modos de socialização observados. Depois, identifica-se, por meio de uma análise quantitativa e qualitativa, que o principal modo de socialização empregado pela empresa pesquisada é a estratégia organizacional. Essa estratégia organizacional foi caracterizada como uma “escola” empreendedora e, a partir desta tese, foram levantados os conceitos fundamentais de uma escola empreendedora, explicitando-se como se formam as principais estratégias empreendedoras na empresa pesquisada. Em seguida, demonstra-se como as novas tecnologias e seus modos de socialização corroboram na construção do intelecto coletivo (“General Intellect”). Para tanto, retoma-se o conceito de intelecto coletivo, categoria abordada por Marx nos Grundrisse da Crítica da Economia Política (1857-1858), e defende-se que sua principal característica contemporânea é uma forma de afirmação da teoria do valor-trabalho. A partir dessa tese, o intelecto coletivo é caracterizado como forma de subsunção do trabalho ao capital e desvela-se seu “ponta-delança” contemporâneo: a mais-valia extraordinária. Após esta argumentação, definem-se as edificações da ICCSE como a construção do intelecto coletivo. Para fundamentar tal análise, caracteriza-se a produção de edificações na ICCSE de forma materialista, isto é, como capital fixo. Por fim, argumenta-se que a expressão do intelecto coletivo nos canteiros da ICCSE contemporânea é a Fast Construction.
Palavras-chave: Arquitetura industrial. Indústria de construção civil. Industrialização. Socialização. Sociologia educacional.
Observação - Para baixar artigos, teses e monografias da Unicamp é necessário fazer um cadastro simples com e-mail e senha.
|
642 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000424663 |
Categoria: Sociologia Teses |
Trabalho e Quimeras: dilema vivido pelo jovem operário |
Versão: Atualização: 15/7/2010 |
Descrição:
SILVA, Cristiane Aparecida Fernandes da
A inserção prematura do jovem trabalhador no mundo do trabalho visa o complemento da renda familiar, a afirmação de sua autonomia e a efetivação do valor simbólico que confere ao trabalho. Contudo, a pertença a um estrato de classe de baixa renda, sua pouca qualificação educacional, sobremaneira profissional, e as escassas oportunidades que lhes são oferecidas pelo mercado de trabalho, constituem obstáculos para que esse jovem ocupe um ofício que o satisfaça subjetivamente. A abordagem desta pesquisa consiste em perquirir os dilemas por que passa o jovem operário dividido entre as aspirações subjetivas, em relação a uma profissão desejada, e as condições objetivas de sua ocupação. Trata-se, portanto, de enfocar e esquadrinhar o conflito entre trabalho real e anseio subjetivo e as estratégias que os jovens operários utilizam para sobrepujá-lo, à medida que procuram delinear suas identidades de trabalhadores.
Palavras-chave: Educação. Família. Identidade. Insatisfação no trabalho. Jovem. Profissão. Subjetividade. Trabalhador. Trabalho. Trajetória ocupacional.
|
680 0 bytes USP http://www.teses.usp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
A educação do MST no contexto educacional brasileiro |
Versão: PDF Atualização: 10/3/2011 |
Descrição:
D'AGOSTINI, Adriana
A presente tese tem como objeto de estudo a proposta educacional do MST. Objetivou analisar e debater a educação do MST dentro do contexto educacional brasileiro, indicando seu caráter e sua importância, principalmente na década de 1990, como uma afronta e contraposição às políticas educacionais neoliberais e atualmente diante da crise mundial do capital, demonstra a necessidade de construção de propostas educacionais de classe voltadas a emancipação humana e ao projeto histórico socialista. Neste sentido, após a pesquisa bibliográfica e documental confirmaram-se as hipóteses levantadas a partir do problema de pesquisa que foi delimitado da seguinte forma: como se situa a educação do MST no contexto educacional brasileiro? Quais suas contradições, dificuldades e possibilidades de tornar-se uma educação de classe para a emancipação humana no sentido de indicar elementos de superação da sociedade de classes? A partir dos dados da realidade, das ideias pedagógicas no Brasil, da análise da proposta de educação do MST e do levantamento das contradições apresentadas pela produção acadêmica foi possível localizar e analisar a educação do MST no contexto educacional brasileiro e afirmar que da década de 1990 em diante ela tem sido o movimento de educação de classe que mais oferece resistência as políticas educacionais neoliberais. Isso se dá a partir de seus princípios, suas práticas pedagógicas e da pressão política. Porém uma educação para além do capital dentro de uma sociedade capitalista sempre será desenvolvida por e com contradições, entre elas destacamos a relação entre Movimento e Estado e a relação teoria/prática. Apontamos a possibilidade de superação destas contradições através da adoção e aprofundamento teórico no materialismo histórico dialético e contribuímos com argumentos sobre necessidade e a atualidade desta teoria do conhecimento para a educação do MST.
