Categoria: História Teses |
Memórias de infância em Maringá: transformações urbanas e permanências rurais 1970/1990  |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
MORELLI, Ailton J.
O objetivo desta pesquisa é a análise das memórias de infância durante a urbanização da cidade de Maringá, entre 1970 e 1990. A cidade de Maringá foi fundada no final da década de 1940, integrando a colonização do Norte do Paraná. Nas duas décadas seguintes, as características da cidade ficaram mais definidas. Maringá tornou-se centro de distribuição de bens e de prestação de serviços para a região, contando com investimentos empresariais e escritórios regionais de vários órgãos do governo estadual. Além disso, com o avanço do plantio de soja e outros produtos agrícolas, a produção de café deixou de ser a principal fonte econômica da cidade. Até o início da década de 1970, houve um crescimento demográfico expressivo, registrando-se cerca de 130 mil habitantes. Em 1967 foi elaborado, sob orientação do governo estadual, o Plano Diretor de Desenvolvimento que constatou a adiantada urbanização da região central de Maringá e a necessidade de ações públicas urgentes nas áreas periféricas. Para analisar como esse processo, desenvolvido entre 1970 e 1990, foi vivido pelas crianças da época, o uso de fontes orais demonstrou ser o mais indicado. As entrevistas foram realizadas com pessoas que moraram em Maringá no período analisado, nascidas entre 1960 e 1980. Seguiu-se uma distribuição geográfica de suas moradias, estratégia que permitiu uma visão mais ampla da cidade, inclusive da periferia. A abrangência das perguntas possibilitou uma análise da relação dos entrevistados com o seu cotidiano: moradia, alimentação, brincadeiras, trabalho, relações de vizinhança e dos adultos com as crianças; e com a cidade e os serviços oferecidos: saúde, educação, lazer, transporte, entre outros. O trabalho com as fontes orais, além de analisar como o processo complexo de urbanização da cidade ficou registrado na memória dos depoentes, ainda permitiu o aprofundamento na questão da formação da memória da infância nos adultos.
Palavras-chave: História das Crianças. História do Paraná. Memória de Infância. História de Maringá.
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701 0 bytes PPGHE - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/he |
Categoria: História Teses |
Diário de uma imigrante britânica no Paraná (1860-1890): memórias, trabalho e sociabilidades  |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
GILLIES, Ana Maria Rufino
Esta tese discute a trajetória de uma imigrante britânica, Caroline Tamplin, que viveu no Paraná na segunda metade do século XIX. Caroline, como muitas outras mulheres imigrantes, veio para o Brasil na companhia do marido e dos filhos e, em 1868, foi encaminhada para a colônia Assunguy. No ano de 1874, após a morte do marido, decidiu permanecer na colônia por mais seis anos, atuando como professora, em escola formada em suas próprias terras, no núcleo do Turvo. Todavia, em 1880, colocou anúncio no jornal Dezenove de Dezembro e, na companhia de dois filhos, mudou-se para Curitiba, onde passou a oferecer seus serviços para um segmento particular da sociedade curitibana constituído por famílias de luso-brasileiros e imigrantes bem sucedidos, ensinando línguas, desenho, pintura e piano. Além das relações forjadas no campo profissional, Caroline também estabeleceu, com esse grupo, laços de amizade, solidariedade e parentesco. A partir de um diário escrito por ela, entre os anos de 1880-1882, e das memórias escritas pelo neto, na década de 1950, aliadas a outras fontes, como jornais do período e correspondências e relatórios oficiais, a tese problematiza a inserção dos ingleses no Paraná, enfocando, particularmente, a trajetória de Caroline e as relações sociais por ela estabelecidas com a sociedade curitibana e moradores da colônia Assunguy. Para tanto, selecionamos o período de 1860 a 1890, com a intenção de cobrir os anos em que os britânicos começaram a chegar ao Paraná, até o momento que sua presença tornou-se menos significativa, tendo em vista a saída da maioria dos imigrantes ingleses da colônia Assunguy. Abordamos a campanha desenvolvida na Inglaterra que os atraiu para o Brasil, as condições de existência que encontraram na colônia, e os negócios e serviços que procuraram desenvolver em Curitiba. A leitura e análise da imprensa periódica e de correspondências e relatórios oficiais, permitiu também uma inserção no cotidiano de pessoas residentes na capital da então província do Paraná, ampliando nosso conhecimento a respeito dos interesses, valores e práticas culturais e sociais de uma certa parcela da sociedade. Como as fontes fundamentais deste estudo são de natureza autobiográfica, buscamos sustentação teórica em autores ligados à Historia Cultural, entre os quais Philippe Artières, Michael Pollak, Maurice Halbwachs, Roger Chartier, Pierre Bourdieu e Norbert Elias. A partir do diálogo com esses intelectuais, foi possível problematizar a emergência da individualidade e da privacidade, bem como a importância adquirida pela ‘escrita de si’, não só como prática cultural, mas também como estratégia de construção e reconstrução de identidades.
Palavras-chave: Imigração britânica. Representação. Memórias. Identidade.
