Categoria: Sociologia Teses |
Os sem-teto do centro de São Paulo : um balanço dos anos 2001-2004 |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
VERRI, Narcisa Beatriz Whitaker
Este trabalho trata dos campos de ação dos movimentos sociais, os componentes e o papel dos atores. São três os compartimentos com os quais se pretende abrir e iniciar um aprendizado sobre um setor do movimento de moradia em São Paulo, durante o governo PT entre 2001-004, momento intermediário entre a fase de reestruturação da produção capitalista no país, iniciada por um governo neoliberal, e a sua consolidação por um governo que se reivindica de esquerda: o primeiro, no terreno da institucionalidade; o segundo, no domínio político; e o terceiro, no campo categorial. Os três implicando em questões próprias a outros movimentos, apresentando problemas cujas causas endógenas ou exógenas não são jamais exaustivas, vislumbrando perspectivas ainda não distinguidas, são desenvolvidos na tentativa de encontrar respostas aos fenômenos comuns à metrópoles como São Paulo. A observação empírica dos movimentos de moradia leva a constatações relativas à dinâmica dos movimentos em relação às políticas públicas, aos partidos, à sua condição de pertencer a um domínio categorial, o de ser composto majoritariamente por mulheres e migrantes, e de existir graças aos teólogos da libertação. Algumas delas, admitidas há algum tempo pelos estudiosos ou teóricos de movimentos sociais, outras negadas ou rejeitadas, mas nenhuma das constatações leva em consideração o caráter de interdependência entre os três compartimentos citados acima. Uma análise mais aprofundada mostra que os movimentos que lutam por problemas específicos, mesmo conscientes dos problemas do conjunto da sociedade, tendem a permanecerem isolados e marginalizados se não conseguem criar a necessária constituição das relações de força sob determinadas condições, das quais uma delas é a independência do aparelho do Estado, que paradoxalmente encontra-se comprometida há alguns anos no Brasil.
Palavras-chave: Habitação - Aspectos sociais. Participação política. Participação social. Feminismo. Racismo. Igreja e problemas sociais
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Categoria: Sociologia Teses |
Formação e dinamica do campo da educação ambiental no Brasil : emergencia, identidades, desafios |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
LIMA, Gustavo Ferreira da Costa
Resumo: A pesquisa interpreta a formação e a dinâmica do campo da educação ambiental no Brasil. Explora seus antecedentes históricos e culturais, a emergência e institucionalização material e simbólica do campo, a diferenciação entre as diversas tendências político-pedagógicas e discursos que o dividem, a dinâmica que orienta a disputa entre essas tendências e discursos pela hegemonia do campo, as características que definem o perfil identitário do educador ambiental, sujeito coletivo da educação ambiental, assim como as principais possibilidades e desafios experimentados pelo campo da educação ambiental em seu processo de consolidação. Utiliza um referencial teórico-metodológico plural que articula aportes da sociologia compreensiva, da dialética, da Teoria dos campos sociais de Pierre Bourdieu e da Teoria da complexidade, sobretudo a partir de Edgar Morin. O trabalho realiza uma interpretação que simultaneamente descreve, analisa, historia e problematiza criticamente a formação de um novo campo social em suas identidades, trajetórias, conflitos e desafios. Nesse processo constata a diversidade interna do campo, seu caráter político e conflitivo, a disputa entre as tendências que o compõe, os limites e potencialidades de cada uma de suas tendências e a complexidade que o caracteriza. Conclui, enfim, que o caráter complexo e político das relações entre a educação, a sociedade e o ambiente exige um tipo de análise crítica e integradora capaz de incluir e articular o conjunto de suas dimensões
Palavras-chave: Educação ambiental. Educação ambiental - Brasil - Historia. Desenvolvimento sustentavel. Sociologia educacional
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Categoria: Sociologia Teses |
A utopia tenentista na construção do pensamento marxista de Nelson Werneck Sodre |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
CUNHA, Paulo Ribeiro Rodrigues da
Resumo: A presente pesquisa, objetiva apreender a construção do pensamento político de Nelson Werneck Sodré de 1930 à 1950, período em que se estabelece a transição de uma trajetória tenentista ao marxismo, como também se configura a fundamentação de suas teses principais. A centralidade deste desenvolvimento temático, passa por dois eixos nodais, apreendidos na perspectiva de suas duas vocações. A primeira, encontra Sodré como intelectual e nesse caso, o entendemos como um historiador da corrente historicista. A segunda vocação, refere-se a sua condição de militar que chegou a patente de General de Brigada e como aspecto correlato, de origem pequeno burguesa. Ambas as vocações tem desenvolvimentos paralelos e são confluentes pela mediação da política. Nesse sentido, procuramos desenvolver sua trajetória política e vocacional, a partir da contribuição de intelectuais como Michael Lowy, Luckács, e, verificar como se estabelece sua rotação ao pensamento revolucionário. A análise também procura demonstrar alguns pressupostos diferenciados do que comumente foi apreendido em relação à sua obra. Nesse caso, entendemos que teses como: História Nova, o Exército Democrático, a Burguesia Nacional, o Feudalismo, o Imperialismo foram originalmente gestadas em uma concepção tenentista com referenciais analíticos dissociados do pensamento originário da III Internacional ou mesmo da Declaração de Março de 1958. Na verdade, essa fase tenentista em transição ao marxismo, está relacionada à influência de intelectuais relacionados ao pensamento da II Internacional entre outras influências, algumas até conservadoras, mas que pavimenta sua rotação ao marxismo e possibilita uma nova substância teórica em suas análises futuras, incorporando pioneiramente nesta reflexão, autores como Lukács e Mariategui. Vale ressaltar nesta rotação, a militância no PCB que, correlacionada à estas influências, norteiam sua concepção de política no que denominamos Moralidade do Compromisso. É por esta razão, que discordamos do autor, pois, entendemos não ser esta uma fase de alienação ou negação, como admite e que, a política seja um componente ausente em suas reflexões. Por fim, a pesquisa procura estabelecer a singularidade de uma leitura de Brasil, norteada por um pensamento nacionalista à esquerda que, em Sodré, adquire estatuto teórico próprio, gestados neste período, mas também na práxis, face a sua vocação militar - e que, na década de 50, veio a ser conhecida como Revolução Brasileira.
Palavras-chave: Nacionalismo e socialismo. Intelectuais - Brasil. Militares. Imperialismo.
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