Categoria: Sociologia Teses |
Tragetórias tecnológicas e meio ambiente : a indústria de agroquímicos/transgenicos no Brasil  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
MARTINS, Paulo Roberto
A indústria da vida transforma de modo fundamental na década de 90 as atividades industriais capitalistas voltadas para o uso, compra, venda e controle do mercado de produtos bioindustriais relativos a alimentos, agricultura e saúde. As empresas transnacionais gigantes produzem sementes, pesticidas, processamento de alimentos, melhoramento de plantas, até produtos veterinários e fármacos. O elo da cadeia produtiva que analisamos é a indústria de pesticidas. Nesta, analisa-se as suas trajetórias tecnológicas da síntese química (agroquímicos) e da biotecnologia (transgênicos) e seus efeitos sobre a sociedade e meio ambiente. Caracteriza-se o processo de constituição da indústria da vida, através das fusões e aquisições, proporcionadas pelas empresas transnacionais gigantes que ao longo de 50 anos atuam no mercado de pesticidas. Demonstra-se como está consolidado o mercado mundial e brasileiro de pesticida. A tecnologia é o elemento central no desenvolvimento desse tipo de indústria. Traçamos um panorama da inovação tecnológica registrada na indústria mundial de agroquímico e de transgênicos. No Brasil, ao final de 1997, 27 firmas pertenciam ao segmento industrial produtor de agroquímicos, das quais 25 foram pesquisadas, com o objetivo de verificar questões relativas às trajetórias tecnológicas. Analisamos os impactos no meio ambiente e na saúde humana decorrentes dos produtos originários da trajetória tecnológica da síntese química e da biotecnologia na agricultura. Destacamos sinteticamente, que a trajetória da biotecnologia é o suporte que viabiliza a reprodução ampliada do capital investido, ao longo de 50 anos na trajetória da síntese química. O processo de competição entre as empresas continuará sendo por inovação de produtos, que terão sua origem na trajetória da biotecnologia. Mas estes, ao exigir a continuidade do uso dos pesticidas nas atividades produtivas agrícolas, irão assegurar o prolongamento da vida útil da trajetória da síntese química. Portanto, não se vislumbra a implementação de uma agricultura sustentável, sem a utilização de pesticida, embora a trajetória tecnológica predominante seja a da biotecnologia.
Palavras-chave: Tecnologia. Meio ambiente. Pesticidas. Biotecnologia. Animais transgênicos. Plantas transgênicas.
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Categoria: Sociologia Teses |
Trabalho, qualificação e ação sindical no Brasil no limiar do século XXI : disputa de hegemonia ou c  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
SOUZA, José dos Santos
No limiar do séculoXXI, a propagação de uma nova cultura do trabalho e da produção, articulada à redefinição da relação entre o Estado e a sociedade civil, trouxe consigo o surgimento de novas demandas de formação de competências sociais e profissionais na classe trabalhadora. No caso brasileiro, para atendertais demandas, o empresariado e o Estado buscaram a adesão da classe trabalhadora ao seu projeto de universalização da educação básica e de ampliação das oportunidades de educação profissional. Para este fim, implementaram uma nova institucionalidade para a formação/qualificação profissional capaz de acionar o consentimento ativo dos trabalhadores por meio da gestão tripartite e paritária dos fundos públicos. Desse modo, a política de formação/qualificação profissional constitui-se não apenas em campo estratégico para o aumento da produtividade e competitividade das empresas, mas também em campo de disputa de hegemonia. Diante desta problemática, esta tese analisa ação da CUT, da Força Sindical,da CGTe da SDS no campo da política de formação/qualificação profissional como objetivo de verificar se ocorre uma ação consciente de disputa de hegemonia ou uma espécie de consentimento ativo diante da reforma da política de formação/qualificação profissional. Os dados foram coletados a partir de fontes bibliográficas primárias, tais como: resoluções de congressos e plenárias nacionais; documentos sobre reestruturação produtiva e educação; panfletose revistas.Outros dados foram coletados por meio de revisão de literatura sobre sindicalismo brasileiroe por meio de entrevistas.Verificou-se que, de maneiras distintas, as centrais sindicais apontam a formação/qualificação profissional como fator de aumento da produtividade e da competitividade das empresas condição indispensável para inserção do país no mercado globalizado. Além disto, entendem que o sucesso na concorrência dessas empresas no mercado internacional seria a alternativa para o desemprego. Esta característica configura relativa confluência de interesses entre as centrais sindicais,o empresariado e o governo. Apesar do esforço da CUT em formular um projeto de formação/qualificação profissional alternativo àquele do empresariado, esta não se furta à participação ativa na política governamental, sob a justificativa de disputa de hegemonia. Carente de um projeto genuinamente anticapitalista esse esforço da CUT viu-se permeado de contradições e cada vez mais distante do projeto de rompimento definitivo com a dualidade entre formação parao trabalho e formação para a vida social, rumo à formação omnilateral, de caráter politécnico,de natureza científica e tecnológica. A Força Sindical busca conformar a classe trabalhadora às novas exigências de formação/qualificação social e profissional. A. CGTe a SDS, praticamente oscilam entre as formulações da CUTe da Força Sindical, respectivamente. Concluiu-se que o principal limite destas centrais para formular um projeto alternativo para a formação/qualificação do trabalhador consiste no imediatismo de seus planos de ação para enfrentar o desemprego e no pragmatismo de suas formulações. Conformadas no projeto empresarial de interdependência entre educação básica e educação profissional até mesmo a CUT, central mais crítica, mantém-se nos limites do projeto liberal-democrata para a formação do trabalhador naatualidade. As demais centrais pesquisadas seja por opção política ou por ausência de propostas,também se conformam nos limites do projeto educativo liberal democrata. Esta conformação, combinada com a participação ativa destas centrais nos fóruns gestores da política de formação/qualificação profissional instituídas pelo Governo,configuram o consentimento ativo do sindicalismo brasileiro às ações do empresariado e do governo no campo da política de formação/qualificação profissional. (Financiamento CNPq).
