Categoria: História Teses |
Das cañadas ao palco – Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média Espanhola |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
PEREIRA, Raquel Alvitos
Estudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
Palavras-chave: Espanha. Religiosidade. Unificação.
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Categoria: História Teses |
Os monges do Contestado: permanências históricas de longa duração das predições e rituais |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
TONON, Eloy
Tese de doutorado analisa a constituição, matização e permanência no imaginário social de uma memória dos monges e de uma prática social de rituais, advinda de seus ensinamentos, na região do Movimento do Contestado. A análise trabalha no tempo de longa duração, respectivamente com o surgimento do primeiro monge e a presença de grupos de sujeitos sociais que mantêm e perpetuam os valores da religiosidade popular. Utilizarei como corpus documental um vasto acervo bibliográfico, composto de obras de sociólogos, antropólogos, historiadores, memorialistas, romancista e jornalistas, bem como entrevistas realizadas, segundo a metodologia da história oral. A análise das narrativas elaboradas privilegia uma abordagem focada no cultural, sem desprezar os fatores explicativos circundantes, o político e o econômico.
Palavras-chaves: Movimento do Contestado. Memória. Monges. Sujeitos Sociais.
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Categoria: História Teses |
Paranismo: arte, ideologia e relações sociais no Paraná: 1853-1953 |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
CAMARGO, Geraldo Leão V. de
Com a Emancipação do Paraná em 1853, suas elites buscam definir as características simbólicas da nova Província. Intelectuais vindos das famílias estabelecidas elaboram suas idéias e artistas plásticos, descendentes de imigrantes de formação profissionalizante, sua apresentação visual, e, ao mesmo tempo, sua interpretação das formas modernas em arte. Neste contexto, em 1927, é definida a noção de Paranismo. Nessas trocas enxergamos contratos não escritos em que agentes de diferentes estratos sociais se relacionam para benefício mútuo. A partir daí, vemos no cenário paranaense uma produção ligada às formas das artes decorativas e a um paisagismo de teor simbolista, em que a imagem do pinheiro paranaense e do pinhão passam a ser o assunto dominante.
Palavras-chave: Paranismo. Arte. Raça. Relações sociais. Nacionalismo. Modernidade.
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Categoria: História Teses |
Um Flâneur Perdido na Metrópole do Século XIX: História e Literatura em Baudelaire |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
MENEZES, Marcos A. de
O presente trabalho discute, a partir das poesias de Baudelaire reunidas em Quadros Parisienses do livro As Flores do Mal, a modernidade imposta ao espaço urbano no século XIX. Esta modernização transformou profundamente não só os lugares mas também as pessoas e as relações entre elas. Neste estudo vamos usar a edição bilíngüe – francês/português – de As Flores do Mal. Nossa leitura de Baudelaire se pautará na necessidade apontada por Fredric Jameson de se "restaurar para a superfície do texto a realidade reprimida e soterrada da (...) história". Vamos, assim, ao encontro do que foi exposto na tese VII de Walter Benjamin, Sobre o conceito da história, em que ele afirma que "nunca houve um documento da cultura que não fosse também um documento da barbárie". No primeiro capítulo, o tema da revolução é explorado via leitura das poesias A uma passante e O cisne, reunidas nos Quadros Parisienses. A Revolução de 1848 será pensada através da associação entre as imagens do quadro de Delacroix A Liberdade Conduzindo o Povo, que retrata a Revolução de 1830, e o poema A uma passante, que falaria do "trauma de 1848". No poema O cisne, o tema da revolução está presente outra vez. Por ser alegórico – talvez o mais alegórico de As Flores do Mal – e o mais marcante entre os que têm como tema a cidade, o poema oferece não só elementos para a interpretação do espaço urbano, como também para compreendermos as opções estéticas de Baudelaire. No segundo capítulo, apresento as cidades como sendo, no século XIX, o espaço que mais passou por transformações. Dessa combinação nasce uma paisagem caótica, desconcertante, descrita pela literatura da primeira metade do século XIX. Para Simmel e Benjamin, a cidade – aquela fruto da indústria e técnica do século XIX – criará um indivíduo que não mais consegue associar seu passado ao presente na elaboração do futuro. O terceiro capítulo procura entender as opções estéticas do poeta. A modernidade de Baudelaire traz em si o seu contrário: a resistência à modernidade. O "novo" do poeta é desesperado, que é justamente uma possibilidade de sentido do francês spleen. Ele se torna ambivalente a essa modernidade cuja invenção lhe é atribuída. A visão alegórica de Baudelaire transforma a cidade em ruínas. Neste trabalho, procuramos contribuir para que historiadores não tenham a interdisciplinaridade apenas como retórica, mas façam uso de fato dos novos objetos. Desse modo, incorporamos a possibilidade de a poesia de Baudelaire ser utilizada como referência para os estudos históricos à medida que ela suscita uma reflexão sobre os vários temas que emergiram, em determinado momento, no seio da sociedade – sobretudo na européia. Procuramos, também, contribuir para a história cultural, que a cada dia ganha espaço e adeptos.
Palavras-chave: Baudelaire. Literatura. História. Revolução. Modernidade.
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Categoria: História Teses |
A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
OLIVEIRA FILHO, Valdinar da S.
A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980), num primeiro instante se preocupou em demonstrar, narrar, problematizar e apresentar que o sensível, ou em outras palavras, que a sensibilidade humana tem uma história, e, que a mesma tem uma importância fundamental para o "eu" e para os "outros", pois estabelece relações diversas, dinâmicas e multidirecionais atravessadas no tempo e no espaço em que a história é narrada. Não podemos esquecer que as abordagens estruturais servem para nos dar a sintaxe da região, mas não a sua semântica. Elas nos apresentam os elementos, mas não nos é capaz de dizer como estes fazem sentido, como estes são organizados na forma de relatos, sejam relatos de memória, relatos de espaço, relatos literários, relatos sociológicos, relatos geográficos, relatos historiográficos. Num segundo momento, esta tese se preocupou em demonstrar que o que ocorre entre a sensibilidade humana e os espaços praticados pelos mesmos é relacional, que nossas relações com os lugares, com os territórios, com a terra é da ordem do sensível, talvez por isso não se tenha, durante muito tempo, encontrado pessoas dispostas a fazer a história destas relações. È sobre a história das relações do gênero masculino sustentado e demarcado pela tradição nordestina marcada por padrões e estereótipos em crise do que é ser homem nesta região que se constitui o eixo principal desta tese. Entre os folhetos de cordel e os romances clássicos e as memórias aqui utilizadas, o masculino foi pensado, problematizado e apresentado atravessando uma crise nos padrões estabelecidos na sociedade dita nordestina no começo do século XX. Enfim, uma história entre a prática dos lugares e espaços praticados da nordestinidade e da masculinidade percebemos os limites do mundo masculino demarcado entre o "fogo morto" e os limites do mando que entravam em crise, em confronto, em luta. Daí histórias no barbante de violência e masculinidade em relação aos espaços e ao feminino, que emergiam entre um passado patriarcal e uma sociedade matriarcal, efeminada que ameaçava a tradição configurada em crise da masculinidade nordestina sustentada por um fio e temerosa do nivelamento social e de gênero que se estabelecia no Nordeste no começo do século XX, entre 1940 e 1980, para ser mais didático.
Palavras-chave: História. Gênero. Masculino. Nordeste. Nordestino. Cordel. Relações Espaciais. Espaços Praticados.
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