Categoria: Sociologia Teses |
Fuga para o futuro : novos movimentos sociais rurais e a concepção de gestão pública |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
RICCI, Ruda Guedes Moises Salerno
Esta tese tem como tema principal o surgimento, no final do século XX, de movimentos sociais rurais que, a partir de um forte sentimento de abandono social, procuraram construir uma nova institucionalidade pública a partir de um determinado território. Superaram, assim, a tradicional cultura antiinstitucionalizante que marcou os movimentos sociais rurais brasileiros nas últimas décadas. Contudo, tal movimento político continuou prestando contas com o legado da cultura agrária e patrimonialista do mundo rural, o que conferiu uma prática errática ou insegura. Metade deste texto é dedicada à análise do conceito de movimento social, às características das tradições e comportamento político do mundo rural e ao balanço crítico da sociologia rural dos anos 80 do século passado. A outra metade é consagrada à análise do movimento de atingidos por barragens no sul do país e ao movimento de agricultores familiares da Zona da Mata mineira. Tais estudos de caso procuraram dar vida ao tema central da tese que é uma revisão do conceito de movimento social, em especial, oriundo do mundo rural. O conceito aqui defendido parte de alguns princípios: 1. o que une vários movimentos sociais é a mesma motivação (desfiliação social imposta pela abertura de mercados e ausência da presença reguladora do Estado) e ideário (a necessária (re-)construção da institucionalidade pública de um determinado território); 2. são movimentos fragmentados no espaço, já que se organizam a partir de uma forte identidade com o território em que estão inseridos, mas se articulam pelo ideário; 3. não rompem totalmente com as tradições e comportamentos sociais clássicos do mundo rural brasileiro, mas, paradoxalmente, sugerem inovações significativas nas práticas políticas institucionalizadas. Denominamos tais características fuga para ofuturo, uma fuga de uma situação completamente desfavorável à reprodução da vida social rural, construindo novas relações políticas, muitas vezes, autônomas (modelos de autogestão territorial, administração de recursos públicos por órgãos de representação política das populações em questão), mas que continua herdeira dos vínculos e crenças tradicionais
Palavras-chave: Movimentos sociais rurais. Sociologia rural. Administração publica - Participação do cidadão.
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519 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/results.php?words=sociologia+DOUTORADO&page=2 |
Categoria: Sociologia Teses |
Trabalho e resistência na "fonte misteriosa" : os bancários em face da reestruturação |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
JINKINGS, Nise Maria Tavares
Os trabalhadores bancários vivem dramaticamente a reestruturação capitalista contemporânea, marcada pela difusão dos princípios e programas de ação neoliberais, pelo domínio e expansão da esfera financeira e pela adoção de novas modalidades produtivas. Um processo de precarização do emprego e intensificação do trabalho acompanha a mudança tecnológica e organizacional que se desencadeia aceleradamente nos bancos. Novos padrões de dominação de classe, sistematizados em programas de treinamento, "qualidade total" e "remuneração variável", invadem os ambientes laborais, buscando construir o trabalhador que pensa e age em nome do capital. Entre o culto da "excelência", a pressão brutal por produtividade e a ameaça permanente do desemprego, muitos bancários sujeitam-se à sobrecarga de trabalho e distanciam-se da luta sindical. Diferentemente dos anos 80, quando realizou movimentos grevistas, passeatas e assembléias com intensa participação dos trabalhadores, o sindicalismo bancário na década de 90 experimenta um forte refluxo e desenvolve ações defensivas em
Palavras-chave: Bancários. Trabalho. Sindicalismo. Sindicatos - Bancários. Bancos. Saúde e trabalho. Gestão da qualidade total face da reestruturação produtiva do capital.
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Categoria: Sociologia Teses |
De rocinha aos enclaves : figurações do rural em Vinhedo, SP |
Versão: Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
PIRES, Andre
Este tese visa compreender um processo de transformação social impulsionado pela conversão de áreas agrícolas para casas de moradia, ocorrido em Vinhedos, Estado de São Paulo. O resultado dessa transformação fez com que diferentes grupos sociais, a saber, os agricultores, caseiros e moradores de condomínios passassem a conviver e a disputar representações sobre esse espaço. A pesquisa demonstrou a possibilidade de existirem significados distintos sobre a rural e o urbano de acordo com a situação considerada. Em determinadas situações, a percepção sobre o que é rural está fortemente associada a um espaço físico determinado pela legislação. Por outro lado, há momentos em que a referência espacial cede lugar aos padrões de consumo e formas de sociabilidade como definidores do que é rural. Quando se consideram as relações sociais estabelecidas entre estes grupos, a pesquisa evidenciou uma relação de mão dupla estabelecida entre os agricultores e moradores de condomínio. De um lado, os moradores dos condomínios são diretamente responsáveis pelas transformações recentes que afetam negativamente os agricultores (aumento no preço da terra, por exemplo). Por outro lado, muitos agricultores beneficiam-se dos novos padrões de consumo dos moradores dos condomínios. Contudo, em relação aos caseiros foram observadas atitudes discriminatórias e práticas de segregação socioespacial.
Palavras-chave: Antropologia. Sociologia rural. Espaços públicos. Empregados domésticos. Classe média. Condominio (Habitação) - Vinhedo (SP).
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Categoria: Sociologia Teses |
Vozes de mulheres: educação, universidade e trabalho nos anos 40 e 50 do Século XX |
Versão: PDF Atualização: 10/3/2011 |
Descrição:
TESSELER, Fani Averbuh
Este trabalho investiga como se desenvolveu a trajetória profissional de mulheres que passaram pela universidade nas décadas de 40 e 50 do século XX, pela escuta de suas memórias sobre suas trajetórias educativas, profissionais e familiares. Objetiva escutar a história da relação entre as possibilidades de acesso ao ensino superior e profissionalização para mulheres, na década de 1950, em Porto Alegre, e seu significado como instituidor de identidade, limites e abrangências, tendo em vista trajetórias profissionais e de vida de algumas mulheres - o que inclui o casamento como marco fundamental porque é o definidor de possibilidades e trajetórias - e o significado social atribuído ao diploma profissional, dado por elas mesmas e pela sociedade onde se inserem, num determinado tempo, num certo lugar e pelas pessoas com quem viveram e conviveram. As mudanças em curso não modificaram as posições das mulheres nas relações de gênero, pois a subordinação em relação ao homem se manteve. Assim, mesmo portadoras de diploma de educação superior, o que possibilitaria o acesso de algumas mulheres ao trabalho e, consequentemente, a situações e formas próprias de alcançar dinheiro, o que poderia significar liberdade, independência e autonomia, elas optaram por manter a tradição quanto aos papéis e lugares de gênero na família. A permanência em posições e lugares de marginalidade nas relações de gênero, apesar das possibilidades econômicas construídas pelo título, mostra que este não assegurava, por si só, o cumprimento dessas mudanças.
Palavras-chave: Gênero. História da educação. História oral. Memória.
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