Categoria: História Teses |
Das cañadas ao palco – Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média Espanhola |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
PEREIRA, Raquel Alvitos
Estudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
Palavras-chave: Espanha. Religiosidade. Unificação.
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961 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Longe demais das capitais? Cultura política, distinção social e Movimento Estudantil no Piauí |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
VALE JÚNIOR, João Batista
Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
Palavras-chave: Cultura Política Juvenil. Movimento Estudantil. Estado. Poder.
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942 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no ... |
Versão: PDF Atualização: 21/11/2013 |
Descrição:
AGUILAR FILHO, Sidney
Este texto analisa aspectos da educação brasileira entre 1930 e 1945 a partir de relatos de vida de cinquenta meninos “órfãos ou abandonados” sob a guarda do Juizado de Menores do Distrito Federal. Eles foram retirados do Educandário Romão de Mattos Duarte, da Irmandade de Misericórdia do Rio de Janeiro e levados para uma propriedade privada em Campina do Monte Alegre-SP. A transferência dessas crianças de nove a onze anos de idade foi respaldada pelo Código do Menor de 1927. Por uma década, estas crianças, foram submetidas a uma escolaridade precária, a uma educação baseada em longas jornadas de trabalho agrícola e pecuário sem remuneração. Foram submetidos a cárcere, a castigos físicos e a constrangimentos morais em fazendas de membros da cúpula da Ação Integralista Brasileira, também adeptos declarados do nazismo. Esta tese defende que os “meninos do Romão Duarte” foram vítimas de uma política do Estado brasileiro que ao estimular a educação eugênica, como definia o artigo 138 da Constituição de 1934, favoreceu a segregação de crianças e adolescentes. A documentação utilizada na narrativa fez uso de fontes oficiais, midiáticas articulando-as de forma complementar aos registros de depoimentos orais na reconstrução do período.
Palavras Chaves: Educação. Eugenia. Segregação. Trabalho. Infância. Violência.
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916 0 bytes FAE - Unicamp http://www.posgrad.fae.unicamp.br/ |
Categoria: História Teses |
As fissuras na construção do "novo homem" e da "nova mulher". Relações de gênero MST 1979/2000 |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
SILVA, Cristiani Bereta da
O presente trabalho, produzido através de documentos, publicações e entrevistas procurou colocar em perspectiva as histórias de diferentes homens e mulheres, sujeitos militantes, líderes ou não, que constituem e vêm reconstituindo jeitos de ser e viver a luta no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os relatórios internos e as diversas e distintas publicações do e sobre o MST produzidos nos últimos 20 anos desvelam processos que permitem perceber que outras preocupações foram constituídas em meio às lutas e disputas pela conquista da terra. Preocupações que foram mudando, adquirindo outros contornos nas idas e vindas da produção de idéias, práticas e sujeitos de um Movimento em construção. E o que se pode observar a partir desses investimentos são tensões e conflitos nas relações entre homens e mulheres em acampamentos e assentamentos. Tensões que acabaram sendo redimensionadas justamente em função de desdobramentos ideológicos, políticos e também estratégicos do MST em sua busca de transformação social, construção do "novo homem" e da "nova mulher". Este estudo é um exercício crítico de reflexão sobre a natureza dessas produções nas relações cotidianas, nas tentativas de se construir sujeitos. Busca investigar como as mudanças foram sendo construídas e, de que forma, foram investidas sobre as relações de trabalho, sociais, políticas e, também, afetivas de mulheres e homens, bem como homens e homens, mulheres e mulheres nas dobras do MST.
Palavras-chave: MST. Homem. Mulher. Relações de gênero.
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912 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
A narrativa histórica como uma maneira de ensinar e aprender história: o caso da história do Paraná |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
GEVAERD, Rosi Terezinha Ferrarini
A presente investigação dá continuidade à pesquisa desenvolvida no meu mestrado, momento em que procurei reconstruir como foi se constituindo o ensino de história do Paraná nas escolas públicas municipais de Curitiba, tomando como categoria de análise o conceito de código disciplinar proposto por Cuesta Fernandes (1997; 1998). Dando continuidade à investigação, e partindo do pressuposto de que a história como ciência possui uma natureza narrativista, busquei verificar os tipos de narrativas históricas da história do Paraná presentes no processo de escolarização, sejam aquelas difundidas pelo manual didático, pelas propostas curriculares, ou pelas aulas da professora, e analisar se ocorre uma convergência dessas narrativas no sentido de dar origem a determinada aprendizagem histórica, evidenciada nas narrativas produzidas pelos alunos. A pesquisa foi pautada em investigações na área da Educação Histórica, mais especificamente na linha da cognição histórica situada, a qual engloba estudos que têm como perspectiva a compreensão das ideias de professores e alunos em contexto de ensino – aulas de história, tomando como referência o próprio conhecimento histórico. Usei a metodologia de pesquisa qualitativa, privilegiando a observação, durante um ano letivo de aulas de história em uma turma de Ciclo II - 2ª etapa - 5.° ano do ensino fundamental de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Constatei que existe uma convergência entre as narrativas difundidas nos manuais didáticos, na explicação da professora e nas propostas curriculares, a qual indica uma forte presença de determinada perspectiva da história tradicional do Paraná. Algumas considerações podem ser apontadas, entre elas a necessidade de um debate historiográfico que subsidie uma reconstrução curricular no que tange à história do Paraná, bem como a necessidade da incorporação, por parte dos professores, da ideia da narrativa histórica como uma maneira de ensinar e aprender história, mostrando-se como fundamental o debate em torno das narrativas históricas.