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2175 0 bytes PGHIS - UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Teses |
Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no ...  |
Versão: PDF Atualização: 21/11/2013 |
Descrição:
AGUILAR FILHO, Sidney
Este texto analisa aspectos da educação brasileira entre 1930 e 1945 a partir de relatos de vida de cinquenta meninos “órfãos ou abandonados” sob a guarda do Juizado de Menores do Distrito Federal. Eles foram retirados do Educandário Romão de Mattos Duarte, da Irmandade de Misericórdia do Rio de Janeiro e levados para uma propriedade privada em Campina do Monte Alegre-SP. A transferência dessas crianças de nove a onze anos de idade foi respaldada pelo Código do Menor de 1927. Por uma década, estas crianças, foram submetidas a uma escolaridade precária, a uma educação baseada em longas jornadas de trabalho agrícola e pecuário sem remuneração. Foram submetidos a cárcere, a castigos físicos e a constrangimentos morais em fazendas de membros da cúpula da Ação Integralista Brasileira, também adeptos declarados do nazismo. Esta tese defende que os “meninos do Romão Duarte” foram vítimas de uma política do Estado brasileiro que ao estimular a educação eugênica, como definia o artigo 138 da Constituição de 1934, favoreceu a segregação de crianças e adolescentes. A documentação utilizada na narrativa fez uso de fontes oficiais, midiáticas articulando-as de forma complementar aos registros de depoimentos orais na reconstrução do período.
Palavras Chaves: Educação. Eugenia. Segregação. Trabalho. Infância. Violência.
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1024 0 bytes FAE - Unicamp http://www.posgrad.fae.unicamp.br/ |
Categoria: História Teses |
Palácios da Instrução: História da Educação e Arquitetura das escolas normais no Estado do Paraná  |
Versão: pdf Atualização: 6/3/2018 |
Descrição:
CORREIA, Ana Paula P.
A presente pesquisa insere-se no âmbito dos estudos da História das Instituições Escolares. Tem como objetivo investigar os debates acerca da implantação dos projetos que desencadearam as políticas de construção dos edifícios destinados às Escolas Normais do Paraná, implantados nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Paranaguá. O estudo baseia-se no pressuposto de que o edifício escolar, concebido e construído para fins educativos, incorpora em seu espaço as demandas pedagógicas, sanitárias e os códigos de posturas construtivas vigentes. Uma das questões a ser debatida refere-se às relações existentes entre os projetos arquitetônicos e os projetos políticos/educacionais que se veiculavam no período estudado. O recorte temporal priorizado data do início do século XX até 1927, justifica-se pela construção, em 1904, do prédio que abrigou o Ginásio Paranaense e a Escola Normal de Curitiba, e o ano de 1927, com a construção da Escola Normal de Paranaguá. Priorizou-se a análise dos prédios escolares públicos, considerados estabelecimentos de domínio e controle do poder estadual, pois revelam a intenção política dos governos. Desta forma, esta pesquisa analisa os espaços escolares inseridos na cidade e estruturados a partir dos mecanismos de ocupação, por meio das tendências da arquitetura, da vontade política dos governantes e do simbolismo que se tentava transmitir aos habitantes através dos prédios escolares. As fontes pesquisadas foram: as mensagens governamentais, os programas de ensino, os periódicos da época, as plantas arquitetônicas, imagens e filmes documentários produzidos no período estudado. Os referenciais teóricos utilizados, cujas obras contribuíram para abrir o campo da investigação destacam-se: Anne-Marie Châtelet (1999), Antonio Vinão e Augustín Escolano (1998), Rosa Fátima de Souza (1998), Marcus Levy Bencostta (2005), Silvia Ferreira Santos Wolff (1996), Giulio Carlos Argan (1998), Walter Benjamin (2010), dentre outros. Desta maneira, acredita-se ser possível apresentar explicações históricas sobre a organização da cultura e da arquitetura escolar no período do discurso “modernizador” do estado do Paraná.
Palavras-chave: História da Educação, Arquitetura Escolar, Cultura Escolar.
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469 0 bytes UFPR http://www.humanas.ufpr.br/portal/historiapos/?lang=pt |
Categoria: História Teses |
O cinema tricontinental de Glauber Rocha: política, estética e revolução (1969-1974)  |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
CARDOSO, Mauricio
Esta tese tem por objetivo analisar três filmes do cineasta brasileiro Glauber Rocha realizados no exterior: O leão de sete cabeças (Congo/Itália/França, 1970), Cabeças cortadas (Espanha, 1970) e História do Brasil (Cuba/Itália, 1972-74, co-dirigido por Marcos Medeiros). Parte-se do entendimento que a produção de significados da obra cinematográfica (as escolhas estéticas e a manipulação da linguagem) expressa as determinações e as influências do processo histórico (das relações sociais e econômicas, da produção da cultura e da experiência pessoal do cineasta). A atuação internacional de Glauber Rocha, entre 1969 e 1974, foi delineada pela realização destes filmes, a publicação de artigos e entrevistas em periódicos europeus e latino-americanos e, finalmente, a participação em festivais, encontros e congressos de cinema.
Palavras-chave: Cinema brasileiro. Cinema tricontinental. Glauber Rocha. Terceiro mundo.
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1863 0 bytes PPGHS - USP http://historia.fflch.usp.br/posgraduacao/hs |
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