Palavras-chave: Educação brasileira. Educação do Campo. Educação do MST.
|
690 0 bytes UFBA http:// |
Categoria: Sociologia Teses |
A demografia da vida rural paulista |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
RODRIGUES, Izilda Aparecida
Resumo: Após decrescer por três décadas consecutivas, a população rural do Estado de São Paulo apresentou uma retomada de crescimento nos anos 90. O rompimento da tendência de esvaziamento da área rural paulista levanta uma série de questões relacionadas à sua estrutura econômica e às características da população residente. Este estudo tem como objetivo principal avaliar as características demográficas da população residente no rural do Estado de São Paulo, relacionada com a dinâmica de ocupação socioeconômica da área rural nos anos 80 e parte dos 90. As informações sobre a população foram obtidas nos Censos Demográficos e as relativas à estrutura da área rural nos Censos Agropecuários, realizados pela Fundação IBGE. Do exame da distribuição da população, segundo a situação do domicílio, ressalta-se a importância da Região Metropolitana de São Paulo como a área responsável pelo crescimento da população rural estadual. Desta constatação formula-se a hipótese de que o crescimento da população rural paulista estaria mormente relacionado ao processo de expansão urbana sobre áreas rurais. Para sua verificação, as categorias usadas pela FIBGE na definição da área rural e urbana foram desagregadas, introduzindo-se uma área de transição entre o urbano e o rural. A área urbana fica então dividida em área de transição urbana e "urbana" e a área rural em transição rural e "rural". Com essa alternativa foi possível obter diferenças importantes na área previamente definida como rural, tanto na ocupação da população residente em atividades econômicas de caráter tipicamente urbano, quanto no perfil da população residente na área de transição rural e na área "rural". O crescimento da população na área rural metropolitana foi reavaliado com esta reclassificação da situação do domicílio, reforçando-se a expansão urbana sobre áreas rurais. As informações censitárias sobre a distribuição da população, com características ligadas à inserção nas atividades econômicas, à composição e movimentos populacionais entre as Mesorregiões estaduais, mostraram diferenças no crescimento da população rural entre regiões densamente povoadas e urbanizadas, e aquelas onde as atividades agropecuárias são mais relevantes. Por fim, as categorias que definem a situação do domicílio na área rural no Estado de São Paulo podem contribuir para investigações sobre a relação entre a ocupação do rural e o crescimento da população.
Palavras-chave: Desenvolvimento rural. Crescimento demográfico. Vida rural. São Paulo.
|
700 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000222779 |
Categoria: Sociologia Teses |
Acampar, assentar e organizar : relações sociais constitutivas de capital social em assentamentos ru |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
SOUZA, Vanilde Ferreira de
Resumo: Nas últimas décadas registrou-se um incremento no número de assentamentos rurais e, consequentemente, da população assentada no Brasil, embora não se possa ainda constatar um reordenamento fundiário importante. Mas, mesmo assim, os assentamentos passam a fazer parte da realidade rural brasileira. Neste novo espaço que vai se construindo ao longo dos anos há o estabelecimento de relações sociais entre os indivíduos e entre esses e as diversas instituições e organizações que se fazem presentes nestes assentamentos. Tendo em vista, que essas relações estabelecidas podem ter valores que constituem o capital social, este trabalho objetivou analisar as relações sociais que se estabeleceram entre as instituições e organizações e os assentados que convergiram num processo organizativo no interior dos assentamentos São Bento e Santa Clara/Che Guevara, localizados no município de Mirante do Paranapanema, na região do Pontal do Paranapanema em São Paulo. Nossa hipótese é a de que nas áreas e nas organizações onde a participação dos indivíduos, seja por meio de parcerias formais ou informais, é acentuada, consequentemente haverá uma maior presença de capital social, o que poderá se traduzir no desenvolvimento desses assentamentos. As diferentes instituições e organizações presentes nestes assentamentos respondem algumas vezes por fortes vinculações entre seus participantes e outras por relações extremamente tênues, o que nos leva a perceber, por um lado, a existência de um capital social já estabelecido mas, por outro, há ainda a necessidade de que as relações sociais entre os atores envolvidos se tornem mais sólidas. Percebemos que nos diferentes grupos encontrados há uma esperança entre os seus participantes para que essa atitude organizativa simbolize uma melhoria das condições de vida.