Palavras-chave: Ensino de história. Educação histórica. Narrativa histórica. História do Paraná.
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863 0 bytes PPGE - UFPR http://www.ppge.ufpr.br/inicio.htm |
Categoria: História Teses |
Os monges do Contestado: permanências históricas de longa duração das predições e rituais |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
TONON, Eloy
Tese de doutorado analisa a constituição, matização e permanência no imaginário social de uma memória dos monges e de uma prática social de rituais, advinda de seus ensinamentos, na região do Movimento do Contestado. A análise trabalha no tempo de longa duração, respectivamente com o surgimento do primeiro monge e a presença de grupos de sujeitos sociais que mantêm e perpetuam os valores da religiosidade popular. Utilizarei como corpus documental um vasto acervo bibliográfico, composto de obras de sociólogos, antropólogos, historiadores, memorialistas, romancista e jornalistas, bem como entrevistas realizadas, segundo a metodologia da história oral. A análise das narrativas elaboradas privilegia uma abordagem focada no cultural, sem desprezar os fatores explicativos circundantes, o político e o econômico.
Palavras-chaves: Movimento do Contestado. Memória. Monges. Sujeitos Sociais.
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856 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
O financiamento do Ensino Médio da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul (1996-2006) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
BRAZ, Terezinha P.
Esta pesquisa tem como objeto o financiamento do Ensino Médio da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul, a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB em 1996 até 2006. O financiamento do Ensino Médio nesse estado advém da fonte Estadual, oriunda dos impostos; de recurso internacional, advinda do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio - PROMED/MEC/BID e da Comunidade Escolar. O objetivo foi investigar como se definiram as políticas de financiamento do Ensino Médio em Mato Grosso do Sul e compreender como essas fontes foram organizadas, a partir das políticas mais amplas da educação no Brasil. Sustentado por uma perspectiva marxista, o estudo pautou-se na análise dos determinantes econômicos, sociais e políticos da sociedade capitalista que definiram as políticas de financiamento investigadas. Considerando as peculiaridades do contexto brasileiro, buscou-se o aprofundamento da reflexão por meio da produção acadêmica desde os primórdios até o momento em que, sob as bases do Estado Neoliberal, intensificaram-se as lutas por medidas que assegurem recursos para a educação, conquistados a partir da Lei Calmon e consolidados na Constituição de 1988. Realizou-se o levantamento e estudo dos documentos que traçavam e definiam o financiamento, assim como, dos montantes financeiros aplicados pelo próprio Estado, apresentados nos Balanços Gerais e Demonstrativos de despesas pagas, dos convênios celebrados juntamente com o MEC e organismos internacionais, o que se denominou PROMED/Escola Jovem. A coleta de dados sobre os recursos da comunidade foi realizada em vinte e seis escolas de Ensino Médio de Campo Grande e duas do interior do estado que atendem alunos no Ensino Médio, juntamente com outras etapas e modalidades. Confirmou-se a escassez de recursos para a educação básica e constatou-se, pelos dados educacionais e pela produção dos estudiosos do assunto, que o Ensino Médio sempre esteve presente na história brasileira sem financiamento próprio garantido em legislação até ano de 2006, mas financiado em grande parte e de forma precária pelos recursos do Ensino Fundamental. A forma como são gerenciados os recursos educacionais pelas esferas federal e estadual, com o endosso do Tribunal de Contas e a indiferença da Assembléia Legislativa, expressa uma sociedade em crise, que prioriza a preservação do capitalismo, dentro da lógica da acumulação, chegando a utilizar-se dos recursos educacionais para outros fins que não a educação. Na escassez de recursos e preocupação com a instabilidade econômica em decorrência do aumento da pobreza, o Banco Mundial programa empréstimo e orientações visando a eficiência e ampliação da oferta do Ensino Médio, do qual o Governo de Estado participa. A inclusão de recursos do PROMED e da comunidade aos recursos oficiais advindos dos impostos não muda em quase nada o cenário da escassez, dado os montantes serem irrisórios, mas no movimento educacional se tornam significativos, por se tratarem de recursos novos.
Palavras-chave: Financiamento do Ensino Médio. Recursos Complementares. Políticas Públicas.
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847 0 bytes FE - USP http://www4.fe.usp.br/pos-graduacao/indice-geral-da-pos-graduacao |
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