Palavras-chave: Trabalho. Sindicalismo - Brasil. Educação - Aspectos políticos. Ensino profissional - Aspectos políticos. Qualificações profissionais. Politicas públicas - Brasil.
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Categoria: Sociologia Teses |
Trabalho e resistência na "fonte misteriosa" : os bancários em face da reestruturação  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
JINKINGS, Nise Maria Tavares
Os trabalhadores bancários vivem dramaticamente a reestruturação capitalista contemporânea, marcada pela difusão dos princípios e programas de ação neoliberais, pelo domínio e expansão da esfera financeira e pela adoção de novas modalidades produtivas. Um processo de precarização do emprego e intensificação do trabalho acompanha a mudança tecnológica e organizacional que se desencadeia aceleradamente nos bancos. Novos padrões de dominação de classe, sistematizados em programas de treinamento, "qualidade total" e "remuneração variável", invadem os ambientes laborais, buscando construir o trabalhador que pensa e age em nome do capital. Entre o culto da "excelência", a pressão brutal por produtividade e a ameaça permanente do desemprego, muitos bancários sujeitam-se à sobrecarga de trabalho e distanciam-se da luta sindical. Diferentemente dos anos 80, quando realizou movimentos grevistas, passeatas e assembléias com intensa participação dos trabalhadores, o sindicalismo bancário na década de 90 experimenta um forte refluxo e desenvolve ações defensivas em
Palavras-chave: Bancários. Trabalho. Sindicalismo. Sindicatos - Bancários. Bancos. Saúde e trabalho. Gestão da qualidade total face da reestruturação produtiva do capital.
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Categoria: Sociologia Teses |
Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: vivências cotidianas de trabalhadores  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
CARDOSO, Ana Claudia Moreira
Esta tese é um estudo das vivências cotidianas de trabalhadores em relação ao tempo de trabalho e ao tempo de não trabalho. O locus de análise privilegiado é o espaço do local de trabalho. A pesquisa tomou como caso para estudo a Volkswagen do Brasil, em sua unidade de produção do ABC-São Paulo, exemplo emblemático de iniciativas e negociações dirigidas a flexibilizar a jornada de trabalho. A análise se concentra no período compreendido entre 1995 e 2005, quando foram intensas as mudanças com respeito à organização e gestão do tempo de trabalho. A tese se divide em duas partes. Na primeira, constante de três capítulos, revisa-se a literatura internacional sobre os modos de construção social do tempo e do tempo de trabalho, e apresenta-se o debate recente sobre duas experiências contrastantes, a da França e a do Brasil. Na segunda parte, formada por sete outros capítulos, apresenta-se inicialmente o contexto da Volkswagen do Brasil, com base na análise de material documental e de entrevistas com trabalhadores, dirigentes sindicais e gerentes da empresa; em seguida, analisam-se as vivências temporais cotidianas dos trabalhadores, com base em entrevistas semidiretivas e diários de usos do tempo.
Palavras-chave: Flexibilidade. Jornada de trabalho. Sindicato.Tempo. Volkswagen-Brasil.
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1892 0 bytes USP http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20032008-101721/ |
Categoria: Sociologia Teses |
Páginas de resistência : intelectuais e cultura na Revista Civilização Brasileira  |
Versão: Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
Em meio às transformações políticas e culturais, à mudança estrutural decorrente das novas possibilidades de se conceber a produção cultural e a sua incipiência a partir de um mercado de bens culturais – concomitantemente à atividade política exercida, sobretudo, pelas forças de oposição ao regime militar – a década de 1960 representa um momento particular no entrecruzamento dessas questões. Assim, cultura e política não se distinguem quando assumidas como pressupostos de uma esfera pública ou de um espaço de debates sobre os inúmeros projetos nacionais. E como elemento representativo dessas preocupações, a Revista Civilização Brasileira (1965-1968) aparece como um momento importante na afirmação desse espaço, proporcionando um grande número de discussões acerca da literatura, do teatro, do cinema, das artes plásticas e da música produzidos no Brasil. Nesse sentido, tratou-se da produção cultural não apenas pela sua representatividade estética e artística, mas da vinculação da cultura à atividade política e à sua capacidade real de interferência nas estruturas de produção e recepção social de bens culturais. A Revista Civilização Brasileira representa, com seu grupo de colaboradores – entre eles, escritores, jornalistas, cientistas sociais e músicos – este espaço importante a partir do qual se reviram teorias e reformularam-se ideologias que orientaram essa nova condição. Mais que uma revista de ideias, a Revista Civilização Brasileira propiciou debates entre intelectuais e artistas acerca de projetos políticos-culturais e, em nome disso, fez frente ao regime militar e aos seus mecanismos de censura ideológica.
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