Palavras-chave: Capital social (Sociologia). Desenvolvimento rural - Aspectos sociais. Tipos de assentamento agrário. Sociologia rural. Administração rural.
|
764 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000379279 |
Categoria: Sociologia Teses |
Fênix e a Globalização (ou Malthus revisitado) |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
CHINALI, Luis Alfredo
Este estudo analisa a globalização capitalista atualmente em curso como episódio histórico no qual se repete um padrão recorrente, pelo qual a classe dominante apropria-se de progressos técnicos devidos ao trabalho social geral como instrumento para aprofundar sua hegemonia. Identifica no recuo ideológico que tem se verificado no campo político e sindical de orientação proletária ao mesmo tempo que um grave problema, enquanto abre campo à ofensiva de classe da burguesia,uma oportunidade histórica, por decantar o campo dos trabalhadores dos oportunismos e modismos que comprometeram a possibilidade de elaboração mais avançada, no que tange à ideologia revolucionária. Propõe uma reinterpretação do atual quadro histórico como configurando o confronto entre uma barbárie “clássica”, configurada na condição de vida a que são forçados os trabalhadores, com o avanço da violência e de formas “marginais” de integração econômica e uma neobarbárie, configurada nas formas que a burguesia tem encontrado para fugir às consequências, em termos de instabilidade social, de suas próprias políticas excludentes. Interpreta o caráter crescentemente excludente das políticas da burguesia como decorrência da ausência de fronteiras de expansão, onde a atual classe hegemônica possa empregar os excedentes de produção e mão-de-obra como elementos de acumulação ampliada. Postula a necessidade de os intelectuais ligados à classe trabalhadora reelaborarem a ideologia proletária tendo em vista a crescente importância do Lumpen Proletariado, como forma de existência das classes subalternas.
|
843 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
Gilberto Freyre e a Sociologia no Brasil: da sistematização à constituição do campo científico |
Versão: pdf Atualização: 13/11/2013 |
Descrição:
MEUCCI, Simone
O objetivo desta pesquisa é reconstruir alguns aspectos da trajetória intelectual de Gilberto Freyre no período compreendido entre o final dos anos 20 e o final dos anos 50, especialmente referidos à sistematização de suas idéias sociológicas. O ponto de partida da análise é a sua experiência docente na Escola Normal de Pernambuco durante os anos de 1929 e 1930, quando o autor reuniu as primeiras ferramentas conceituais a partir das quais foi possível produzir sua singular interpretação da sociedade brasileira e consagrar os estudos sociológicos no meio intelectual brasileiro. Em seguida, investigamos sua experiência docente na Universidade do Distrito Federal entre os anos de 1935 e 1937. Trata-se da única experiência em que o autor permaneceu, de forma mais ou menos estável, nos quadros de uma instituição de ensino superior brasileiro. A análise dos manuscritos de suas aulas permite compreender o sentido das suas idéias naquele período. Por fim, apresentamos uma análise das duas primeiras edições do compêndio Sociologia: uma introdução aos seus princípios, publicado pela primeira vez em 1945, um livro singular no conjunto da obra do autor, resultante de experiência docente nas duas instituições acima referidas. Na reconstrução desta trajetória - que compreende desde a artesania de suas idéias sociológicas até ambiência social e política que serviu de substrato para sua atividade intelectual - constatamos as diferentes expectativas de que a ciência sociológica foi depositária no Brasil.
|
860 0 bytes Unicamp http://www.bibliotecadigital.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
Feios, sujos e malvados sob medida - do crime ao trabalho, a utopia médica do biodeterminismo em Sã |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
Ferla, Luis Antonio Coelho
A presente pesquisa trata da influência das ideias do determinismo biológico na medicina legal e na criminologia praticadas em São Paulo, no período de 1920 a 1945. No interior dessas disciplinas, as teses científicas que relacionavam corpo e comportamento expressavam-se por meio de um discurso médico de patologização do ato antissocial. Desde essa perspectiva, o indivíduo e o desviante deveriam ser identificados, cientificamente estudados, e por fim encaminhados a tratamento adequado. Para a viabilização dessa estratégia, todo um projeto de intervenção social foi concebido, pretensamente voltado ao aprimoramento dos mecanismos de defesa da sociedade. Dessa forma, a pesquisa procurou conhecer não apenas o conteúdo do discurso médico biodeterminista e seus principais veiculadores, como também as consequências concretas na realidade que dele se originaram.
Palavras-chave: Antropologia criminal. Controle social. Determinismo biológico. História das Ciências. História do Direito Penal.
|
924 0 bytes USP http://www.teses.usp.br/ |
|